Colorações de malhas de sombreamento sobre a fenologia, biometria e características físico-químicas de Physalis peruviana L. em sistema orgânico de produção

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811712222023285

Palavras-chave:

fruticultura, frutífera exótica, telas de sombreamento, cultivo orgânico

Resumo

Objetivou-se neste trabalho verificar a influência de distintas colorações de malhas de sombreamento sobre a fenologia, biometria e características físico-químicas de Physalis peruviana L em sistema orgânico de produção. O experimento foi realizado na área experimental da UFFS, campus Laranjeiras do Sul – PR, no setor de Horticultura. Como material vegetal foram utilizadas mudas de P. peruviana L. produzidas em estufa agrícola da área didática experimental. O delineamento experimental foi em blocos completamente casualizados, em esquema unifatorial, com quatro malhas de sombreamento (azul, preta, vermelha e branca) + testemunha (sem cobertura), com quatro repetições. Para a fenologia não houve influência estatística das colorações de malhas de sombreamento. Plantas com maior altura e menor diâmetro de caule foram verificadas com o uso da malha de sombreamento da coloração azul. Houve alterações sobre a firmeza de frutos, massa com cálice, diâmetro, altura e sólidos solúveis em função da cor da malha de sombreamento. Conclui-se que as malhas de sombreamento de diferentes colorações não interferem na fenologia de P. peruviana, mas alteram as características biométricas e físico-químicas das frutas, sendo a de coloração vermelha a que proporcionou os melhores resultados, não sendo recomendada a utilização da malha de coloração azul.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGUILAR MR et al. 2006. Agrofenología de Physalis peruviana L. en invernadero y fertirriego. Revista Chapingo 12: 57-63.

ANTUNES LEC et al. 2014. Produção de amoreira-preta no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura 36: 100-111.

BETEMPS DL et al. 2014. Época de semeadura, fenologia e crescimento de plantas de fisális no sul do Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura 26: 179-185.

BRASIL. 2003. Lei Federal n. 10.831 de 23 dezembro de 2003. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília: Brasil.

BOINI A et al. 2021. High levels of shading as a sustainable application for mitigating drought, in modern apple production. Agronomy 11: 21p.

CANDIAN V et al. 2020. Photoselective exclusion netting in apple orchards: effectiveness against pests and impact on beneficial arthropods, fungal diseases and fruit quality. Pest. Manag. Sci. 76: 179-187.

CALVIGLIONE JH et al. 2000. Cartas climáticas do estado do Paraná. versão 1.0. Londrina: IAPAR.

CHEN XL et al. 2017. Growth and nutritional properties of lettuce affected by different alternating intervals of red and blue LED irradiation. Sci. Hortic. 223: 44–52.

COSTA AG. 2012. Crescimento vegetativo e produção de óleo essencial de hortelã-pimenta cultivada sob malhas. Pesquisa Agropecuária Brasileira 47: 534-540.

COSTA MBB et al. 2017. Agroecology development in Brazil between 1970 and 2015. Agroecology and Sustainable Food Systems 41: 276-295.

COSTA FM et al. 2018. Produção de mudas de maracujazeiro amarelo em diferentes composições de substrato e ambiente. Revista de Ciências Agrárias. 41: 138-146.

COSTA RC et al. 2011. Telas de sombreamento na produção de morangueiro em ambiente protegido. Horticultura Brasileira 29: 98-102.

CRUZ RRP et al. 2020. Redes fotosseletivas na agricultura. Research, Society and Development. 9: e590985921.

DIAS VV et al. 2015. O mercado de alimentos orgânicos: um panorama quantitativo e qualitativo das publicações internacionais. Ambiente & Sociedade XVIII: 161-182.

EINHARDT PM et al. 2017. Ácido salicílico na conservaçao pós-colheita de frutos de Physalis peruviana L. Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha 18: 53-59.

FISCHER G et al. 2014. Importancia y cultivo de la uchuva (Physalis peruviana L.). Revista Brasileira de Fruticultura 36: 1- 15.

GAO W et al. 2020. Effects of daily light integral and led spectrum on growth and nutritional quality of hydroponic spinach. Agronomy 10: 15p.

HENRIQUE PC et al. 2011. Aspectos fisiologicos no desenvolvimento de mudas de café cultivadas sob telas de diferentes colorações. Pesq. agropec. bras. 46: 458-465.

KLEIN J et al. 2021. Influência de protetores físicos coloridos nas trocas gasosas de plântulas de canafístula [Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.]. In: LIMA FS. et al. Agricultura e Agroindústria no contexto do desenvolvimento rural sustentável. Guarujá: Ciência Digital. 420p.

KÖPPEN W & GEIGER R. Klimate der Erde, Justus Perthes, Gotha. 1928.LI Q & KUBOTA C. 2009. Effects of supplemental light quality on growth and phytochemicals of baby leaf lettuce. Environ. Exp. Bot. 67: 59–64.

LIMA CSM et al. 2009. Custos de implantação e condução de pomar de Physalis na região sul do estado do Rio Grande do Sul. Revista Ceres 56: 551-561.

LIMA PAL et al. 2011. Perfil do consumidor de produtos orgânicos na cidade de São Joaquim da Barra - São Paulo. Nucleus 8: 67-80

LIMA CSM et al. 2012. Avaliação física, química e fitoquímica de frutos de Physalis, ao longo do período de colheita. Revista Brasileira de Fruticultura 34: 1004-1012.

LUCHESE CL. 2013. Avaliação da influência da temperatura e da concentração da solução de sacarose na desidratação osmótica de Physalis (Physalis peruviana L.). Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Porto Alegre: UFRGS. 146p.

MANJA K. & AOUN M. 2019. The use of nets for tree fruit crops and their impact on the production: A review. Scientia Horticulturae 246: 110-122.

MARTINS JR et al. 2008. Avaliação do crescimento e do teor de óleo essencial em plantas de Ocimum gratissimum L. cultivadas sob malhas coloridas. Revista Brasileira de Plantas Medicinais 10: 102-107.

MENDONZA JH et al. 2012. Caracterización físico química de la uchuva (Physalis peruviana) en la región de Silvia Cauca. Revista Biotecnología en el Sector Agropecuario y Agroindustrial 10: 188-196.

MIZRAHI Y et al. 2014. Vine-Cacti pitayas - the new crops of the world. Revista Brasileira de Fruticultura 36: 124-138.

MOOZ ED & SILVA MV. 2014. Disponibilidade de alimentos orgânicos no Brasil: caracterização sociodemográfica das famílias consumidoras. Revista Higiene Alimentar 28: 236-237.

MUNIZ J et al. 2014. General aspects of physalis cultivation. Ciência Rural 44: 964-970.

OLIVEIRA LGC et al. 2021. Malhas de sombreamento e concentrações de ácido salicílico no cultivo de cenoura em sistema orgânico de produção. Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosech 1: 111-123.

OREN-SHAMIR M et al. 2001. Coloured shade nets can improve the yield and quality of green decorative branches of Pittosporum variegatum. J. Hort. Sci. Biotech 76: 353-361.

PEREIRA BJ et al. 2019. Watermelon initial growth under different hydrogel concentration and shading conditions. Revista Caatinga 32: 915-923.

PUENTE LA et al. 2011. Physalis peruviana Linnaeus, the multiple properties of a highly functional fruit: A review. Food Research International 44: 1733-1740.

RAMADAN MF. 2011. Bioactive phytochemicals, nutricional value, and functional properties of Cape gooseberry (Physalis peruviana): An overview. Food Research International 44: 1830-1836.

RODRIGUES LRF. 2002. Técnicas de cultivo hidropônico e de controle ambiental no manejo de pragas, doenças e nutrição vegetal em ambiente protegido. Jaboticabal: FUNEP. 762p.

RUFATO L et al. 2008. Aspectos técnicos da cultura da Physalis. Pelotas: UFPel. 100p.

SANTOS HG et al. 2013. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3 ed. Brasília: Embrapa. 353 p.

SHAHAK Y et al. 2004. Colornets: A New Approach for Light Manipulation in Fruit Trees. Acta Horticulturae 636: 609- 616.

SILVA DFS et al. 2016. The Production of Physalis spp. seedlings grown under different-colored shade nets. Acta Scientiarum. Agronomy 38: 257-263.

SILVA DFS et al. 2018. Productive and qualitative parameters of four Physalis species cultivated under colored shade nets. Revista Brasiliera Fruticultura 40: e-528.

SILVA DF et al. 2020. Emergência e desenvolvimento de mudas dee fisális sob telas de sombreamento coloridas e pleno sol. Revista de Ciências Agroveterinárias 19: 139-148.

SOUZA GS et al. 2011. Crescimento, teor de óleo essencial e conteúdo de cumarina de plantas jovens de guaco (Mikania glomerata Sprengel) cultivadas sob malhas coloridas. Biotemas 24: 1-11.

TAIZ L et al. 2017. Fisiologia vegetal. 6.ed. Porto Alegre: Artmed. 858p.

VIEIRA EL et al. 2010. Manual de fisiologia vegetal. São Luís: EDUFMA. 186p.

VOITSEKHOVSKAJA OV. 2019. Phytocromes and others (photo)receptors of information in plants. Russian Journal of Plant Physiology 66: 351-364.

VUKOVIĆ M et al. 2022. Sustainable Food Production: Innovative Netting Concepts and Their Mode of Action on Fruit Crops. Sustainability 14: 31p.

WATANABE HS & OLIVEIRA SL. 2014. Comercialização de frutas exóticas. Revista Brasileira de Fruticultura 36: 23-38.

Downloads

Publicado

2023-05-31

Como Citar

SANTOS, Larissa Demetrio Gonçalves dos; ROSA, Gabriela Gerhadt da; LIMA, Cláudia Simone Madruga; BONOME , Lisandro Tomas da Silva. Colorações de malhas de sombreamento sobre a fenologia, biometria e características físico-químicas de Physalis peruviana L. em sistema orgânico de produção. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 22, n. 2, p. 285–294, 2023. DOI: 10.5965/223811712222023285. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/22201. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)