Sinestesia, Arte e Deficiência visual: aplicação de um método didático-pedagógico para apreciação de pinturas por alunos não visuais na educação básica

Autores

  • Luís Müller Posca Universidade Federal de Roraima
  • João Henrique Lodi Agreli Universidade Federal de Uberlândia

Palavras-chave:

Artes, Educação, Inclusão

Resumo

Este estudo propõe demonstrar como o ensino das Artes Visuais pode ser adaptado ao aluno deficiente visual da Educação Básica. Considerando-se o princípio de que a Arte está ligada aos sentimentos humanos, muitos acreditam que, por não enxergar, esse aluno está excluído daquilo que se refere à poética visual. Diante das dificuldades encontradas no processo de inclusão de alunos deficientes visuais no ensino de Artes Visuais e da ausência de materiais de apoio ao docente adaptados a esse público, defendemos que, por intermédio do uso de pranchas táteis, trabalhadas levando-se em consideração a sinestesia (fenômeno que provoca reações multissensoriais, misturando mais de um sentido diante de um objeto de análise), é possível que o aluno não visual possa apreciar pinturas nas aulas de arte. Aqui, apresentamos um relato de experiência sobre a criação e a aplicação de um método didático-pedagógico de ensino-aprendizagem de Artes Visuais unindo essas pranchas táteis a uma atmosfera sinestésica para alunos não visuais da Educação Básica, com a finalidade de pensar uma aula de Arte significativa e inclusiva aos alunos deficientes visuais.

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Biografia do Autor

Luís Müller Posca, Universidade Federal de Roraima

Doutorando em Artes Visuais pela Universidade de Brasília - UNB (2019), mestre em Artes pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - MG (2017), especialista em Arte-Educação (2012) e licenciado em Artes (2009). É Professor de Magistério Superior Efetivo (dedicação exclusiva) do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista - RR, Pesquisador do CRUVIANA - Grupo de estudo e pesquisa sobre educação, arte e intercultura e do grupo LinCID - Línguas, Culturas, Inclusão e Diversidade. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes Visuais e Arte-Educação. Atualmente, desenvolve pesquisas sobre o Ensino da Arte, Formação de Professores, o uso das tecnologias para a Inclusão nas Artes Visuais e as emergências do espaço urbano de Boa Vista-RR.

João Henrique Lodi Agreli, Universidade Federal de Uberlândia

Possui graduação (2002) em Design Gráfico pela Universidade Estadual de Londrina, mestrado (2005) e doutorado (2013) em Arte e Tecnologia pela Universidade de Brasília. Ocupa o cargo de professor adjunto em mídias contemporâneas no curso de graduação em Artes Visuais e no Mestrado Acadêmico e Profissional em Artes da Universidade Federal de Uberlândia. Coordena o GEART - Grupo de estudos em Arte e Tecnologia da UFU. Pesquisa a interseção entre Artes Visuais e Design Gráfico no cenário urbano. Realizou exposições de artes visuais em Uberlândia, S. J. do Rio Preto, João Pessoa, Belém, Macapá, Brasília, São Paulo, Paris e Aveiro.

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Publicado

01-07-2019

Como Citar

POSCA, Luís Müller; AGRELI, João Henrique Lodi. Sinestesia, Arte e Deficiência visual: aplicação de um método didático-pedagógico para apreciação de pinturas por alunos não visuais na educação básica. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 15, n. 3, p. 08–33, 2019. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/11296. Acesso em: 11 dez. 2024.

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