Atravessando o espelho de Orlan
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431782012024e0051Palabras clave:
arte, Orlan, corpo, espelho , identidadeResumen
O artigo traz reflexões sobre as transmutações do corpo no manifesto performático A Arte Carnal (1990-95) pela artista francesa Orlan (1947-). Através das ações performáticas no espaço midiático e físico, no campo teórico das artes, essa pesquisa de natureza qualitativa, bibliográfica e exploratória, tem como objetivo relacionar padrões impostos pela mídia e pela arte materializados no corpo de Orlan. Como os corpos são afetados dentro desta relação corpo e identidade canonizados pela arte e pela moda? Neste corpo espetáculo são incorporados elementos não naturais, como próteses, cirurgias plásticas reais e/ou manipuladas por programas de computador. O corpo enquanto corporeidade é a existência subjetiva do sujeito e através dele é possível perceber o mundo e relacionar-se com os outros. Orlan reconstrói seu autorretrato, manipulando sua própria carne, por meio de procedimentos invasivos, problematizando as influências midiáticas e das Histórias das Artes exercidas sobre o corpo da mulher contemporânea. Seu corpo estabelece-se como um espelho social tendo como resultado a compreensão do corpo como consequência de conflitos sociais, discursos misóginos, subjetividade e identidade. Ocasionando a fruição estética ela explora e problematiza essas relações em seu próprio corpo feminino transformado em objeto de arte a serviço da arte.
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