Projeto Terra Doce – o saber vicejante e o fruto encantado
Palabras clave:
Arte, Natureza, Ciência Popular, Trocas Interculturais, Espaços Comunitários,Resumen
O artigo apresenta perspectivas da arte pública relacional em obra constituída de experiências compartilhadas entre artistas pesquisadores e moradores da comunidade Mangueira, Rio de Janeiro, em torno de um trabalho comum, o projeto Terra Doce. Reflete-se sobre seus aspectos estéticos e éticos no enfrentamento da condição macropolítica da cidade, metrópole subjugada pela violência e mantida sob o signo da espetacularização exótica. O processo em pesquisa-ação se consolidou na produção do espaço de lazer Jardim da Tia Neuma, nascido no esforço de limpeza de um depósito de lixo, quando escadarias da Rua Icaraí e seus canteiros serviram para uma “ocupação” de artistas e educadores. A presença de sujeitos de dentro e fora da comunidade, em troca ativa, desdobrou-se em delicadas partilhas. Destaca-se a mostra Acervo, constituída a partir de objetos que, recolhidos no capinar e arar a terra, revelaram memórias perdidas. A partir das formas e materialidades encontradas, desenvolve-se um arquivo das memórias e narrativas correlatas, como as que explicam o furto de plantas como forma de vivência encantada. Conclui-se ao pensar a arte em sua forma instável, ressignificada pelo distanciamento da fixidez crítica e formal, disposta na produção vívida e reverberante da esfera pública.
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