Balanço da produção científica sobre arte e educação especial (2003-2017)
DOI:
https://doi.org/10.5965/19843178172021e0014Palavras-chave:
ensino de Arte, educação especial, produção do conhecimento, pessoa com deficiênciaResumo
O presente texto analisa as produções científicas acadêmicas sobre a Arte e Educação Especial disponibilizadas na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do IBICT. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de cunho quantitativa, que contou com os recursos da análise bibliométrica para coletar, tratar e analisar todo o material. O resultado da pesquisa apresenta o corpus final de 16 artigos, produzidos por 16 diferentes autores, em sua maioria por mulheres, entre 2003 e 2017, com maior predominância no quadriênio 2009 a 2012. Os estudos concentram-se na Região Sudeste e nas instituições de ensino superior como a UDESC, USP, UFU, UFRN. Predominaram as pesquisas defendidas nos Programas de Pós-Graduação em Artes e, geralmente, com ênfase na modalidade de Artes Visuais. Os temas das 16 produções concentram-se na discussão da inclusão na e pela Arte, seguido do ensino de Arte. Os objetivos dos trabalhos versavam sobre a importância de compreender o papel da Arte na inclusão social e escolar das pessoas com deficiência, bem como entender a relevância da Arte na educação formal e não-formal. Os resultados dos estudos sinalizam que a Arte traz muitos benefícios relacionados à qualidade de vida e promoção da inclusão, porém, poucos enfatizam os aspectos pedagógicos e formativos da Arte. Conclui-se que a produção científica sobre Arte e Educação Especial é relevante, mas requer repensar a discussão da apropriação do conhecimento artístico pelas pessoas com deficiência.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Renata Mara Fonseca de. Não ver e ser visto em dança: análise comparativa entre o Potlach Grupo de Dança e a Associação / Cia. de Ballet de Cegos. 2012. 104f. Dissertação (Mestrado em Artes) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.
ANVERSA, Priscila et al. O que pensam as famílias sobre a formação artística dos filhos com deficiência? com a palavra, as mães. 2011. 195f. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.
BALLESTERO-ÁLVAREZ, Jose Alfonso. Multissensorialidade no ensino de desenho a cegos. 2003. 120f. Dissertação (Mestrado em Artes) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
BEZERRA, Edibergon Varela. Música e deficiência visual: os processos de aprendizagem musical no Projeto Esperança Viva. 2016. 124f. Dissertação (Mestrado em Música) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
BRASIL. Decreto nº 7.611/2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7611.htm#art11. Acesso em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Brasília, DF: Presidência da República, 2009.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2008.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
CHRISTOFOLETTI, Rafael. Ensaio-fílmico: cinema, loucura e resistência. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013.
FABRETTI, Lydiane Regina Pereira. A frente e o verso da trama: grupos vivenciais junguianos com mulheres que cuidam, esperam e criam nas rodas de artesanato. 2011. 240f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
FERREIRA, Francisco Romão. Ciência e arte: investigações sobre identidades, diferenças e diálogos. Educ. Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 1, p. 261-280, abril de 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022010000100005&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 5 mar. 2020.
FERREIRA, Nathalia Botura de Paula; DUARTE, Newton. As artes na educação integral: uma apreciação histórico-crítica. Revista Ibero-americana de estudos em educação, Araraquara, v. 6, n. 3, p. 115-126. 2011. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/5006/4155. Acesso em: 7 mar. 2020.
FERRI, Márcia Barcellos. Ensino de artes para crianças: caminho para a autonomia ou adaptação? Revista online de Política e Gestão Educacional, Araraquara, n. 7, 2017. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/9256. Acesso em: 9 mar. 2020.
HAYASHI, Maria Cristina; HAYASHI, Carlos Roberto; MARTINEZ, Claudia Maria. Estudos sobre jovens e juventude: diferentes percursos refletidos na produção científica brasileira. Educação, Sociedade & Culturas, Universidade do Porto, v. 27, p. 131-154, 2008. Disponível em: https://www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC27/27_cristina.pdf. Acesso em: 9 mar. 2020.
KIRST, Adriane Cristine. As aprendizagens do público com deficiência visual: uma experiência de diálogo com a arte contemporânea. 2010. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.
LUDWIG, Ana Paula. A arte no desenvolvimento da criança: contribuições da teoria histórico-cultural. 2018. 52 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018.
MINAYO, Maria Cecilia de S.; SANCHES, Odécio. Quantitativo-qualitativo: oposição ou complementaridade? Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 9, p. 237-248, 1993. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v9n3/02.pdf. Acesso em: 9 mar. 2020.
MORAES, Marcela Cristina de. Mediação pedagógica, inserção escolar de alunos com deficiência mental e arte: um olhar sobre o projeto espaço criativo. 2007.152f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2007.
MYCZKOWSKI, Rafael Schultz. Apagamentos retratos da privação. 2015. 154f. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.
PALAIA, Alessandra Rachel Antonelli. Oficina de cerâmica: o ensino da arte para alunos com necessidades educacionais especiais. 2009. 113. Dissertação (Mestrado em Artes) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
NEVES, Libéria Rodrigues. Contribuições da Arte ao Atendimento Educacional Especializado e à Inclusão Escolar. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v. 23, n. 4, p. 489-504, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382017000400489. Acesso em: 9 mar. 2020.
PIEKAS, Mari Inês. A desconstrução do esquema gráfico aplicado ao ensino de desenho para crianças cegas. 2010. 230f. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.
PITOMBO, Paulo Fernando Dias de Toledo. Prática Artística para Todos: as artes plásticas no cenário da inclusão social na cidade de São Paulo. 2007. 182f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.
PIZZANI, Luciana et al. A arte da pesquisa bibliográfica na busca do conhecimento. RDBCI - Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 10, n. 1, p. 53-66, 2012. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/1896. Acesso em: 9 mar. 2020.
POSCA, Luís Muller. Criação de material de apoio para o ensino básico de artes visuais para alunos deficientes visuais. 2017. 63f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2017.
REILY, Lucia. O ensino de artes visuais na escola no contexto da inclusão. Cadernos Cedes, Campinas, v. 30, n. 80, p. 84-102, jan./abr. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v30n80/v30n80a07.pdf. Acesso em: 9 mar. 2020.
RIBEIRO, Ione Rossi. Arte na Educação Especial. Disponível em: http://www.nupea.fafcs.ufu.br/atividades/1-ERRAE-e-4-SRAEA/MESAS/1-ERRAE-e-4-SRAEA-MESA.pdf. Acesso em: 10 nov. 2017.
ROMÃO, Telma Sampaio. Ampliação de movimentos na dança circular com pessoas com deficiência visual. 2011. 139f. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011.
SILVA, João Henrique da; HAYASHI, Maria Cristina Piumbato Innocentini. Estudo bibliométrico da produção científica sobre a associação de pais e amigos dos excepcionais. Revista Educação Especial, v. 31, n. 60, p. 65-80, jan./mar. 2018. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/18170. Acesso em: 20 jul. 2020.
SILVA, Márcia Regina; HAYASHI, Carlos Roberto Massao; HAYASHI, Maria Cristina Piumbato Innocentini. Análise bibliométrica e cientométrica: desafios para especialistas que atuam no campo. InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 110-129, 2011. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/incid/article/view/42337. Acesso em: 9 mar. 2020.
SOARES, Ivana de Souza. Processos de criação em artes visuais: o tempo tecendo encontros. 2013. 90f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
TOMAZ, Marina Vargas. Além da visão: mediações na experiência estética. 2016. 136. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Taís da Silva Lins, Joao Henrique da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A Revista Educação Artes e Inclusão é um periódico que segue a Política de Acesso Livre. Os artigos publicados pela revista são de uso gratuito, destinados a aplicações educacionais e não comerciais. Os artigos cujos autores são identificados representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Revista Educação, Artes e Inclusão [REAI].
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
(a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
(b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
(c) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project.
Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.