Influência da temperatura e luminosidade na germinação de sementes das espécies: Selenicereus setaceus, Hylocereus undatus e Hylocereus polyrhizus

Autores

  • Rodrigo Ruths Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Lisandro Tomas da Silva Bonome Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Yasmin Tomazi Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Diogo José Siqueira Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gabriela Silva Moura Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Cláudia Simone Madruga Lima Universidade Federal da Fronteira Sul

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711812019194

Palavras-chave:

pitaia, cactaceae, fruta dragão, fruticultura, qualidade fisiológica

Resumo

A pitaia é uma frutífera tropical, pertencente à família Cactaceae, com elevado potencial produtivo, nutritivo, econômico e social para a agricultura familiar, sendo uma cultura ainda pouco conhecida e com escassas informações sobre as condições que afetam a germinação das diferentes espécies de pitaia. Assim, o trabalho teve como objetivo avaliar a influência da temperatura e da luminosidade na germinação de sementes de três genótipos de pitaia. Para avaliar o efeito da temperatura na qualidade fisiológica das sementes foram utilizadas as espécies Selenicereus setaceus (pitaia-do-cerrado), Hylocereus undatus (casca vermelha e polpa branca) e Hylocereus polyrhizus (casca vermelha rosada e polpa vermelha) submetidas à germinação em sete temperaturas (15 °C, 20 °C, 25 °C, 30 °C e 35 °C, e em temperaturas alternadas: 15-25 ºC e 20-30 ºC, todas com fotoperíodo de 12 horas). As avaliações realizadas foram: porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação e tempo para ocorrência de 50% de germinação. Para a avaliação da influência da luminosidade, as sementes foram acondicionadas em frasco envolto por papel alumínio, a fim de proteger as sementes de qualquer contato com luminosidade, e armazenadas em refrigerador em temperatura de 10 ± 2 °C por 365 dias. Após, foram submetidas ao tratamento com e sem luz e mantidas em BOD por 11 dias, quando se realizou a contagem das plântulas normais. As temperaturas para o máximo desempenho fisiológico das sementes das três espécies de pitaia foram de 25 °C e 20-30 ºC. Por outro lado, a temperatura mais desfavorável foi de 35 °C. A espécie Selenicereus setaceus apresentou maior percentual de germinação e vigor em todas as temperaturas avaliadas. As espécies avaliadas demonstraram ser fotoblásticas positivas.

Downloads

  • Citations
  • CrossRef - Citation Indexes: 2
  • Scopus - Citation Indexes: 4
  • Captures
  • Mendeley - Readers: 19
  • Mendeley - Readers: 1

Biografia do Autor

Rodrigo Ruths, Universidade Federal da Fronteira Sul

Mestre em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável pela Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Laranjeiras do Sul, Laranjeiras do Sul, PR, CEP 85301-970

Lisandro Tomas da Silva Bonome, Universidade Federal da Fronteira Sul

Prof. Adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Laranjeiras do Sul, Laranjeiras do Sul, PR, CEP 85301-970

Yasmin Tomazi, Universidade Federal da Fronteira Sul

Discente do Curso de Agronomia com ênfase em Agroecologia da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Laranjeiras do Sul, Laranjeiras do Sul, PR, CEP 85301-970

Diogo José Siqueira, Universidade Federal da Fronteira Sul

Técnico de Laboratório/Biologia da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Laranjeiras do Sul, Laranjeiras do Sul, PR, CEP 85301-970

Gabriela Silva Moura, Universidade Federal da Fronteira Sul

Pesquisadora Pós-Doutorado da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Laranjeiras do Sul, Laranjeiras do Sul, PR, CEP 85301-970

Cláudia Simone Madruga Lima, Universidade Federal da Fronteira Sul

Profa. Adjunta da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Laranjeiras do Sul, Laranjeiras do Sul, PR, CEP 85301-970

Referências

ALVES CZ et al. 2011. Adequação da metodologia para o teste de germinação de sementes de pitaia vermelha. Ciência Rural 41: 779-784.

BASTOS DC et al. 2009. Estiolamento, incisão na base da estaca e uso de ácido indolbutírico na propagação da caramboleira por estacas lenhosas. Ciência e Agrotecnologia 33: 313-318.

BORTHWICK HA et al. 1952. A reversible photoreaction controlling seed germination. Proceedings of the National Academy of Sciences 38: 662-666.

BRASIL. 2009. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para

análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília: MAPA/ACS. 399 p.

CARVALHO NM & NAKAGAWA J. 2012. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5.ed. Jaboticabal: FUNEP. 590p.

CUSTÓDIO CC. 2005. Testes rápidos para avaliação do vigor de sementes: uma revisão. Colloquium Agrariae 1: 29-41.

DONADIO LC. 2009. Pitaya. Revista Brasileira de Fruticultura 31: 637-979.

FENNER M. 2000. Seeds: the ecology of regeneration in plant communities. Wallingford: CABI Publishing. 320p.

FENNER M & THOMPSON K. 2005. The ecology of seeds. Cambridge: Cambridge University Press. 250p.

FERREIRA DF. 2011. Sisvar: A computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia 35: 1039-1042.

GUIMARÃES RM. 2000. Tolerância à dessecação e condicionamento fisiológico em sementes de cafeeiro (Coffea arabica L.). Tese (Doutorado em Fitotecnia). Lavras: UFLA. 180p.

GUNASENA HPM et al. 2007. Dragon Fruit-Hylocereus undatus (Haw.) Britton and Rose In: Field Manual for Extension Workers. Wijerama Mawatha: Sri Lanka Council for Agricultural Policy. p.111-138.

HERBACH KM et al. 2007. Effects of processing and store on juice color and betacyanin stability of purple pitaya (Hylocereus polyrhizus) juice. European Food Research and Technology 224: 649-658.

HERNÁNDEZ OG. 2013. Germinación y longevidad de semillas de genotipos de Pitahaya (Hylocereus spp) y Pitahaya (Stenocereus spp). Dissertação (Mestrado em Ciências). Colegio de postgraduados – Institucion de enseñansa e investigacion en ciências agrícolas, Montecillo. 94p.

JANKOWSKA-BLASZCZUK M & DAWS MI. 2007. Impact of red : far red ratios on germination of temperate forest herbs in relation to shade tolerance, seed mass and persistence in the soil. Functional Ecology 21: 1055-1062.

JUNQUEIRA KP et al. 2002. Informações preliminares sobre uma pitaya (Selenicereus setaceus Rizz.) nativa do cerrado. In: 17º Congresso Brasileiro de Fruticultura. Anais... Belém: Sociedade Brasileira de Fruticultura. CD-ROM.

LABOURIAU LG. 1983. A germinação das sementes. Washington: Secretaria da OEA. 173p.

LAREDO RR. 2016. Épocas de coleta e tipos de incisão no cladódio para propagação de pitaia vermelha de polpa branca. Tese (Doutorado em Agronomia). Lavras: UFLA. 83p.

LE BELLEC F et al. 2006. Pitahaya (Hylocereus spp.): a new fruit crop, a market with a future. Fruits 61: 237-250.

LEMES EQ & LOPES JC. 2012. Temperaturas cardinais para germinação de sementes e desenvolvimento de plântulas de paineira. Scientia Forestalis 40: 179-186.

LONE AB et al. 2007. Germinação de Melocactus bahiensis (cactaceae) em diferentes substratos e temperaturas. Scientia Agraria 8: 365-369.

LONE AB et al. 2014a. Temperatura na germinação de sementes de genótipos de pitaya. Semina: Ciências Agrárias 35: 2251-2258.

LONE AB et al. 2014b. The effects of light wavelength and intensity on the germination of pitaya seed genotypes. Australian Journal of Crop Science 8: 1475-1480.

MAGUIRE JD. 1962. Speed of germination aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science 2: 176-177.

MAJEROWICZ N & PERES LEP. 2008. Fotomorfogênese em plantas. In: KERBAUY GB. Fisiologia Vegetal. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A. 431p.

MARCOS-FILHO J. 2015. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Londrina: ABRATES. 659p.

MARTIN A. 2002. Los marcadores genéticos en la Mejora Vejetal. In: NUEZ F et al. (Eds.). Genómica y Mejora Vejetal. Sevilla: Mundi-Prensa. p.37-64.

MEIADO MV et al. 2010. Seed germination responses of Cereus jamacaru DC. ssp. jamacaru (Cactaceae) to environmental factors. Plant Species Biology 25: 120-128.

MERRIAM-WEBSTER. 2017. Enciclopédia Britânica. Disponível em: http://www.merriamwebster.com/dictionary/pitaha

ya. Acesso em: 05 abr. 2017.

MIZRAHI YA et al. 1997. Cacti as crops. Horticultural Review 18: 291-320.

MOLINA DJ et al. 2009. Producción y expertación de la pitahaya hacia el mercado europeo. Monografia (Especializacion en Finanzas). Guayaquil: Facultad de Economía y Negocios. 115p.

NAGY F & SCHÄFER E. 2002. Phytochromes control photomorphogenesis by differentially regulated, interacting signaling pathways in higher plants. Review of Plant Biology 53: 329-355.

NERD A et al. 2002. Fruit of vine and columnar cacti. In: NOBEL PS. (Ed.). Cacti: biology and uses. Los Angeles: UCLA. p.254–262.

NOBEL PS. 1988. Environmental biology of agaves and cacti. New York: Cambridge University Press. 270p.

NUNES EN et al. 2014. Pitaya (Hylocereus sp.): uma revisão para o Brasil. Gaia Scientia 8: 90-98.

OLIVEIRA JÚNIOR JL et al. 2015. Umedecimento do substrato e temperatura na germinação e vigor de sementes de pitaya. Comunicata Scientiae 6: 282–290.

ORTIZ HYD & LIVERA MM. 1995. La pitahaya (Hylocereus spp): Recurso genético de América. In: Congreso Nacional, 6 Y Internacional Sobre El Conocimiento Y Aprovechamiento Del Nopal, 4. Guadalajara. Memórias... p.191-194.

CONAB. 2016. Companhia Nacional de Abastecimento. Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro. Disponível em: http://dw.prohort.conab.gov.br/pentaho/Prohort. Acesso em: 02 dez. 2016.

ROJAS-ARÉCHIGA M & VÁZQUEZ-YANES C. 2000. Cactus seed germination: a review. Journal of Arid Environments 44: 85-104.

ROMAN RSS et al. 2012. Caracterización morfoanatómica y fisiológica de semilla sexual de pitahaya amarilla Selenicereus megalanthus (Haw.) Britt & Rose. Revista de La Asociación Colombiana Ciencias Biológicas 24: 97-111.

SALOMÃO AN et al. 1995. The Effect of Temperature on Seed Germination of Four Dalbergia nigra Fr. Allem. - Leguminosae Trees. Revista Árvore 19: 588-594.

SIMÃO E et al. 2007. The Epiphytic Cactaceae Hylocereus setaceus (Salm-Dick ex DC.) Ralf Bauer Seed Germination is Controlled by Light and Temperature. Brazilian Archives of Biology and Technology 50: 655-662.

SILVA ACC. 2014. Pitaya: Melhoramento e produção de mudas. Tese (Doutorado em Produção Vegetal). Jaboticabal: UNESP. 132p.

SILVA MTH. 2005. Propagação sexuada e assexuada da pitaya vermelha (Hylocereus undatus Haw). TCC (Graduação em Agronomia). Jaboticabal: UNESP. 44p.

SUÁREZ-ROMÁN RS et al. 2011. Evaluación de métodos de propagación en pitahaya amarilla Selenicereus megalanthus (Haw.) Britt and Rose y pitahaya roja Hylocereus polyrhizus (Haw.) Britt and Rose. Tese (Magister en Ciencias Agrarias). Palmira: UNC. 280p.

TAIZ L & ZEIGER E. 2013. Fisiologia vegetal. 5.ed. Porto Alegre: Artmed. 918p.

VÁZQUEZ-YANES C & OROZCO-SEGOVIA A. 1990. Ecological significance of light controlled seed germination in two contrasting tropicais habitats. Oecologia 83: 171-175.

ZEE F et al. 2004. Pitaya (Dragon Fruit, Strawberry Pear). Fruits and Nuts 9: 1-3.

Downloads

Publicado

2019-06-19

Como Citar

RUTHS, Rodrigo; BONOME, Lisandro Tomas da Silva; TOMAZI, Yasmin; SIQUEIRA, Diogo José; MOURA, Gabriela Silva; LIMA, Cláudia Simone Madruga. Influência da temperatura e luminosidade na germinação de sementes das espécies: Selenicereus setaceus, Hylocereus undatus e Hylocereus polyrhizus. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 18, n. 2, p. 194–201, 2019. DOI: 10.5965/223811711812019194. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/10891. Acesso em: 24 jun. 2025.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>