Carrego o que posso, faço quintal onde dá: pesquisa e invenção a partir das narrativas de mulheres migrantes silenciadas pela história oficial na construção da nova capital federal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2595034701312025140

Palavras-chave:

objetos, memória, mulheres, migração, Brasília

Resumo

Este estudo parte do processo de pesquisa e invenção do espetáculo “Carrego o que posso, faço quintal onde dá”, do Coletivo Entrevazios (DF), e está enraizada na escuta sensível de histórias de mulheres migrantes que vivem nas regiões mais antigas do Distrito Federal. Em contraponto à narrativa oficial sobre a construção da nova capital federal, esta investigação propõe uma política de memória que valoriza o cotidiano, a coragem e a resistência dessas mulheres, tendo a ação Barraca de Memórias como deflagradora dessas narrativas silenciadas.

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Biografia do Autor

Maysa Carvalho Gonçalves, Universidade de Brasília

Licenciada em Teatro pela UnB (2013), Mestra em Teatro pela UDESC (2018) e Doutoranda em Artes Cênicas pela UnB, atua desde 2009 na área do Teatro de Formas Animadas. Fundou, em 2020, o espaço online POÉTICA DA MATÉRIA, dedicado à formação e pesquisa em Teatro de Animação. Foi professora substituta na UnB (2019–2020) e no IFSC (2018–2019), atuando nas áreas de Teatro de Animação e Pedagogia do Teatro. É membro-fundadora do Coletivo ENTREVAZIOS, com foco em cenografia, performance e a relação entre corpo e cidade. Criou o premiado espetáculo infantil "TOCO" (2016) com o grupo Pirilampo. Em 2011, participou de curso internacional de teatro de bonecos na escola TOPIC, na Espanha, com bolsa da UNIMA. Defende a valorização da cultura e da educação pública no Brasil.

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Publicado

11-06-2025

Como Citar

GONÇALVES, Maysa Carvalho. Carrego o que posso, faço quintal onde dá: pesquisa e invenção a partir das narrativas de mulheres migrantes silenciadas pela história oficial na construção da nova capital federal. Móin-Móin - Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas, Florianópolis, v. 1, n. 31, p. 140–158, 2025. DOI: 10.5965/2595034701312025140. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/moin/article/view/27269. Acesso em: 22 jun. 2025.