Atravessando o espelho de Orlan

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/198431782012024e0051

Palavras-chave:

arte, corpo, identidade

Resumo

Este artigo traz uma reflexão sobre a performance A Arte Carnal o manifesto de Orlan,, um trabalho de autorretrato tendo como foco de investigação a compreensão a respeito dos  processos de reconfiguração do estatuto do corpo por meio da aproximação da arte com a tecnologia e a estética da desconstrução corporal. O corpo enquanto corporeidade é a existência subjetiva do sujeito e através deste corpo que é possível perceber o mundo e relacionar-se com os outros. Para esta proposta reflexiva, abordam-se as representações que exploram e problematizam as relações do corpo feminino transformado em objeto pela arte, no qual são incorporados elementos não naturais, como próteses, cirurgias plásticas, manipulação da imagem por programas de computador, entre outros. Destaca-se, nessa abordagem, a trajetória artística de Orlan, cujas obras são aqui analisadas a partir da compreensão do corpo como consequência de conflitos sociais e lugar de questões a respeito dos discursos sobre sexualidade, gênero, subjetividade e identidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARAÚJO, Aline Cristina de. Os frascos nas gavetas de Vênus: um estudo das representações significantes da beleza feminina no século XX. Niterói. 2003.

BAUDELAIRE, C. Sobre a Modernidade: o Pintor da vida Moderna. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

COSTA, Jurandir Freire. O vestígio e a Aura: corpo e consumismo na moral do espetáculo. Olympio, 1993.

COHEN, Renato. Performance como linguagem. 2.ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.

FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília. Escritos de artistas: anos 60 e 70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.

FERREIRA, J., HAMILIN, C. Mulheres Negros e outros monstros: um ensaio sobre os corpos não civilizados. Estudos Feministas, Florianópolis, 2010. set/dez.8 (3) 811-836.

FREIRE, Cristina. Arte Conceitual. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

GUINOT, Olga e GUARDIOLA, Juan G. Orlam 1964-2001. Artium; Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca, 2002.

GLUSBERG, Jorge. A arte da performance. São Paulo: Perspectiva, 2003.

GOLDBERG, Roselee. A arte da performance. São Paulo: Martins Fontes, 2006. (1 ed. 1979, Londres).

GONÇALVES, E. D. Orlan do outro lado do espelho. Biblioteca on line de Ciencias da Comunicação. São Paulo, 2009. Disponível em: < http://www.bocc.ubi.pt/pag/Duarte-Eunice-Orlan.html>. Acesso em: 2 Jan. 2018.

JEUDY, Henry-Pierre. O corpo como objeto de arte. Trad. Tereza Lourenço-São Paulo: Estação Liberdade, 2002.

MEDEIROS, M. Beatriz. MONTEIRO, Marianna e MATSUMOTO K. Roberta. (Org.). Tempo e Performance. 1a. ed. Brasília, DF: Editora da Pós-graduação em Arte da Universidade de Brasília, 2007.

MERLEAU-PONTY.O Olho e o Espírito. Pref. de Claude Lefort. [Lisboa] : Vega, 1992.

_________________.O Olho e o Espírito. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

_________________. O visível e o Invisível. São Paulo: Perspectiva. São Paulo, 1971.

_________________. Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

PROST, Antoine e VICENT, G. História da vida Privada. São Paulo: Companhia das Letras .2001.

TUCHERMAN, Ieda. Breve história do corpo e dos seus monstros. Edições Vega, Lisboa. 1999.

Downloads

Publicado

01-01-2024

Como Citar

PIAZZA, Rosana Dalla. Atravessando o espelho de Orlan. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 20, n. 1, p. e0051, 2024. DOI: 10.5965/198431782012024e0051. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/19786. Acesso em: 21 nov. 2024.