Ácido salicílico, temperatura e períodos de armazenamento na conservação de hastes florais de gladíolo provenientes do sistema de plantio direto orgânico
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712222023274Palavras-chave:
Gladiolus x grandiflorus Hort., Yester, pós-colheita, refrigerada, ambienteResumo
As características pós-colheita dos produtos agrícolas são influenciadas por diversos fatores como a cultivar, as condições ambientais, as práticas culturais e sistemas de produção. A conservação pós-colheita é um dos desafios da cadeia produtiva de flores de corte. Com isso, o objetivo foi avaliar concentrações de ácido salicílico, temperatura e períodos de armazenamento na conservação de hastes florais de gladíolo provenientes do sistema de plantio direto orgânico. O trabalho foi realizado na Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Laranjeiras do Sul-PR. Foram utilizadas hastes de gladíolo cultivar Yester, advindas do cultivo com presença e ausência de cobertura de solo. Para essa pesquisa foram realizados dois experimentos. O primeiro consiste em um delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema trifatorial (cobertura de solo (2) x temperatura de armazenamento (2) x período de armazenamento (9)). Sendo com e sem cobertura, em duas temperaturas de armazenamento (5°C) ± 2°C) e (20 ± 2°C), nos períodos de armazenamento 0 a 16 dias. O segundo experimento possui delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema trifatorial (concentrações de ácido salicílico (5) x (temperaturas de armazenamento (2) x período de armazenamento (10)). Nas concentrações de 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mM de ácido salicílico em duas temperaturas de armazenamento (5°C) ± 2°C) e (20 ± 2°C), nos períodos de armazenamento 0 a 18 dias. As avaliações feitas foram: ataque de lagartas, diâmetro da haste, tortuosidade da haste, comprimento de botão basal-apical, números de floretes abertos e números de floretes senescentes. Para ambos os experimentos, os tratamentos influenciaram nas respostas de número de floretes abertos e número de floretes senescentes. O uso de ácido salicílico na concentração de 0,5 Mm associado a temperatura refrigerada e hastes florais oriundas do sistema de cultivo com cobertura proporcionam prolongamento da conservação de hastes florais de gladíolo.
Downloads
Referências
ALVARES VS & NEGREIROS JR. 2010. Pré-resfriamento e embalagem na conservação de folhas de salsa. Braz. J. Food Technol 13: 107-111.
AMABILE RF et al. 2000. Comportamento de espécies de adubos verdes em diferentes épocas de semeadura e espaçamentos na região dos Cerrados. Pesquisa Agropecuária Brasileira 3: 47-54.
BARROS TD & JARDINE JG. 2012. Agroenergia: Nabo forrageiro. Brasília: Portal embrapa.
BELLÉ RA et al. 2004. Abertura floral de Dendranthema grandiflora Tzvelev. Bronze Repin após armazenamento a frio seguido de 'pulsing'. Revista Ciência rural 34: 63-70.
BRACKMANN A et al. 2011. Pré-resfriamento para conservação pós-colheita de melões Cantaloupe ‘Hy Mark’. Bragantia 70: 672-676.
BRACKMANN A et al. 2000. Armazenamento de crisântemos dedranthema grandiflora cv. red refocus em diferentes temperaturas e soluções conservantes. Rev. Bras. de Agrociência 6: 19-23.
BRATTI EF et al. 2012. Cultivo de gladiolos em função das doses de calcário e potássio. Fruticultura Brasileira UFGD 30: 397-402.
BROSNAN T & SUN DW. 2001. Precooling techniques and applications for horticultural products - a review. International Journal of Refrigeration 24p.
CARVALHO AM & AMABILE RF. 2006. Plantas condicionadoras de solo: Interações edafoclimáticas, uso e manejo. In: CARVALHO AM & AMABILE RF (Eds.) Cerrado: adubação verde. Brasília: Embrapa Cerrados. p.143-170.
COELHO MEH et al. 2013. Coberturas do solo sobre a amplitude térmica e a produtividade de pimentão. Planta Daninha 31: 369-378.
COSTA LC et al. 2021. Postharvest physiology of cut flowers. Ornamental Horticulture 27: 374-385.
DIAS-TAGLIACOZZO GM et al. 2005. Fisiologia pós-colheita de flores de corte. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental 11: 89-99.
EINHARDT PM et al. 2017. Ácido salicílico na conservaçao pós-colheita de frutos de physalis peruviana l. Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha 18: 53-59.
FABIANE KC. 2016. Pré-resfriamento, ácido salicílico e atmosfera modificada na conservação pós-colheita de jabuticaba. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Agrônoma). Dois vizinhos: UTFPR. 29p.
FERMINO MH & GROLLI PR. 2008. Produção de gladíolo (Gladiolus grandiflorus). In: Plantas ornamentais: Aspectos para a produção. Passo Fundo: UPF. 202p.
FRANCO EO et al. 2017. Características físicas e químicas de morango ‘San Andreas’ submetido a diferentes posicionamentos de slab, densidades de plantio e meses de avaliação. Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha 18: 115-120.
FREIRE FM et al. 2001. Maneio da fertilidade do solo em sistema plantio direto. Informe Agropecuário 22: 49•56.
GIACOMINI SJ et al. 2003. Liberação de fósforo e potássio durante a decomposição de resíduos culturais em plantio direto. Pesquisa agropecuária brasileira Brasília 38: 1097-1104.
GIONGO V & CUNHA TJF. 2010. Sistema de Produção de Melão. Manejo do solo. Petrolina: Embrapa Semiárido. 5p.
KERBAUY GB. 2009. Fisiologia Vegetal. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 431p.
JONES RB & TRUETT JK. 1992. Postharvest handling of cut gloriosa rothscildiana O`brien (Liliaceae) flowers. Journal of the American Society for Horticultural Science 117: 442-445.
LIMA JD & FERRAZ MV. 2008. Cuidados na colheita e na pós-colheita das flores tropicais. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental 14: 29-34.
LIZ KM et al. 2020. Ácido salicílico na produção de morangueiro em substrato. Revista cultivando o saber 13: 171-185.
MARTINS CR et al. 2002. Influência do manejo do solo na conservação e na qualidade pós-colheita de pêssegos cv. Cerrito. Revista Brasileira de Fruticultura 24: 359-363
NOWAK J et al. 1992. Storage of cut flowers and ornamental plants: present status and future prospects. Postharvest News and Information 2: 255-260.
OLIVEIRA RJ et al. 2022. Cultivo de Gladíolo em sistema de plantio direto orgânico. Trabalho de conclusão de curso (Bacharel em Agronomia). Laranjeiras do Sul: UFFS. 36p.
PACHECO BRO et al. 2021. Classificação comercial e caracterização físico-química de beterrabas oriundas de sistema de plantio direto de hortaliças sob diferentes densidades de palhada de milho. Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha 22.
PEREIRA ECC et al. 2007. Efeito da aplicação de etileno na qualidade pós-colheita de frutos de pimentão vermelhos e amarelos. Horticultura Brasileira 25: 590-583.
RODRIGUES APMS et al. 2010. Uso de agrotóxicos na floricultura. Agropecuária Científica no Semi-Árido 6: 23-27.
ROSA GG et al. 2020. Ácido Salicílico na pós-colheita de morangos cultivar San Andreas. Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha 21.
ROSA RJM et al 2014. Adubação nitrogenada, potássica e fosfatada influenciando a qualidade e durabilidade pós-colheita de gladíolo. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental 20: 143-154.
SCARIOT et al. 2014. Ethylene control in cut flowers: classical and innovative approaches. Postharvest Biology and Technology 97: 83-92.
SEREK M et al. 1994. Role of ethylene in opening and senescence of Gladiolus sp. Flowers. American Society for Horticultural Science 119: 1014-1019.
SEREK M et al. 2006. Controlling ethylene responses in flowers at the receptor level. Biotechnology Advances 24: 368-381.
SILVA AC et al. 2009. Produção de palha e supressão de plantas daninhas por plantas de cobertura, no plantio direto do tomateiro. Rev. Pesq. agropec. bras, Brasília 44: 22-28.
SILVA LR et al. 2008. Manejo pós-colheita de hastes florais de gladíolos (Gladiolos grandiflorus L.). Revista Acta Agronómica 57: 129-135.
SILVA PRF et al. 2005. Estratégias de manejo de coberturas de solo no inverno para cultivo do milho em sucessão no sistema semeadura direta. Rev. Ciência Rural 36: 1011-1020.
SONEGO G & BRACKMANN A. 1995. Conservação pós-colheita de flores. Ciência Rural 25: 473-479.
SPRICIGO PC et al. 2010. Inibidor da ação do etileno na conservação pós-colheita de Chrysanthemum morifolium Ramat cv. Dragon. Revista Ciência e agrotecnologia 34: 1184-1190.
STEFFENS CA et al. 2008. Respiração, produção de etileno e qualidade de maçãs “Gala” em função do dano mecânico por impacto e da aplicação de 1-metilciclopropeno. Ciência Rural 38: 1864-1870.
SCHWAB NT et al. 2015. Como uma planta de gladíolo se desenvolve. Santa Maria: UFSM. 23p.
TAIZ L et al. 2017. Fisiologia e desenvolvimento Vegetal. 6.ed. Porto Alegre: Artmed. 888p.
TERUEL BJM. 2008. Tecnologias de resfriamento de frutas e hortaliças Revista Brasileira de Agrociência 14: 199-220.
TREVISAN F et al. 2017. Ácido Salicílico no desenvolvimento de plantas e nas características físico-químicas de frutas de morango “Milsei-Tudla”. Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha 18: 106-1414.
VAN DOORN WG et al. 1995. Efeitos do alto número de bactérias exógenas sobre as relações hídricas e longevidade de flores de cravo de corte. Postharvest Biology and Technology 6: 111-119.
VIEIRA LM et al. 2011. Captação de água por cortes de inflorescências de boca-de-leão após armazenamento a frio e seco. Ciência Rural. 41p.
VIEITES RL et al. 2012. Capacidade antioxidante e qualidade pós-colheita de abacate ‘fuerte’1. Revista Brasileira de Fruticultura 34: 336-348.
ZANÃO MPC et al. 2017. Gladiolus production and nutritional status as a function of silicon application to the substrate. Pesquisa Agropecuária Tropical 47: 178-185.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Autores e Revista de Ciências Agroveterinárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.