O som do silêncio: vibrações da música no desenvolvimento sociocultural da criança com espectro autista
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984317816012020149Palavras-chave:
Educação Infantil, Espectro Autista, Música, Inclusão,Resumo
Este artigo configura-se como uma análise da música no desenvolvimento sociocultural da criança com espectro autista, partindo das experiências e inquietações das pesquisadoras em relação a esta temática no contexto educativo da Educação Infantil. Possui como objetivo compreender as repercussões e vibrações da música no desenvolvimento sociocultural da criança com espectro autista na Educação Infantil e a partir disso, instigar reflexões sobre o tema. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho teórico, mas que também apresenta sugestões práticas de como regular o espaço com música para criança com espectro autista. Toma como percurso, sobretudo, as ideias de Vigotski (1929, 1995, 1997, 1998, 2009, 2003, 2010). Por intermédio desse texto, suscita-se reflexões sobre os processos de apropriação da criança com espectro autista com os signos da música, e como a música pode potencializar ações educativas em relação à inclusão na Educação Infantil. Na produção deste artigo, desvela-se a importância de pensar em práticas educativas para crianças com espectro autista, enfatizando uma inclusão mais humanizadora, crítica e consciente por meio da educação musical.
Downloads
Referências
AMADO, M. (1999). O Prazer de Ouvir Música – sugestões pedagógicas de audições para crianças. Lisboa: Editorial Caminho.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
BARROSO, J. Incluir sim, mas onde? Para uma reconceituação sociocomunitária da escola pública. In: RODRIGUES, D. (Org). Inclusão e Educação: Doze olhares sobre educação inclusiva. São Paulo: Summus Editorial, 2006.
CAMPOLINA, L. O.; MARTÍNEZ, A. M. A Escola em sua Dimensão Reprodutiva: Possibilidades e Limites de Inovação na Educação. In: TUNES, E. (org.) Sem Escola, Sem Documento. Rio de Janeiro: E-papers, 2011.
DUSSEL, E. Filosofía de la Liberación. 7. ed. México: Primero, 2001.
FALCONE, E. M. O. A avaliação de um programa de treinamento da empatia com universitários. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 23-32, jun. 1999.
FRANÇA, C. C; SWANWICK, K. Composição, Apreciação e Performance na Educação Musical: teoria, pesquisa e pratica. In: Em Pauta - Revista de Pós-Graduação em Música da UFRGS – Porto Alegre, v. 13, n. 21, p. 13, dez. 2002.
FONSECA, M. E. G.; CIOLA, J. C. B. Vejo e Aprendo: Fundamentos do Programa TEACCH – o ensino estruturado para pessoas com autismo. Ribeirão Preto: Book Toy, 2016.
FRÓIS, J. (coord), (2000). Educação estética e artística. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
GIVIGI, R. C. N. Tecendo redes, pescando ideias: (re)significando a inclusão nas práticas educativas da escola. 2007. 233f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Educação. 2007.
GODINHO, J.; BRITO, M. (2010). As artes no Jardim de Infância – Textos de apoio para Educadores de Infância. Lisboa: Ministério da Educação.
GONÇALVES, A. C. A. B. Educação musical na perspectiva histórico-cultural de Vigotski: a unidade educação-música. 2017. xiii, 277 f., il. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
KANNER, L. Os distúrbios artísticos do contato afetivo. In.: ROCHA, Paulina Schmidtbauer (Org.). Autismos. São Paulo: Escuta. 1997.
LARROSA, J. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
MANTOAN, M, T, E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo, Brasil: Moderna, 2003.
NÓVOA, A. Prefácio. In: JOSSO, M.C. (Ed.). Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004. p. 11 - 34.
NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. Os professores e sua formação. Lisboa – Portugal: Dom Quixote, 1992.
ORRÚ, S. E. Autismo, linguagem e educação: interação social no Cotidiano escolar. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2009.
PEDERIVA, P. L. M.; GONÇALVES, A. C. A. B. Educação musical na perspectiva histórico-cultural: uma didática para o desenvolvimento da musicalidade. Revista: de Didática e Psicopedagogia |Uberlândia, MG. v.2. n. 2, 2018. p. 314-338.
PENDEZA, D. P.; SOUZA, T. M. F. A educação musical como instrumento psicopedagógico no atendimento a crianças com transtorno do espectro do Autismo. Revista Pesquisa, v.10, n.13, 2015, p. 156-170,
POSAR, A.; VISCONTI, P. Sensory abnormalities in children with autism spectrum disorder. Jornal Pediatria (Rio Janeiro). 2018; 94:342-50.
SAMPAIO, C. T; SAMPAIO, S. M. R. Refletindo sobre a educação inclusiva. In: Educação inclusiva: o professor mediando para a vida. Salvador: EDUFBA, 2009, p. 55 – 73
SHAPIRO, T; LUCY, P. Echoing in autistic children: achronometric study of semantic processing. Journal of Child Psyholoy and Psychiatry. v. 19, out. 1978.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1994/1998.
______. Obras escogidas, V. 5. Fundamentos de defectologia. Madrid: Ed. Visor, 1997.
______. Obras escogidas IV. Psicologia infantil. Madrid: Ed. VISOR, 1995.
______. Manuscrito de 1929. Educação & Sociedade, XXI (71), 23-44, jul. 2000. Tradução de A. A Puzirei.
______. Teoría de las emociones: estudio histórico-psicológico. Madrid: Editora Akal, S. A., 2010.
______. A formação social da mente. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007
VYGOTSKY, L. S. La Psicologia Pedagógica (Edição comentada). Porto Alegre: ARTMED, Editorial Progreso, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista Educação Artes e Inclusão é um periódico que segue a Política de Acesso Livre. Os artigos publicados pela revista são de uso gratuito, destinados a aplicações educacionais e não comerciais. Os artigos cujos autores são identificados representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Revista Educação, Artes e Inclusão [REAI].
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
(a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
(b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
(c) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project.
Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.