Teores de cobalto e manganês em solos de Santa Catarina

Autores

  • Ilana Marin Suppi
  • Mari Lucia Campos
  • David José Miquelluti
  • Dreyce Kisholli Bueno

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711732018579

Palavras-chave:

elementos-traço, concentração natural, solos representativos do estado de SC

Resumo

A concentração dos elementos no solo pode ter origem natural, devido a seu material de origem e grau de intemperismo, ou antropogênica. O estudo objetivou avaliar os teores naturais de cobalto e manganês em 56 perfis de solos representativos do estado de Santa Catarina (SC), coletados em ambientes sem interferência antrópica, buscando correlacionar os teores encontrados com atributos físicos e químicos dos solos. Foram utilizadas 107 amostras considerando os horizontes A e B. A extração dos elementos foi realizada segundo protocolo USEPA 3050 B em bloco digestor, e quantificado em espectrometria de emissão ótica com fonte de plasma acoplado indutivamente. Os teores de Co e Mn diferiram entre as classes de solos, mas não entre os horizontes A e B. Em geral, solos originários de rochas magmáticas básicas apresentaram maiores concentrações de ambos os elementos. Os Latossolos apresentaram menores teores de Co e Mn do que solos mais jovens, como Chernossolos, ambos os solos derivados de basalto. Os atributos relação silte/argila, soma de bases e saturação por bases se correlacionaram positivamente com os elementos estudados, além de ambos se correlacionarem fortemente entre si.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA JA et al. 2009. Genesis of the sombric horizon in Ultisols (red argisols) in southern Santa Catarina, Brazil. Revista Brasileira de Ciência do Solo 33: 405-416.

ALMEIDA JA et al. 2003. Cor de solo, formas de fósforo e adsorção de fosfato em latossolos desenvolvidos de basalto do extremo-sul do Brasil. Revista Brasileira de Ciência do Solo 27: 985-1002.

APHA. 2012. Standard methods for the examination of water and waste, Washington, DC, New York: American Public Health Association.

ATSDR. 2012. Agency for Toxic Substances and Disease Registry. Toxicological profile for manganese. Atlanta, GA: U.S. Department of Health and Human Services, Public Health Service.

ATSDR. 2015. Agency for Toxic Substances and Disease Registry. The priority list of hazardous substances that will be the candidates for toxicological profiles. Atlanta, GA: U.S. Department of Health and Human Services, Public Health Service.

BARCELOUX DG. 1999. Cobalt. Journal of Toxicology. Clinical Toxicology. 37: 201-216.

BIONDI CM et al. 2011. Teores de Fe, Mn, Zn, Cu, Ni e Co em solos de referência de Pernambuco. Revista Brasileira de Ciência do Solo 35: 1057-1066.

BRINGHENTI I et al. 2012. Mineralogia e gênese de argissolos das Serras do Tabuleiro/Itajaí, Estado de Santa Catarina. Revista Brasileira de Ciência do Solo 36: 1057-1071.

CAIRES SM de. 2009. Determinação dos teores naturais de metais pesados em solos do estado de Minas Gerais como subsídio ao estabelecimento de valores de referência de qualidade. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas). Viçosa: UFV. 321p.

CONAMA. 2009. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Ministério do Meio Ambiente. Resolução 420, de 28 de dezembro de 2009.

CORRÊA J. 2003. Mineralogia e gênese das principais classes de solos de encostas basálticas do Estado de Santa Catarina. Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo). Lages: UDESC. 92p.

COSTA A da et al. 2013. Pedotransfer functions to estimate retention and availability of water in soils of the state of Santa Catarina, Brazil. Revista Brasileira de Ciência do Solo 37: 889-910.

COSTA WPLB da. 2013. Metais pesados em solos do Rio Grande do Norte: Valores de referência de qualidade e relações geopedológicas. Tese (Doutorado em Agronomia). Recife: UFRPE.123p.

ERNANI PR. 2008. Química do solo e disponibilidade de nutrientes. Lages: O autor. 230p.

FADIGAS FS et al. 2006. Proposição de valores de referência para a concentração natural de metais pesados em solos brasileiros. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental 10: 699-705.

FERREIRA ERNC. 2013. Química e mineralogia de solos desenvolvidos de rochas alcalinas e ultrabásicas do domo de Lages. Tese (Doutorado em Manejo do Solo). Lages: UDESC. 161p.

FORBES EA et al. 1976. The specific adsorption of divalent Cd, Co, Cu, Pb, and Zn on goethite. European Journal of Soil Science 27: 154-166.

HE ZL et al. 2005. Trace elements in agroecosystems and impacts on the environment. Journal of Trace Elements in Medicine and Biology 19: 125-140.

HOWE PD et al. 2004. Manganese and its compounds: environmental aspects. Geneva: World Health Organization. 63p.

HUGEN C. 2010. Valores de referência para teores de Cr, Cu, Ni, Pb e Zn em solos do estado de Santa Catarina. Dissertação (Mestrado em Manejo do Solo). Lages: UDESC. 70p.

HUGEN C et al. 2013. Teores de Cu e Zn em perfis de solos de diferentes litologias em Santa Catarina. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental 17: 622-628.

KABATA-PENDIAS A & MUKHERJEE AB. 2007. Trace Elements from Soil to Human. Berlin: Springer-Verlag. 550p.

LANGE B et al. 2014. Prediction of the edaphic factors influence upon the copper and cobalt accumulation in two metallophytes using copper and cobalt speciation in soils. Plant and Soil 379: 275-287.

LI Z et al. 2001. Cobalt and manganese relationships in New Zealand soils. New Zealand Journal of Agricultural Research 44: 191-200.

LISON D. 2007. Cobalt. In: NORDBERG GF et al. (Eds.). Handbook on the Toxicology of Metals. San Diego: Elsevier. p. 521-528.

LUNARDI NETO A & ALMEIDA JA 2013. Mineralogia das frações silte e argila em Argissolos com horizontes subsuperficiais escurecidos em Santa Catarina. Revista de Ciências Agroveterinárias 12: 282-293.

NORVELL WA. 1988. Inorganic Reactions of Manganese in Soils. In: GRAHAM RD et al. (Eds.). Manganese in Soils and Plants. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers. p. 37-58.

PAES SOBRINHO JB et al. 2009. Mineralogia, propriedades químicas e classificação de solos das Serras do Leste Catarinense. Revista de Ciências Agroveterinárias 8: 9-24.

PLUMLEE GS & ZIEGLER TL. 2003. The medical geochemistry of dusts, soils, and other earth materials. Treatise On Geochemistry 9: 263-310.

PRESTON W et al. 2014. Valores de referência de qualidade para metais pesados em solos do Rio Grande do Norte. Revista Brasileira de Ciência do Solo 38: 1028-1037.

R CORE TEAM. 2016. R: A Language and Environment for Statistical Computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria.

REIMANN C & CARITAT P. 1998. Chemical elements in the environment: fact sheets for the geochemist and environmental scientist. Berlin: Springer-Verlag. 398p.

SANTOS SN & ALLEONI LRF. 2013. Reference values for heavy metals in soils of the Brazilian agricultural frontier in Southwestern Amazônia. Environmental Monitoring and Assessment 185: 5737-5748.

SOUZA LC. 2015. Teores naturais de arsênio, bário, cádmio e níquel para solos do estado de Santa Catarina. Tese (Doutorado em Ciência do Solo). Lages: UDESC. 147p.

TESKE R et al. 2013. Caracterização química, física e morfológica de solos derivados de rochas efusivas no Planalto Sul de Santa Catarina, Brasil. Revista de Ciências Agroveterinárias 12: 175-186.

USEPA. 1996. “Method 3050B: Acid Digestion of Sediments, Sludges, and Soils,” Revision 2. Washington, DC. 12p.

XAVIER BT de L. 2013. Mineralogia e teores naturais de metais pesados em solos da bacia sedimentar amazônica. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas). Viçosa: UFV. 110p.

Downloads

Publicado

2018-11-14

Como Citar

SUPPI, Ilana Marin; CAMPOS, Mari Lucia; MIQUELLUTI, David José; BUENO, Dreyce Kisholli. Teores de cobalto e manganês em solos de Santa Catarina. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 17, n. 4, p. 579–588, 2018. DOI: 10.5965/223811711732018579. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/10770. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência do Solo e do Ambiente

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>