Educação Física e Inclusão: experiências no Estágio Supervisionado na Educação Infantil

Autores

  • Priscilla de Araújo Costa de Sousa Universidade Federal de Roraima

Palavras-chave:

Estágio, Educação Infantil, Psicomotricidade, Transtorno do Espectro Autista.

Resumo

Este estudo trata-se de um relato de experiência sobre o estágio supervisionado na educação infantil do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Estadual de Roraima (UERR). O objetivo baseia-se na socialização de conhecimentos construídos através do conjunto de vivências ao longo da prática pedagógica e o papel da Educação Física na inclusão de alunos que apresentam deficiência. O referido estágio realizou-se em uma escola da Rede Municipal de Boa Vista-RR, no período entre março e abril de 2017, com alunos do 1o e 2o períodos, dividindo-se em três etapas: observação, coparticipação e regência. Durante as aulas foi identificado um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de grau severo. A partir das observações, houve a elaboração de estratégias que incluíssem o aluno com TEA, utilizando-se de materiais sonoros, visuais e coloridos sendo norteado pela abordagem psicomotricista. Durante a regência, houve participação parcial da criança que apresentava autismo, obtendo progressos em algumas atividades propostas. Concluiu-se que, a Educação Física pode proporcionar impacto positivo nos domínios cognitivos e corporais da criança com deficiência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Priscilla de Araújo Costa de Sousa, Universidade Federal de Roraima

Graduada em Licenciatura em Educação Física na Universidade Estadual de Roraima-UERR; Graduanda em Licenciatura em Música na Universidade Federal de Roraima-UFRR. Atualmente é participante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física e Esportes (GEPEFE) da UERR

Referências

ALVES, M. L. T.; DUARTE, E. A inclusão do deficiente visual nas aulas de educação física escolar: impedimentos e oportunidades. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences. Maringá, v. 27, n. 2, p. 231-237, 2005.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM–IV-TR: Manual Diagnóstico e Estatística de Transtorno Mentais. 4.ed. rev. Porto Alegre: Artmed, 2002.

ARAUJO, A. G.; SILVA, E. R. As contribuições da Psicomotricidade na Educação Infantil. Educação Pública: Comportamento, 6 ago. 2013.

AQUINO, J. Diferenças e preconceitos na sala de aula. São Paulo: Ed. Summus, 1998.

AZEVEDO, C. I.; VALE, L. D.; ARAÚJO, M. G.; CASSIANO A. N.; SILVA, H. S.; CAVALCANTE, R. D. Compartilhando saberes através da educação em saúde na escola: interfaces do estágio supervisionado em enfermagem, Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro, v. 4, n.1, p.1048-1056, 2014.

BAPTISTA, C. R.; BOSA, C. Autismo e Educação: reflexão e propostas de intervenção. Porto Alegre: Artes médicas, 2002.

BAPTISTA, C. R. Inclusão e escolarização. Porto Alegre: Mediação, 2006.

BARREIRO, I. M. F.; GEBRAN, R. A. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores. São Paulo: Avercamp, 2006.

BARRETO, S. J. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2ª ed. Blumenau: Livraria Acadêmica, 2000.

BOSA, C. Autismo: intervenções psicoeducacionais. Revista Brasileira de Psiquiatria, v.28, supl I, p. 47-53, 2006.

BETTI, M. Ensino de 1º. e 2º. graus: Educação Física para quê? Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 13, n. 2, p. 282-7, 1992.

BETTI, M. Valores e finalidades na Educação Física escolar: uma concepção sistêmica. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 16, n. 1, p. 14-21, 1994.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394/ 96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília-DF. Dezembro-1996.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: Imprensa Oficial, v.7, 1997.

BROWNELL, M. Musically adapted social stories to modify behaviors in students with autism: four case studies. Journal of Music Therapy. n.2, v.XXXIX, p.117-144, 2002.

CAMARGO, S. P. H.; BOSA, C. Competência social, inclusão escolar e autismo: um estudo de caso comparativo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v.28, n.3, p.315-324, 2012.

CEBALOS, N. M.; MAZARO, R. A.; ZANIN, M.; CERALDI, M. P. C. Atividade lúdica como meio de desenvolvimento infantil. Revista EFDeportes.com, Buenos Aires, n. 162, 2011.

DE MEUR, A.; STAES, L. Psicomotricidade: educação e reeducação. Rio de Janeiro: Manole, 1984.

FONSECA, V. Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artes médicas, 1995a.

FONSECA, V. Reflexões sobre o desenvolvimento psicobiológico da criança. Análise Psicológica, n. 4, p.41-46, 1978.

FONSECA, V. Manual de observação psicomotora: significação psiconeurológica dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artes médicas, 1995b.

GONÇALVES, F. Psicomotricidade & Educação Física - quem quer brincar põe o dedo aqui: a utilização das linguagens do movimento como suporte na formação psicomotora de crianças da educação infantil e fundamental I. São Paulo: Cultural RBL, 2010.

LE BOULCH, J. A educação psicomotora: a psicocinética na idade escolar. Porto Alegre: Artes médicas, 1983.

LE BOULCH, J. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento aos 6 anos. Brizolara. 5. ed. Porto Alegre: Artes médicas, 1988.

LEITÃO, A. I.; LOMBO, C.; FERREIRA, C. Contributo da psicomotricidade nas dificuldades intelectuais e desenvolvimentais. Revista Diversidades, n. 22, p 21-24, 2008.

LEMOS, E. L. M. D.; SALOMÃO, N. M. R.; AGRIPINO-RAMOS, C. S. Inclusão de crianças autistas: um estudo sobre interações sociais no contexto escolar. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 20, n. 1, p. 117-130, 2014.

OLIVEIRA, G. C. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque pedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes,1997.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11), on-line, 2018. Disponível em: <http://www.who.int/classifications/icd/en/> Acesso em: 22 de outubro de 2018.

ROCHA, M. P. Educação Física na educação infantil: experiência do estágio supervisionado I na educação em 2010.1. In: III Congresso Nordeste de Ciências do Esporte, 2010, Ceará. Anais... Sobral: CE, 2010.

REGINATTO, R. A Importância da afetividade no desenvolvimento e aprendizagem. Revista de educação do IDEAU, v. 8, n. 18, p. 1-12, 2013.

ROSSI, F. S. Considerações sobre a psicomotricidade na educação infantil. Vozes dos Vales, Diamantina, n. 1, p. 1-18, 2012.

SALTINI, C. J. P. Afetividade e inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008.

SANDRI, L. S. L. A psicomotricidade e seus benefícios. Revista de educação do IDEAU, v. 5, n. 12, p.1-15, 2010.

SILVA, A. C. G. Inclusão: a psicomotricidade como auxílio na educação. Revista EFDeportes.com, Buenos Aires, n. 159, 2011.

SILVA, C. C. R. Música: um auxílio no desenvolvimento e aprendizagem de crianças com a perturbação do espectro do autismo. Lisboa, Portugal, 2012. 127f. Dissertação (Mestrado em Educação Especial) - Escola Superior de Educação Almeida Garrett, 2012.

SILVA, E. C. C. Autismo e troca social: contribuições de uma abordagem microgenética. Tese (Doutorado em Psicologia Cognitiva) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.

SOUZA, J. C.; CORDEIRO, L. S. Como abrir mão do profissional de educação física na educação infantil? Revista Científica Interdisciplinar, v. 3, n. 2, p. 49 – 60, 2016.

XISTO, P. B.; BENETTI, L. B. A psicomotricidade: uma ferramenta de ajuda aos professores na aprendizagem escolar. Revista Monografias Ambientais, v. 8, n. 8, p. 1824 - 1836, 2012.

ZUNINO, A. P. Educação física: ensino fundamental, 6º - 9º. Curitiba: Positivo, 2008.

Downloads

Publicado

01-01-2019

Como Citar

SOUSA, Priscilla de Araújo Costa de. Educação Física e Inclusão: experiências no Estágio Supervisionado na Educação Infantil. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 15, n. 1, p. 246–265, 2019. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/12144. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Relatos de Experiência