Entre-lugares: uma transmutação em educação
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431782022024005Palavras-chave:
museu, escola, educação, transmutação, entre-lugaresResumo
Procura-se lançar um olhar para os ambientes que, além da escola, também são lugares de educação, adentrar territórios “outros” que não meramente os tradicionais espaços intramuros escolares. Nesse sentido, conceitos como pedagogia cultural e museologia crítica cruzam-se e interlaçam-se testemunhando experiências e práticas que têm cada vez mais impacto na vida das pessoas, em particular nos que têm a oportunidade de poder habitar e viver essas experiências singulares que ajudam a compreender e interpretar o complexo mundo em que vivemos e construímos. Os espaços museológicos, as instituições culturais, assim como uma enorme diversidade de outros lugares públicos e privados, têm vindo então a reconfigurar-se em muitas partes do mundo para expor não só objetos, mas também para gerar narrativas diversas, inclusivas e críticas, que questionam saberes instalados julgados inamovíveis, desmontando por vezes preconceitos julgados inquestionáveis e que afetam a vida das pessoas contribuindo para novos paradigmas educacionais. Uma educação artística significativa e transformadora pode então produzir-se, nestes entre-lugares e cruzamentos, nas inúmeras linguagens materiais ou imateriais de que é portadora, valorizando e visibilizando histórias e perspectivas múltiplas, contribuindo para a equidade e justiça social do mundo que ousamos sonhar.
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