Tempo de maceração fermentativa influencia composição cromática e fenólica de vinhos elaborados com a videira ‘Bordô’
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712312024138Palavras-chave:
Vitis labrusca L., polifenóis totais, intensidade de cor, tonalidade de corResumo
Tem-se como objetivo deste trabalho avaliar o efeito de diferentes períodos de maceração fermentativa na composição físico-química, cromática e fenólica de vinhos elaborados com a videira ‘Bordô’. O presente trabalho foi conduzido no Laboratório de Fruticultura do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Canoinhas, no ano de 2022. A uva ‘Bordô’ foi colhida em um vinhedo comercial, que consistem em diferentes períodos de maceração fermentativa: 02, 04, 06, 08 e 10 dias. O vinho foi envasado em julho de 2022, após término a fermentação malolática, e após dez dias após realizou-se as avaliações dos vinhos. As análises foram realizadas em triplicata, avaliando-se: densidade relativa, pH, acidez total, intensidade de cor, tonalidade de cor e polifenóis totais. Os dados serão submetidos à análise de variância e suas médias comparadas pelo teste de Tukey. O período de maceração fermentativa não influenciou a tonalidade de coloração, acidez total titulável, densidade relativa e pH dos vinhos. Em relação ao conteúdo de polifenóis totais e intensidade de cor, verificou-se aumento destas variáveis em função do aumento do período de maceração fermentativa. Portanto, o tempo da maceração fermentativa influencia na composição cromática e fenólica dos vinhos elaborados com a uva ‘Bordô’.
Downloads
Referências
ALMEIDA RS et al. 2023. Caracterização do perfil físico-químico de vinhos de mesa tintos elaborados na região do Planalto Norte Catarinense, safra 2020. Journal of Agronomic Sciences 12: 64-74.
ALVES C et al. 2020. Influência da maceração sobre a coloração e composição físico-química de vinhos tintos tropicais ‘Cabernet Sauvignon’. In: Congresso brasileiro de inovação e tecnologia na gastronomia e ciência de alimentos. Fortaleza. Inovação e tecnologia na gastronomia: anais. Fortaleza: UFC.
BENDER A et al. 2017. Avaliação Físico-Química e Compostos Bioativos de Vinho Tinto Colonial produzido em São Lourenço do Sul (RS). Revista Eletrônica Científica UERGS 3: 249-265.
BRAGA RF. 2015. Aminas bioativas, polifenóis e antocianinas em vinhos tintos de mesa nacionais. Dissertação (Mestrado em Ciências dos Alimentos) Belo Horizonte: UFMG. 71 p.
BRASIL. 2018. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa n° 14, de 8 de fevereiro de 2018. Complementação dos Padrões de Identidade e Qualidade do Vinho e Derivados da Uva e do Vinho. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil.
BRIGHENTI AF et al. 2018. Qualification of 'Bordô' grape clones in Vale do Rio do Peixe, in the state of Santa Catarina, Brazil. Pesquisa Agropecuária Brasileira 53: 800-808.
CASTILHOS MBM et al. 2016. Sensory acceptance drivers of pre-fermentation dehydration and submerged cap red wines produced from Vitis labrusca hybrid grapes. LWT - Food Science and Technology 69: 82-90.
DAL’OSTO MC & MOTA RV. 2012. Emprego de baixas temperaturas na extração de compostos fenólicos durante a elaboração de vinhos Syrah. Revista Brasileira de Viticultura Enologia 4: 36-44.
DAUDT CE & FOGAÇA AO. 2013. Phenolic compounds in Merlot wines from two wine regions of Rio Grande do Sul, Brazil. Food Science and Technology 33: 355-361.
ESTEBAN MA et al. 2002. Relationships between different berry components in Tempranillo (Vitis vinifera L.) grapes from irrigated and nonirrigated vines during ripening. Journal of the Science of Food and Agriculture 82: 1136-1146.
GIOVANNINI E & MANFROI V 2009. Viticultura e Enologia: elaboração de grandes vinhos nos terroirs brasileiros. Bento Gonçalves: IFRS. 360p.
GIRARDELLO RC. 2012. Evolução dos compostos fenólicos durante a maceração do mosto de uvas Malbec e Syrah submetidas a diferentes processos. Dissertação (Mestrado Ciência e Tecnologia de Alimentos) Santa Maria: UFSM. 114 p.
GONZALES-NEVES G et al. 2008. Diferencias entre los perfiles antocianicos de extractos de hollejos, uvas y vinos de variedades tintas de Vitis vinifera. Revista Enologia 4: 1-7.
GORDILLO B et al. 2016. Optimisation of an oak chips grape mix maceration process. Influence of chip dose and maceration time. Food Chemistry 206: 249–259.
GUERRA CC & BARNABÉ D. 2005. Vinho. In: VENTURINI FILHO WGV. Tecnologia de bebidas – matéria-prima, processamento, BPF/APPCC, legislação e mercado. São Paulo: Edgard Blücher. 505 p.
HEREDIA FJ et al. 2010. Influence of the refrigeration technique on the colour and phenolic composition of syrah red wines obtained by pre-fermentative cold maceration. Food Chemistry 118: 377–383.
HOFFMANN A et al. 2005. Sistema de produção de uvas rústicas para processamento em regiões tropicais do Brasil. Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho. Sistema de Produção número 9.
JACKSON RS. 2014. Wine Science: principles and applications. Cambridge: Elsevier. 4.ed. 751 p.
LOOSE RF. 2015. Caracterização de vinhos pelo seu teor de polifenóis. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Química). Santa Maria: UFSM. 29 p.
MAKHOTKINA O et al. 2013. Influence of sulfur dioxide additions at harvest on polyphenols, C6-compounds and varietal thiols in Sauvignon blanc. American Journal of Enology and Viticulture 64: 203-2013.
MORAES V & LOCATELLI C. 2010. Vinho: uma revisão sobre a composição química e benefícios à saúde. Evidência, 10: 57-68.
OIV. 2016. Recueil des méthodes internationales d’analyse des vins et des moûts. Office international de la vigne et du vin. Paris OIV. 368 p.
PSZCZOLKOWSKI P & LECCO CC. 2011. Manual de vinificación: Guía práctica para la elaboración de vinos. Santiago: Universidade Catolica do Chile.
RIBÉREAU-GAYON P et al. 2002. Handbook of enology, vol.2. The Chemistry of wine, stabilization and treatments. 410 p.
RIBÉREAU-GAYON et al. 2006. Handbook of Enology: The Chemistry of Wine Stabilization and Treatments. Chichester: John Wiley and Sons Ltda. 456 p.
RIZZON LA & MANFROI L. 2006. Sistema de produção de vinho tinto: Fermentação. Sistemas de Produção - EMBRAPA Uva e Vinho - CNPUV. Bento Gonçalves, 2006. Disponível em:< http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/sprod/VinhoTinto/fermentacao.htm>. Acesso em 28 de ago. de 2023.
RIZZON LA. 2010. Metodologia para análise de vinho. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica. 120 p.
ROBINSON J et al. 2012. Wine grapes: a complete guide to 1,368 vine varieties, including their origins and flavours. New York: Ecco. 1280p.
SCHMIDT E et al. 2022. Diagnóstico do processo de elaboração de vinhos no Planalto Norte Catarinense. Research, Society and Development 11: e245111032713.
SCHMIDT E et al. 2023. Composição físico-química de sucos de uva elaborados na região do Planalto Norte Catarinense, safra 2021. Revista de Ciências Agroveterinárias 22: 295-302.
SINGLETON VL & ROSSI JA. 1965. Colorimetry of total phenolics with phosphomolybdic and phosphotungstic acid reagents. American Journal of Enology and Viticulture 16: 144–158.
SOUSA MV et al. 2021. Caracterização do processo de vinificação do vinho de mesa das cantinas de Santa Teresa, Espírito Santo. Conjecturas 21: 298-308.
WÜRZ DA et al. 2020. Quebra de dormência da videira ‘Niágara Branca’ com a utilização de cianamida hidrogenada no Planalto Norte Catarinense. Scientia Vitae 10: 13-22.
WÜRZ DA et al. 2021. Caracterização físico-químico de vinhos de mesa tintos elaborados na região do Planalto Norte Catarinense, safra 2019. Revisa Ciência e Inovação do IFFAR 7: 1-16.
WÜRZ DA & JASTROMBEK JM. 2022. Caracterização dos Produtores rurais e sistema produtivo da viticultura no Planalto Norte Catarinense. Revista Desenvolvimento Regional em Debate 12: 424-235.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Autores e Revista de Ciências Agroveterinárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.