Atividade física e qualidade de vida de idosos participantes de programas de extensão universitária durante a pandemia da Covid-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/259464120802e91105

Palavras-chave:

atividade física, pandemia covid-19, idosos, extensão comunitária

Resumo

Objetivo: verificar a associação entre a autopercepção do nível de atividade física com a qualidade de vida relacionada à saúde (HRQoL) em idosos brasileiros durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, que envolveu 274 idosos de programas de extensão de universidades públicas do sul do Brasil. O nível de atividade física (NAF) foi avaliado pela autopercepção do idoso, por meio da questão “Como você avalia seu nível de atividade física na pandemia?”. A HRQoL foi avaliada pelo 12-item Health Survey. Os dados foram analisados pelo teste de variância one-way e regressão logística múltipla (p<0.05). Resultados: A média de idade dos idosos foi de 71.2±6.33 anos, sendo 244 mulheres e 30 homens. Os resultados indicaram que idosos ativos, de acordo com sua autopercepção do NAF, apresentam maior pontuação em todos os componentes e domínios da HRQoL quando comparados aos idosos que se autodenominam insuficientemente ativos e inativos (p<0.001). Na regressão logística, o modelo ajustado identificou que idosos insuficientemente ativos têm maior chance de apresentar HRQoL reduzida em todos os componentes (p<0.001). Em relação aos domínios, estes idosos têm 4.44 (IC95%: 2.47-7.99) e 4.84 (IC95%: 2.51-8.02) vezes mais chance de apresentar o domínio físico e domínio mental reduzidos, respectivamente. Conclusão: idosos que se consideraram fisicamente ativos durante a pandemia da COVID-19 têm melhor qualidade de vida, quando comparados aos que se percebem insuficientemente ativos ou inativos. Ainda, os idosos que se consideram insuficientemente ativos ou inativos fisicamente apresentaram maior chance de terem uma qualidade de vida reduzida durante o período de isolamento social. Demonstrando, o impacto do nível de atividade física na qualidade de vida dessa população durante a pandemia da Covid-19. O que denota a importância desses programas para a qualidade vida dessa população e do viés social das Universidades diante do seu potencial de promoção da saúde comunitária.

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Biografia do Autor

Andrea Kruger Gonçalves, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Escola Superior de Educação Física pela Universidade Federal de Pelotas (1993), mestrado em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1996) e doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1999). É professora associada do curso de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atua em nível de graduação no curso de Educação Física e em nível de mestrado e doutorado no curso de Ciências do Movimento Humano (PPGCMH/UFRGS). Tem experiência na área do envelhecimento, atuando principalmente nos seguintes temas associados com exercício físico: promoção da saúde, envelhecimento e aptidão física; envelhecimento e qualidade de vida, envelhecimento e cognição. (Texto informado pelo autor)

Valéria Feijó Martins, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Realizou seus estudos de graduação Licenciatura em Educação Física (2014), Mestrado (2016), Bacharel em Educação Física (2018) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente finalizou o Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano - UFRGS (2017-2021). Atuando como pesquisadora e extensionista no CELARI (Centro de Estudos de Lazer e Atividade Física do Idoso) e o Grupo Locomotion (Mecânica e Energética da Locomoção Terrestre) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul . Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Envelhecimento Humano, envolvida nos seguintes temas: idoso, promoção da saúde, aptidão física, qualidade de vida, atividade física, performance, locomoção e fisiomecânica. (Texto informado pelo autor)

Felipe Fank, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), na linha de Atividade Física e Saúde. Mestre em Ciências do Movimento Humano e bacharel em Educação Física pela UDESC (2018), tendo recebido o mérito acadêmico pelo rendimento durante o curso. Na pesquisa, faz parte do Grupo de Pesquisa em Atividade Física, Saúde e Envelhecimento, do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, na UDESC. Na extensão universitária, atua como supervisor técnico do Programa de Extensão Grupo de Estudos da Terceira Idade - GETI, nos projetos de musculação e caminhada para idosos. Tem experiência na área da saúde, com ênfase em Educação Física, atuando principalmente nos temas relacionados a atividade física, idosos, saúde pública, saúde da mulher e saúde baseada em evidências. A subárea de atuação é o estudo do sono e suas relações.

Gabriel Aguiar Antunes, Universidade do Estado de Santa Catarina

Possui graduação em Educação Física Licenciatura pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2013) e mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2015). Atualmente é professor efetivo do quadro permanente da Prefeitura Municipal de Florianópolis, pesquisador voluntário ( certificado no cnpq) da Universidade do Estado de Santa Catarina e supervisor - Pibid/Capes da Universidade do Estado de Santa Catarina. 

Priscila Rodrigues Gil, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutoranda pelo Programa de Pós Graduação em Ciências do Movimento Humano do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), bolsista CAPES/DS.Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Ciências do Movimento Humano do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Na área de atividade física, saúde e envelhecimento. Graduação em Educação física - Bacharelado - Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).Graduação em Educação física - Licenciatura - Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Giovana Zarpellin Mazo, Universidade do Estado de Santa Catarina

Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria- UFSM (1989), mestrado em Ciências do Movimento Humano pela UFSM (1994) e doutorado em Ciências do Desporto pela Universidade do Porto (2003). Atualmente é professora titular da Universidade do Estado de Santa Catarina -UDESC. Ministra disciplinas no Curso de graduação em Educação Física do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte- CEFID da UDESC. É professora permanente do curso de mestrado e doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciências do Movimento Humano do CEFID/UDESC. É líder do Grupo de Pesquisa do CNPq Atividade Física, Saúde e Envelhecimento que faz parte do Laboratório de Gerontologia (LAGER) do CEFID/UDESC, o qual coordena. É coordenadora do programa de extensão universitário Grupo de Estudos da Terceira Idade (GETI), que foi implantado na UDESC em 1989. 

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Publicado

2024-12-18

Como Citar

GONÇALVES, Andrea Kruger; MARTINS, Valéria Feijó; FANK, Felipe; ANTUNES, Gabriel Aguiar; GIL, Priscila Rodrigues; MAZO, Giovana Zarpellin. Atividade física e qualidade de vida de idosos participantes de programas de extensão universitária durante a pandemia da Covid-19. Cidadania em Ação: Revista de Extensão e Cultura, Florianópolis, v. 8, n. 2, 2024. DOI: 10.5965/259464120802e91105. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/cidadaniaemacao/article/view/24529. Acesso em: 22 dez. 2024.