Caracterização física de salas de recursos multifuncionais e percepções de professores em relação à presença de jogos e tecnologia no atendimento educacional especializado

Autores

  • Mara Silvia Spurio Universidade Pitágoras
  • Luciane Guimarães Batistella Bianchini Universidade Pitágoras

DOI:

https://doi.org/10.5965/198431781632020196

Palavras-chave:

Jogos, Tecnologia, Ensino e aprendizagem, Atendimento Educacional Especializado, Salas de recursos Multifuncionais,

Resumo

A prática com jogos e tecnologia tem sido evidenciada como positiva para o processo de ensino e aprendizagem. No caso da Educação Inclusiva, o professor do Atendimento Especial Especializado (AEE) tem integrado jogos e tecnologias a este contexto? Realizada em um município da região norte do estado do Paraná, a presente pesquisa, caracterizada como qualitativa do tipo descritiva exploratória, objetivou: conhecercinco Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs) que oferecem o AEE e, em especial, identificar os jogos de mesa e digitais utilizados pelos seus professores; analisar como as professoras das respectivas SRMs concebem a prática com jogos e tecnologias. Para a coleta de dadosutilizou-se um roteiro de observação da sala de recursos e entrevista semiestruturada com 24 questões. Os resultados revelaram que, na perspectiva dos docentes, o jogo e a tecnologia são relevantes para o trabalho no AEE e, apesar da precariedade dos recursos disponíveis nas SRMs, eles podem auxiliar no processo de inclusão escolar. Reflexões decorreram deste contexto, tais como a necessidade de reorganização do serviço de apoio, a aquisição de materiais pedagógicos significativos ao aluno e de Tecnologia Assistiva apropriados, bem como o investimento na formação do professor.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mara Silvia Spurio, Universidade Pitágoras

Graduação em Pedagogia pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina (1996). Especialização em Psicopedagogia, Educação Especial e Psicomotricidade. Atuação na Secretaria Municipal de Educação/Gerência Educacional de Apoio Especializado. Mestre em Metodologia para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias (Universidade do Norte do Paraná - Unopar, 2017). Integrante do Projeto de Pesquisa Estudo do perfil das Brinquedotecas em Centros Municipais de Educação Infantil brasileiros (atualmente - Unopar).

Luciane Guimarães Batistella Bianchini, Universidade Pitágoras

Docente titutar do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da UNOPAR- Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias. Pós-Doutora e Doutora em Psicologia - linha: psicologia educacional, pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho e bolsista pela Fapesp. Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Londrina. Especialista em Educação Especial, Estimulação Precoce, Psicopedagogia Institucional e Clínica. Possui graduação em Pedagogia. Experiência na Educação Básica, Superior e pós Graduação na área de Educação, com ênfase em Psicologia do Desenvolvimento, atuando principalmente nos seguintes temas: Perspectiva Piagetiana sobre o desenvolvimento Intelectual, Afetivo e Moral. Fracasso escolar, Práticas educativas inclusivas e intervenções por meio de jogos e diferentes linguagens em ambientes virtuais para alunos com ou sem necessidades educacionais especiais.

Referências

BELLONI, M. L.; GOMES, N. G. Infância, mídias e aprendizagem: autodidaxia e colaboração. Educação & Sociedade, Campinas, v. 29, n. 104 Esp., p. 717-746, out. 2008.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto n. 6.253, de 13 de novembro de 2007. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, [2008a]. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2008/decreto-6571-17-setembro-2008-580775-publicacaooriginal-103645-pe.html. Acesso em: 15 mar. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CEB nº 4, de 2 de outubro de 2009. Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Brasília, DF: Ministério da Educação, [2009]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf. Acesso em: 03 abr. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. O PNE 2011 – 2020: Metas e Estratégias. Brasília: MEC, 2011. Disponível em: http://fne.mec.gov.br/images/pdf/notas_tecnicas_pne_2011_2020.pdf. Acesso em: 04 abr. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2008b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 16 mar. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Documento orientador programa implantação de salas de Recursos Multifuncionais. [2012]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11037-doc-orientador-multifuncionais-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 23 mar. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Manual de orientação: Programa de Implantação de Sala de Recursos Multifuncionais. Brasília, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9936-manual-orientacao-programa-implantacao-salas-recursos-multifuncionais&Itemid=30192. Acesso em: 22 mar. 2019.

BUSARELLO, R. I.; BIEGING, P.; ULBRICHT, V. R. Sobre Educação e Tecnologia. São Paulo: Pimenta Cultural, 2015.

CABRAL, M. S. N.; BOTTENTUIT JUNIOR, J. B. Práticas de Ensino e Uso das Tecnologias no Atendimento Educacional Especializado: enfoque nas salas de recursos multifuncionais. Renote - Novas Tecnologias na Educação, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 1-10, jul. 2016. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/renote/article/viewFile/67356/38451. Acesso em: 16 mar. 2019.

CARMO, E. T. do. Importância dos Jogos como Metodologia da Educação Inclusiva na Escola Municipal Morro Encantado em Cavalcante Goiás. 2015. 39 f. Monografia (Especialização em Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão Escolar) – Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

DUK, C. Educar na diversidade: material de formação docente. Brasília: MEC, SEESP, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/educar%20na%20diversidade.pdf. Acesso em: 10 abr. 2019.

FIGUEIREDO, R. V. de. A formação de professores para inclusão dos alunos no espaço pedagógico da diversidade. In: MANTOAN, M. T. E. (org.). O desafio das diferenças nas escolas. Petrópolis: Vozes, 2011. p. 139-147.

FURLAN, A. M. da S. Métodos e técnicas de ensino utilizados na sala de recursos multifuncionais: atendimento educacional especializado. 2014. 43 f. Monografia (Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2014. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4229/1/MD_EDUMTE_2014_2_6.pdf. Acesso em: 12 mar. 2019.

GADOTTI, M. Perspectivas Atuais da Educação. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 3-11, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n2/9782.pdf. Acesso em: 12 abr. 2019.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MATTAR, J. Games em educação: como os nativos digitais aprendem. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

MINAYO, M. C. de S. O desafio do conhecimento. 11. ed. São Paulo: Hucitec, 2008.

MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 12. ed. Campinas: Papirus, 2010.

PRENSKY, M. A aprendizagem baseada em jogos digitais. São Paulo: Editora do SENAC/SP, 2012.

PRENSKY, M. Nativos Digitais, Imigrantes Digitais, 2001. Tradução de Roberta de Moraes Jesus de Souza. On the Horizon (NCB University Press), v. 9, n. 5, 2001. Disponível em: http://www.colegiongeracao.com.br/novageracao/2_intencoes/nativos.pdf. Acesso em: 13 mar. 2019.

SANTOS, M. D.; SCARABOTTO, S. D. C. D. A.; MATOS, E. L. M. Imigrantes e Nativos Digitais: Um dilema ou desafio na educação? In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE, X., 2011, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: PUC-PR, 2011. p. 15840-15851.

SERRES, M. Polegarzinha: uma nova forma de viver em harmonia, de pensar as instituições, de ser e de saber. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015.

SOUZA, A. M. de. A informática educativa aplicada à educação especial: o software Educativo “Hércules e Jiló”. Linhas Críticas, Brasília, v. 9, n. 17, p. 233-248, jul./dez. 2003. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/6431/5206. Acesso em: 18 mar. 2019.

Downloads

Publicado

01-07-2020

Como Citar

SPURIO, Mara Silvia; BATISTELLA BIANCHINI, Luciane Guimarães. Caracterização física de salas de recursos multifuncionais e percepções de professores em relação à presença de jogos e tecnologia no atendimento educacional especializado. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 16, n. 3, p. 196–215, 2020. DOI: 10.5965/198431781632020196. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/15110. Acesso em: 29 mar. 2024.