Comparação do perfil químico e aromático de vinhos ‘Sauvignon Blanc’ elaborados em região de altitude de Santa Catarina - Brasil e em Marlborough - Nova Zelândia
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712412025035Palavras-chave:
Vitis vinifera L. , Compostos voláteis. , Vinhos de altitude.Resumo
O objetivo deste trabalho foi quantificar os compostos químicos e o aroma varietal de vinhos de Sauvignon Blanc elaborados nas regiões de altitude elevada catarinense) e comparar estes com os vinhos Sauvignon Blanc neozelandeses, país de referência mundial para o estilo desta variedade. Para a descrição química e aromática foram selecionados vinhos de nove vinícolas das regiões de altitude da safra 2013 e nove vinhos comerciais da safra 2013 da região vitícola de Marlborough/Nova Zelândia. Foram realizadas as análises clássicas e quantificação dos compostos fenólicos e aromáticos dos vinhos. Os vinhos Sauvignon Blanc produzidos em SC com altitude acima de 900m possuem menor teor de açúcar residual, caracterizando os vinhos de altitude mais secos do que os vinhos neozelandeses. Dentre os 35 compostos identificados 19 contribuíram individualmente para os aromas de ‘Sauvignon Blanc’, sendo vários ésteres, álcoois superiores e terpenos com influência similar nas duas regiões. Porém destaca-se nos vinhos neozelandeses os tiois varietais 3MH e 3MHA com grande impacto no aroma. Os compostos aromáticos dos vinhos Sauvignon Blanc de elevada altitude de SC apresentaram consistência entre as duas safras avaliadas. Os compostos que mais contribuíram para os aromas de vinhos Sauvignon Blanc produzidos em SC com altitude acima de 900 m foram: acetato de isoamila, hexanoato de etila, ß-damascenona e butanoato de etila, relacionados a descritores aromáticos frutados (maçã, pera, banana) e floral.
Downloads
Referências
ALEXANDRE H & GUILLOUX-BENATIER M. 2006. Yeast autolysis in sparkling wine—A review. Australian Journal of Grape Wine Research 12: 119–127.
ALLEN T et al. 2011. Influence of grape-harvesting steps on varietal thiol aromas in Sauvignon blanc wines. Journal of Agricultural and Food Chemistry 59: 10641-10650.
ARAUJO LD et al. 2017. Indications of the prominent role of elemental sulfur in the formation of the varietal thiol 3-mercaptohexanol in Sauvignon blanc wine. Food Research International 98: 79-86.
ARFELLI G et al. 2010. Mechanical harvesting optimization and postharvest treatments to improve wine quality. Journal International des Sciences de la Vigne et du Vin 44: 101-115.
BAJČAN D et al. 2013. Optimizing conditions for spectrophotometri determination of total polyphenols in wines using Folin–Ciocalteu reagente Journal of Microbiology, Biotechnology and Food Sciences 2: 1271-1280.
BENKWITZ F et al. 2012. dentifying the chemical composition related to the distinct aroma characteristics of New Zealand Sauvignon blanc wines. American Journal of Enology and Viticulture 63: 62-72.
BRASIL. 2018. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa n° 14, de 8 de fevereiro de 2018. Complementação dos Padrões de Identidade e Qualidade do Vinho e Derivados da Uva e do Vinho. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
BRIGHENTI AF et al. 2013. Phenological characterization and thermic requirement of distinct grapevines varieties in São Joaquim, Santa Catarina – Brazil. Ciência Rural 43: 1162-1167.
CALIARI V et al. 2014. Aromatic profile of brazilian sparkling wines produced with classical and innovative grape varieties. Food Research International 62: 965–973.
CALIARI V & ZANUS MC. 2020. Caracterização sensorial dos vinhos finos tranquilos e espumantes de regiões de altitudes de Santa Catarina. In: PANDOLFO C & VIANNA LFN Caracterização da região produtora, indicadores e instrumentos para proposição de uma indicação geográfica. Florianópolis: Epagri 181-191.
CONDE CP et al. 2007. Biochemical changes throughout grape berry development and fruit and wine quality. Food 1: 1-22.
DÍAZ-MAROTO MC et al. 2005. Formation pathways of ethyl esters of branched short-chain fatty acids during wine aging. Journal Agriculture Food Chemistry 53: 3503–3509.
EMANUELLI F et al. 2010. A candidate gene association study on Muscat flavor in grapevine (Vitis vinifera L.). BMC Plant Biology 10: 2-17.
GONZÁLEZ-BARREIRO C et al. 2015. Wine aroma compounds in grapes: A critical review. Critical Reviews in Food Science and Nutrition 55: 202–218.
GOODE J. 2012. The Science of Sauvignon Blanc. Nova Zelândia: Flavour Press. 134 p.
HERBST-JOHNSTONE MM et al. 2011. Stability of Varietal Thiols in Commercial Sauvignon blanc Wines. American Journal of Enology and Viticulture 62: 495-502.
HERBST-JOHNSTONE MM et al. 2013. Effects of Mechanical Harvesting on ‘Sauvignon Blanc’ Aroma. Acta Horticulturae 978: 179-186.
ILAND P et al. 2004. Chemical Analysis of Grapes and Wine: Techniques and Concepts, Patrick Iland Wine Promotions, Campbelltown, SA, Australia.
JACKSON RS. 2014. Wine Science: principles and applications. 4ed. Amsterdam: Elsevier. 751p.
KILMARTIN PA et al. 2001. Cyclic Voltammetry Method Suitable for Characterizing Antioxidant Properties of Wine and Wine Phenolics. Journal of Agricultural and Food Chemistry 49: 1957-1965.
MAKHOTKINA O et al. 2013. A. Influence of sulfur dioxide additions at harvest on polyphenols, C6-compounds and varietal thiols in Sauvignon blanc. American Journal of Enology and Viticulture 64: 203-2013.
MARCON FILHO JL. 2016. Alternativa de sistema de sustentação e condução na produção de uvas viníferas e composição química e aromática de vinhos comerciais de Sauvignon Blanc em região de altitude de Santa Catarina. Tese (Doutorado em Produção Vegetal). Lages: UDESC. 199 p.
MARÓSTICA MR & PASTORE GM. 2007. Tropical fruit flavour. In Flavours and Fragrances. Berlin: Springer. p.189–201.
NEW ZEALAND WINEGROWERS. 2020. Vineyard Register Report 2019-2022. Technical report. New Zealand Winegrowers.
OLEJAR KJ et al. 2015. Antioxidant activity and phenolic profiles of Sauvignon blanc wines made by various maceration techniques. Australian Journal of Grape and Wine Research 21: 57-68.
PARR WV et al. 2007. The distinctive flavour of New Zealand Sauvignon blanc: Sensory characterisation by wine professionals. Food Quality and Preference 18: 849-861.
PEREZ D et al. 2022. Effect of non-wine Saccharomyces yeasts and bottle aging on the release and generation of aromas in semi-synthetic Tempranillo wines. International Journal of Food Microbiology 365: e109554.
STYGER G et al. 2011. Identifying genes that impact on aroma profiles produced by Saccharomyces cerevisiae and the production of higher alcohols. Applied Microbiology and Biotechnology 91: 713–730.
VIANNA LFN et al. 2020. Panorama da vitivinicultura de altitude em Santa Catarina de 2009 a 2019. In: PANDOLFO C & VIANNA LFN. Caracterização da região produtora, indicadores e instrumentos para proposição de uma indicação geográfica. Florianópolis: Epagri. p.17-25.
WINE MARLBOROUGH. 2019. Wine Marlborough Website. Technical report. Wine Marlborough, New Zealand.
WURZ DA et al. 2017. Timing of leaf removal modifies chemical and phenolic composition of Sauvignon Blanc wine. BIO web of Conferences 9: 1-4.
WURZ DA et al. 2018. Época de desfolha e sua influência no desempenho vitícola da uva ‘Sauvignon Blanc’ em região de elevada altitude. Revista de Ciências Agroveterinárias 17: 91-99.
WURZ DA et al. 2020. Phenolic composition of wine from 'Cabernet Sauvignon' grapes subjected to leaf removal at different timing in Southern Brazil. Pesquisa Agropecuária Brasileira 55: e.01919
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Autores e Revista de Ciências Agroveterinárias

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.