Deficiência visual e a percepção da arte: coleção de moda inspirada em Vincent Van Gogh
DOI :
https://doi.org/10.5965/25944630732023e3636Mots-clés :
moda, deficiência visual, inclusão , Vincent Van GoghRésumé
Este trabalho descreve o desenvolvimento de uma coleção de moda a partir de uma pesquisa realizada com mulheres deficientes visuais. Sua problemática principal consiste em entender quais são as dificuldades que as pessoas cegas encontram para a compreensão de obras de arte. Esta questão se justifica a partir dos dados do IBGE (2010) que mostra, que 6,5 milhões de brasileiros apresentam deficiência visual severa e a área da moda pouco se preocupa com este público. O objetivo principal deste estudo, portanto, é identificar e analisar as percepções das pessoas deficientes visuais sobre algumas pinturas de Vincent Van Gogh e, a partir da metodologia da entrevista de profundidade com duas mulheres cegas, criar uma coleção de moda inclusiva a partir do método projetual proposto por Munari (1981), Treptow (2013) e Brogin (2019). A pesquisa demonstrou que as experiências sensoriais, através de texturas, despertam sensações e experiências pelo tato e auxiliam na memorização da pessoa deficiente visual, resultando na simplificação da sua rotina.
Téléchargements
Références
BASTOS, Dorinho; FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; Psicodinâmica das cores em comunicação. 5ª ed. São Paulo: Edgar Blücher, 2006.
BROGIN, Bruna. Método de design para cocriação de moda funcional para pessoas com deficiência. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/60256#:~:text=O%20m%C3%A9todo%20de%20cocria%C3%A7%C3%A3o%20de,terapeutas%20ocupacionais%20e%20outros%20stakeholders. Acesso em 12 Jun 2022.
CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA. Parecer técnico: Visão monocular, 2019. Disponível em: <http://cbo.com.br/novo/publicacoes/parecer_sbvsn.pdf>. Acesso em: 05 Jun 2022.
CRUZ, Alexia Luanda Teske da; PERINI, Bruna Inez; SANTOS, Marko Alexandre Lisboa dos. Experimentação em Design e Arte: Van Gogh, ponte entre a teoria da cor e a escala de ampliação. Disponível em:< https://periodicos.ufsm.br/revislav/article/download/23918/pdf>. Acesso em 16 Out. 2021.
DAL BOSCO, Glória Lopes da Silva. Moda inclusiva: Uma análise estética e funcional. In: 10º COLOQUIO DE MODA, 2014. p. 1-10. Disponível em: <http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-%202014/COMUNICACAO-ORAL/CO-EIXO3-CULTURA/CO-Eixo-3-Moda-Inclusiva-Uma-Analise-Estetica-e-Funcional.pdf>. Acesso em: 16 Set. 2021.
DALTOÉ, Alynne. Coleção avbesses de moda inclusiva. 2018. Disponível em: <https://www.feevale.br/Comum/midias/8a609f16-11f4-4691-9ca2-ccfc715ec5f9/PROJETA-ME-corrida-espacial.pdf> Acesso em: 13 Out. 2021.
DI MARCO, Victor. Capacitismo: o mito da capacidade. Belo Horizonte: Letramento, 2020. 82 p.
DIAS, Adriana. Deficiência e Gênero: a importância do debate na intersecção das lutas. 2016. Disponível em: https://mulherescegas.blogspot.com/2016/10/deficiencia-e-genero-importancia-do.html. Acesso em: 11 Set. 2021
DUARTE, Jorge. Entrevista em profundidade. In: BARROS, Antonio; DUARTE, Jorge. Métodos e Técnicas de Pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2009.
FAGANELLO, Laís Regina et al. Aspectos Inclusivos da Moda com Foco nas Pessoas com Deficiência Visual. In: Moda Palavra E-periódico. Ano 9, EDIÇÃO ESPECIAL, 2015. Disponível em: <https://revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/6719> Acesso em: 12 Out. 2021.
GOMES, Danila; QUARESMA, Manuela. O contexto do design inclusivo em projetos de produto: ensino, prática e aceitação. In: Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2016, Belo Horizonte. p. 3143 – 3155. Disponível em: <http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/designproceedings/ped2016/0270.pdf>. Acesso em: 16 Set. 2021.
GUILLEN, L. D. et al. Percepção da realidade. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE NEUROCIÊNCIAS DA GRANDE DOURADOS, 3., 2012. Grande Dourados: SINGraD, 2012. v. 1. Acessoem: 28 Out. 2021.
ITALIE, Leanne.How two blind brothers became two blind brothers for a cause. Disponível em:<https://apnews.com/article/one-good-thing-entertainment-lifestyle-us-news-new-york-cbffe7b7b67b438b23cd3266d1ed329c>. Acesso em: 15 Set. 2021.
KOWARICK, Lúcio. Sobre a vulnerabilidade socioeconômica e civil — Estados Unidos, França e Brasil, Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 18, n. 51, p. 61-85, 2003.
MORA, Adriana Bolaños. Design Inclusivo Centrado no usuário: Diretrizes para ações de inclusão de pessoas cegas em museus. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2012. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/75770/000882925.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 02 Set. 2021.
MOURA, Dante Henrique; LIMA FILHO, Domingos Leite; SILVA, Mônica Ribeiro. Politecnia e formação integrada: confronto conceituais, projetos políticos e contradições históricas da educação brasileira. Revista Brasileira de Educação. v. 20, n.63, p. 1057-1080, out./dez. 2015.
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. Martins Fontes: São Paulo, 1981.
OLIVEIRA, Anna Augusta Sampaio de; VALENTIM, Fernanda Oscar Dourado; SILVA, Luis Henrique. Avaliação pedagógica: foco na deficiência intelectual numa perspectiva inclusiva. São Paulo: Cultura Acadêmica; Marília: Oficina Universitária, 2013.
PEREIRA, Danila Gomes. A aplicabilidade do design inclusivo em projetos de design. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2017. Disponível em:>https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=30055@1>. Acesso em: 02 Set. 2021.
PESCADOR, Lilian Daros; SILVA, Letícia Anastácio da. Meias:uma proposta de inclusão no vestuário para deficientes visuais. In: 10º Colóquio de Moda, 2014. Disponível em: <http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-%202014/COMUNICACAO-ORAL/CO-EIXO3-CULTURA/CO-Eixo-3-Moda-Inclusiva-Uma-Analise-Estetica-e-Funcional.pdf>. Acesso em: 02 Set. 2021.
QUEIROZ, Mariana. Moda inclusiva com mensagens em braille nas roupas. Disponível em: < https://www.divaholic.com.br/3d/uma-lacuna-ser-preenchida-na-moda-moda-em-braille-para-cegos/#:~:text=O%20Braille%20%C3%A9%20inserido%20por,despojado%2C%20cego%20ou%20com%20vis%C3%A3o>. Acesso em: 02 Set. 2021.
RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE A VISÃO. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/328717/9789241516570-por.pdf>. Acesso em: Acesso em: 27 Set. 2021.
SCOTT, Clare. Fashion Designer Babette Sperling Uses WillowFlex Filament to 3D Print Secret Messages in Natural Materials. Disponível em:< https://3dprint.com/161341/babette-sterling-fashion-design/>. Acesso em: 22 Set. 2021.
SEQUINEL, Marina. Código de cores para cegos e moda funcional: os projetos que ajudam deficientes a se vestirem sozinhos. Disponível em: https://www.plural.jor.br/noticias/vizinhanca/codigo-de-cores-para-cegos-e-moda-funcional-os-projetos-que-ajudam-deficientes-a-se-vestirem-sozinhos/. Acesso em: 02 Set. 2021.
SHIMOSAKAI, Ricardo. Etiquetas em braille. Disponível em: https://ricardoshimosakai.com.br/etiquetas-em-braile-e-qr-code/. Acesso em 10 Ago. 2022.
TREPTOW, Doris. Inventando Moda: Planejamento de Coleção. São Paulo: Doris Elisa Treptow, 2013.
TWO BLIND BROTHERS. Disponível em:< https://twoblindbrothers.com/>. Acesso em: 05 Set. 2021.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Julia Ramona Ritter, Claudia Schemes, Renata Fratton Noronha 2023

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
- Les auteurs conservent les droits d’auteur et concèdent à la revue le droit de première publication, l’œuvre étant simultanément mise à disposition sous la Licence Creative Commons Attribution 4.0 International, qui autorise:
1. Le partage — la copie et la redistribution de la matière sous toute forme ou support, pour toute utilisation, y compris commerciale.
2. L’adaptation — le remixage, la transformation et la création à partir du contenu, pour toute utilisation, y compris commerciale. Le concédant ne peut révoquer ces libertés tant que vous respectez les conditions de la licence.
Conformément aux conditions suivantes:
1. Attribution — Vous devez créditer de manière appropriée l’œuvre, fournir un lien vers la licence et indiquer si des modifications ont été effectuées. Cette attribution doit être faite dans toute circonstance raisonnable, sans toutefois suggérer que le concédant vous soutient ou soutient votre utilisation de l’œuvre.
2. Aucune restriction supplémentaire — Vous ne pouvez appliquer des conditions légales ou des mesures techniques qui restreindraient juridiquement autrui d’accomplir tout acte permis par la licence. - Le plagiat, sous toutes ses formes, constitue une pratique de publication contraire à l’éthique et est inacceptable. Cette revue utilise le logiciel de contrôle de similarité iThenticate.