Um convite para atravessar pontes:
narrativas autobiográficas de professores inclusivos em formação
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431782112025e0074%20%20Palavras-chave:
TEA, formação de professores, Formação Docente – Prática Pedagógica - Saberes Docentes – Educação Básica - PIBIDResumo
A formação de licenciandos durante a graduação pode expandir conceitos e conhecimentos sobre a atuação docente, sobretudo de maneira prática no dia a dia. Na sua atuação profissional, muitos docentes mencionam que não foram devidamente preparados, durante sua graduação, para atuar de forma inclusiva com seus estudantes público-alvo da educação especial (PAEE). O presente trabalho pretende expor a experiência de dois graduandos no contexto de um programa de Formação Inicial de Professores, que estão em contato, principalmente, com o universo do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em um colégio de aplicação. Propõe-se evidenciar, através de narrativas autobiográficas, a investigação da reflexão de uma formação inicial na perspectiva da Educação Inclusiva como aspecto expressivo no contexto de formação e cotidiano da escola, considerando um panorama de aumento de diagnósticos e matrículas de estudantes PAEE, em classes comuns da educação básica. Nesta investigação, destacamos (i) a presença de não saberes e não fazeres na atuação e na formação de professores; (ii) a necessidade de disposição de todos os atores do processo para construir e cruzar pontes entre expectativas e realidades; (iii) a necessidade de acolher professores em formação e iniciação docente, estabelecendo um início seguro e supervisionado.
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