“Quando grafito, existo”
O graffiti como dispositivo para a construção da identidade dos jovens numa favela do complexo de Manguinhos, no estado do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.5965/19843178202202401%20%20Keywords:
Graffiti, Favela, Jovens, IdentidadeAbstract
O objetivo da pesquisa é o de compreender como a arte do graffiti contribui como dispositivo para a construção da identidade dos jovens no complexo de favelas de Manguinhos, no estado do Rio de Janeiro. A região onde realizou-se a pesquisa, a partir de um estudo de caso, faz parte de (1) um território que congrega quinze favelas. Estudamos o projeto “Brabas Crew”, que atua nesse espaço desde 2017, promovendo a reconfiguração do ambiente, dos espaços abandonados pela sociedade civil e pelo o Estado. A perspectiva do projeto está ancorada na consolidação dos direitos dos sujeitos integrantes através da arte do graffiti. A centralidade teórica analítica está nos estudos de Costa (2005; 2007), Paula e Fravetto (2020) e outros. Utilizou-se o método qualitativo, a partir de um estudo de caso, onde ocorreram entrevistas não estruturadas com os agentes idealizadores. Concluímos que projetos como este tem o potencial de motivar os jovens envolvidos na busca pela expressão dos seus direitos e, consequentemente, na construção da sua identidade enquanto sujeito quando expõem, através do graffiti, quem eles são e as necessidades enfrentadas no seu cotidiano e as da favela.
Downloads
References
BATISTA, J. S.; SERAFIM, J. B.; GRACIELA, A. M. F. F. V. O graffiti nas ruas de Cuiabá: uma análise de imagens subversivas. Revista educação, artes e inclusão. Santa Catarina, v. 16, n. 3, p. 51-72, 2020.
CAMPOS, Ricardo. Liberta o herói que há em ti: risco, mérito e transcendência no universo graffiti. Tempo Social; revista de sociologia da USP. São Paulo, v. 25, n. p. 205-225, 2013.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 22º ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2014.
COSTA, Luizan Pinheiro. Pichação: Expressionismo Abstrato e Caos Urbano. Revista Internacional de Folkcomunicação, Paraná, v.3, n.6, p.42-53, 2005.
COSTA, Luizan Pinheiro. Grafite e pixação: institucionalização e transgressão na cena contemporânea. III Encontro de história da arte. 2007. Disponível em:< https://www.ifch.unicamp.br/eha/atas/2007/COSTA,%20Luizan%20Pinheiro%20da.pdf> Acesso em: 25 de janeiro de 2023.
EDUARDO, L. N.; VERMES, M. Graffiti: arte mestiça do hip-hop abrindo fendas nos territórios urbanos. 6º Seminário de comunicação e territorialidades. 2020. Disponível em:< https://periodicos.ufes.br/poscom/article/view/32552> Acesso em: 24 fev. 2023.
FETTER, B. Das reconfigurações contemporâneas do(s) sistema(s) da arte. MODOS. Revista de História da Arte. Campinas, v. 2, n.3, p.102-119, 2018.
HENRIQUES, P. M. O processo de pacificação nas favelas cariocas: elementos para uma crítica. Research, Society and Development. [S. l.], v. 10, n. 1, e24410111707, 2021.
ISER, M. Desrespeito e revolta. Sociologias, v. 15, n. 33, p. 82-119, 2013.
LEFEBVRE, H. The survival of capitalism. Allison and Busby, 1973.
LUIZ, T. C. N. et al. Fatores associados à variação espacial da gravidez na adolescência no Brasil, 2014: estudo ecológico de agregados espaciais. Epidemiol. serv. saúde. Brasilia, v. 1, e2019533, 2021.
LIMA, R. B.; MORAES, N. G. Vozes dos muros: uma análise literária da poesia de rua por meio do graffiti. Travessias, Cascavel, v. 14, n. 3, p. 114-133, 2020.
LUCAS, T. L. F.; LOBO, L. M. Traçando notas de conhecimento sobre graffiti, escola e juventudes: uma revisão sistemática integrativa. Revista amazônica. Amazonas, v. XXV, n. 2, p. 310-332, 2020.
LUIZA, R. A. S.; ADRIANA, L. B. Arte urbana e os processos educacionais: o que se pesquisa no Brasil. Revista digital do lav. Santa Maria, v. 13, n. 2, p. 326-344, 2020.
MACHADO, I. B. Zine circula graffiti: a produção de fanzine de graffiti na grande Vitória ES. Revista estado da arte. Uberlândia, v.1, n. 2, p. 1-21, 2020.
MARIA, T. F.; GAMA, R. R. C. As comunidades de Manguinhos na história das favelas no Rio de Janeiro. Revista tempo. Rio de Janeiro, v. 19, n. 34, 2013, p. 117 – 133, 2013.
MINAYO, M. C. S. (2016). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Vozes.
PAULA, A. M. C.; FAVRETTO, G. G. Graffiti e subcultura delinquente: similaridades e diferenças. Opinión Jurídica, Medellin, v. 19, n. 39, 2020, p. 331-348, 2020.
PROJETAR MANGUINHOS. (2013). História de Manguinhos. Disponível em: https://projetarmanguinhosunisuam.wordpress.com/2013/04/13/historia-de-manguinhos/> Acesso em: 12 Mar. 2023.
SIQUEIRA, B. M. D.; FELIX, F. A. S.; REGINA, V. Z. Nas fronteiras do graffiti e da lei: notas sobre a regulação municipal da arte urbana em cidades do vale do paraíba e litoral norte de São Paulo. PIXO, Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade. São Paulo, v.5, n.16, 2021, p. 40-55, 2021.
SANTOS, A. N. S. dos. Mal-estar e utopia democrática: autonomia do conselho tutelar e as consequências para a política pública infanto-juvenil. Revista Do Instituto De Políticas Públicas De Marília, 5(2), 117–138. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/RIPPMAR/article/view/8993/6216 2019.
SANTOS, A. N. S. “Mal-estares e utopia democrática”: poder local e autonomia institucional – o caso do Conselho Tutelar do Município de Horizonte – Ceará. 138 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2018) - Universidade Estadual do Ceará. Disponível em: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82831 Acesso em: 23 de Agosto de 2023, 2018.
TEIXEIRA, R. S. A contribuição do futebol feminino na favela do Mandela ante da falta de políticas públicas. PRACS: revista eletrônica de humanidade do curso de ciências sociais da UNIFAP. Macapá, v. 12, n. 3, 2019, p. 125 – 134, 2020.
ZIMOVSKI, A. P. Escrita subversiva: a pixação paulistana e o campo da arte (dissertação de mestrado: UFRGS). Repositório UFRGS. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.ufrgs.br/da.php?nrb=001062593&loc=2018&l=81883e528bf43878 Acesso em: 30 jan. 2023, 2017.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 ANTONIO NACILIO SOUSA DOS SANTOS
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright Statement
The Educação, Artes e Inclusão is a journal that follows the Free Access Policy. The articles published by the journal are free of charge, intended for educational and non-commercial applications. The articles whose authors are identified represent the expression from the point of view of their authors and not the official position of the Educação, Artes e Inclusão Journal or the Educação, Artes e Inclusão Research Group.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
(A) Authors retain the copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License which allows the sharing of the work with acknowledgment of authorship and initial publication in this magazine.
(B) Authors are authorized to take additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg publish in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this magazine.
(C) This journal provides public access to all of its content, as this allows for greater visibility and scope of published articles and reviews. For more information on this approach, visit the Public Knowledge Project.
This journal is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License. This license allows others to remix, adapt and create from your work for non-commercial purposes, and although new work must give you due credit and cannot be used for business purposes, users do not have to license such derivative works under the same terms.