O vestir na vida dos idosos: contribuições da ergonomia e das tecnologias assistivas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1982615x10192017150

Palavras-chave:

usuário idoso, atividades da vida diária (AVDs), ergonomia

Resumo

A ergonomia tem como prerrogativa adaptar produtos, serviços e estratégias às pessoas, considerando suas habilidades e limitações. As Tecnologias Assistivas (TA) são dispositivos, serviços, estratégias ou práticas que minimizam problemas decorrentes de limitações funcionais dos indivíduos. Nesse sentido, podem auxiliar os idosos nas Atividades de Vida Diária (AVD), tais como vestir. Considerando o envelhecimento populacional uma realidade mundial, este trabalho apresenta um levantamento sobre a interação de idosos com uma TA para vestir a fim de verificar sua percepção acerca do uso. O teste foi realizado por cinco idosos e consistiu em responder a um questionário sobre demandas, necessidades e problemas com o vestuário, vestir um par de meias utilizando a Adaptação para colocar meia e, por fim, preencher o questionário de avaliação do uso do dispositivo. Observou-se que uma das principais dificuldades no uso do produto é a utilização do folheto de instruções. Além disso, nenhum dos participantes conseguiu vestir completamente o par de meias. Concluídos os testes, foi feita a avaliação dos instrumentos utilizados e destacadas as opiniões dos participantes em relação às vantagens e desvantagens do produto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Crislaine Gruber, Federal Institute of Santa Catarina

Mestra em Design (UDESC)

Doutoranda em Engenharia de Produção (UFSC)

Professora no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC)

Eugenio Andrés Díaz Merino, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutor em Engenharia de Produção (UFSC)
Professor na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Giselle Schmidt Alves Díaz Merino, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Engenharia de Produção (UFSC)

Professora na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Lizandra Garcia Lupi Vergara, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Engenharia de Produção (UFSC)

Professora no Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas (UFSC)

Referências

ABERGO. Definição internacional de ergonomia. Ação Ergonômica, [S.l.], v. 1, n. 2, 2001.

BRASIL. Decreto nº 5.296, de 2 de janeiro de 2004. Regulamenta as Leis nº 10.048, de 8de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

BRASIL. Lei nº 10.741, de 1 de janeiro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.

BRUMMEL-SMITH, K.; DANGIOLO, M. Assistive Technologies in the home. Clinics in Geriatric Medicine, [S.l.], v.25, n. 1, p.61-77, fev. 2009.

BÜHLER, C. Approach to the analysis of user requirements in assistive technology. International Journal of Industrial Ergonomics, [S.l.], v. 17, p.187-192, 1996.

CARRIEL, I. R. R. Recomendações ergonômicas para o projeto decadeira de rodas: considerando os aspectos fisiológicos e cognitivos dos idosos. 2007. Dissertação (Mestrado) -Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Baurú.

ÇIVITCI, S. An ergonomic garment design for elderly Turkish men. Applied Ergonomics, [S.l.], v. 35, n. 3, p.243-251, maio 2004.

COSTA, E. C.; NAKATANI, A. Y. K.; BACHION, M. M. Capacidade de idosos da comunidade para desenvolver Atividades de Vida Diária e Atividades Instrumentais de Vida Diária. Acta Paul Enferm. São Paulo, p.43-48. 2006.

COOK, A. M.; POLGAR, J. M.; HUSSEY, S. M. Cook & Hussey's assistive technologies: principles and practice. 3. ed. St Louis: Mosby Elsevier, 2008.

DUARTE, Y. A. O.; ANDRADE, C. L.; LEBRÃO, M. L. O Índex de Katz na avaliação da funcionalidade dos idosos. Rev Esc Enferm Usp. São Paulo, p.317-325. jun. 2007.

FARMER, S. E. et al. Assistive Technologies: can they contribute to rehabilitation of the upper limb after stroke?. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, [S.l.], v. 95, n. 5, p.968-985, jan. 2014.

GONÇALVES, E.; LOPES, L. D. Ergonomia no vestuário: conceito de conforto como valor agregado ao produto de moda. Modapalavra: reflexões em moda, Florianópolis, v. 4, p.22-29, nov. 2006.

IBGE. Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação, 2013.

IBGE. Projeções 1980-2050 -Revisão 2008, 2008.

IBGE. Tábuas abreviadas de mortalidade por sexo e idade: Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2005.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 9999:2011: Assistive products for persons with disability -Classification and terminology.

MATSUDO, S. M.; MATSUDO, V. K. R.; BARROS NETO, T. L. Impacto do envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão física. Rev. Bras. Ciên. e Mov., v. 8, n. 4, p.21–32, 2000.

MELO, A. F. Avaliação de usabilidade em eletrodomésticos: o caso do forno de microondas. 2000. Dissertação (Mestrado) -Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000.

MCT/SECIS. Catálogo Nacional de Produtos de Tecnologia Assistiva, 2015.

NIELSEN, Jakob; LANDAUER, Thomas K. A mathematical model of the finding of usability problems. Proceedings of ACM INTERCHI'93 Conference(Amsterdam, The Netherlands, 24-29 April 1993), pp. 206-213.

NIELSEN NORMAN GROUP. Why you only need to test with 5 users. 2000. Disponível em: https://www.nngroup.com/articles/why-you-only-need-to-test-with-5-users/. Acesso em: 25 out. 2016.

PAIVA, M. M. B.; SANTOS, V. M. V. Ergonomia no ambiente construído em moradia coletiva para idosos: estudo de caso em Portugal. Ação Ergonômica, [S.l.], v. 7, n. 3, p.56-75, 2012.

PASCHOARELLI, L. C. Conhecimento científico e a prática profissional da ergonomia: a contribuição da ergonomia física no design de produtos. In: BARBOSA, A. C. L. S.; RANGEL, M. M.; RAPOSO, M. (Org.). Ergonomia design usabilidade interação. Juiz de Fora: Mamm Ufjf, 2013.

PLOS, O. et al. A universalist strategy for the design of Assistive Technology. International Journal of Industrial Ergonomics, [S.l.], v. 42, p.533-541, 2012.

ROBINSON, L. et al. Assistive technologies in caring for the oldest old: a review of current practice and future directions. Aging Health, [S.l.], v. 9, n. 4, p.365-375, ago. 2013.

SILVA, L. C. O design de equipamentos de tecnologia assistiva como auxílio no desempenho das atividades de vida diária de idosos e pessoas com deficiência, socialmente institucionalizados. 2011. Dissertação (Mestrado) -Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

SILVEIRA, I. Aplicação da ergonomia no projeto do vestuário. Modapalavra: reflexões em moda, Florianópolis, v. 4, p.12-19, nov. 2006.

SPIRDUSO, W. W. Dimensões físicas do envelhecimento. Barueri, SP: Manole, 2005.

UNITED NATIONS, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2013). World Population Prospects: The 2012 Revision, Press Release (13 June 2013): "World Population to reach 9.6 billion by 2050 with most growth in developing regions, especially Africa".

VERAS, R.; DUTRA, S. Perfil do idoso brasileiro: questionário BOAS. Rio de Janeiro:UnATI UERJ, 2008.

WALDRON, D.; LAYTON, N. Hard and soft assistive technologies: defining roles for clinicians. Aust Occ Ther J, [S.l.], v. 55, n. 1, p.61-64, mar. 2008.

WESSELS, R. et al. Non-use of provided assistive technology devices, a literature overview. Technology and Disability, [S.l.], v. 15, p.231-238, 2003.

Downloads

Publicado

2017-01-01

Como Citar

GRUBER, Crislaine; MERINO, Eugenio Andrés Díaz; MERINO, Giselle Schmidt Alves Díaz; VERGARA, Lizandra Garcia Lupi. O vestir na vida dos idosos: contribuições da ergonomia e das tecnologias assistivas. Modapalavra e-periódico, Florianópolis, v. 10, n. 19, p. 150–178, 2017. DOI: 10.5965/1982615x10192017150. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/7682. Acesso em: 23 nov. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)