Virtualidades atemporais entre Goya e Ai Weiwei: heterocronismo em diálogos sobre arte e política

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/198431782112025e0072

Palavras-chave:

Francisco de Goya, Ai Weiwei, arte política

Resumo

A invenção de pôr em dialogo Francisco de Goya e Ai Weiwei, dois artistas e suas obras absolutamente distintos e distantes na História, é brincar com a virtualidade temporal que rege forças atuantes e remanescentes mesmo após a morte, em ‘eterno retorno’. Desse modo, esse texto é aqui proposto como uma construção narrativa que pretende burlar a contiguidade histórica na intenção de reabrir problemas, que sempre poder ser percebidos sob novos olhares e perspectivas, afim de encontrar facetas ainda inexploradas da linguagem artística. Arte e política instauram suas produções que negociam, administram e potencializam as forças que operam nos corpos em fluxos diversos de deformação, mutação e rearranjos na confluência de tempos heterogêneos. 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Paula Sabiá, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutora em Artes Visuais, linha processos artisticos contemporâneos.

Referências

AGAMBEM, Giorgio. La potenza del pensiero: Saggi e conferenze. Vicenza, Neri Pozza, 2005.

________________. O que é o contemporâneo. Trad. Vinícius Honesko. Chapecó, Argos, 2009.

________________. O fogo e o relato. Ensaios sobre criação, escrita, arte e livros. Trad. A. Santurbano e P. Peterle. São Paulo, Boitempo, 2018.

BATAILLE, Georges. El erotismo. Buenos Aires: Sur, 1964.

BENJAMIM, Walter. Magia e técnica, arte e política (Obras escolhidas, Vol. I). Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo, Brasiliense, 1985.

DELEUZE, Gilles e Guatarri, Felix. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia, Vol. 3, Tradução Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia Cláudia Leão e Suely Rolnik, coleção TRANS, São Paulo: Editora 34, 1996.

DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente. História da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro, Contraponto, 2013.

______________________. Semelhança informe: ou o gaio saber visual segundo Georges Bataille. Trad. Caio Meira, Fernando Scheibe e Marcelo Jacques de Moraes. Rio de Janeiro, Contraponto, 2015.

______________________. O que vemos, O que nos olha, São Paulo, Editora 34, 1998.

______________________. Sobrevivência dos vaga-lumes. Trad. Vera C. Nova e M. Arbex. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2011.

______________________. ”Pensamento por imagem, pensamento dialético, pensamento alterante : a infância da arte segundo Georges Bataille". Trad. M. Amazonas e Annateresa Fabris. In FABRIS, A. e Maria Lúcia Bastos Kern - Imagens e conhecimento. São Paulo, Edusp, 2006, p. 75-112.

______________________. ”Coisa pública, coisa dos povos, coisa plural". Trad. João Pedro Cachopo. A República por Vir. Arte, Política e Pensamento para o Século XXI. Lisboa, Fundaçâo Calouste Gulbenkian, 2011, p. 39-70.

FREUD, Sigmund. O inquietante (1919). In: Obras completas volume 14: História de uma neurose infantil (“O homem dos lobos”), Além do princípio do prazer e outros textos (1917-1920). São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 329-376.

GOYA, Francisco. Figura 02. Fonte: <https://www.museodelprado.es/en/the-collection/art-work/saturn/18110a75-b0e7-430c-bc73-2a4d55893bd6 > acesso em janeiro de 2019.

_______________. Figuras 04.Fonte: <https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/el-3-de-mayo-en-madrid-o-los-fusilamientos/5e177409-2993-4240-97fb-847a02c6496c?searchid=73af6940-0c43-3b9b-5439-d5c6a406301d>. Acesso em janeiro 2019

(CONJUNTO). Gravuras da série “Os desastres da guerra” (1810 e 1815).

Fonte: < https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/murio-la-verdad-desastres-de-la-guerra-79/8c3b0257-606f-4d0b-af9e-73f05de59697?searchid=5d5d1717-814e-6239-a368-ba79577ca2c9 > Acesso em janeiro 2019. 2 Fonte: < https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/tampoco/ea76b5ed-b37d-4acc-ac95-e077d92e70bd?searchid=46a420f3-da97-2a8c-19d5-7bfa9e1df9e6 ­­­­­­

_________________.Figuras 06. (CONJUNTO). Fonte: <https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/no-hay-quien-nos-desate-capricho-75/a5db03be-5ede-4ced-b011-1378713d07a7?searchid=aede5544-7a8b-f7ee-43b3-da2d613f2ee6> Acesso em janeiro 2019

Fonte: <https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/que-biene-el-coco-capricho-3/b405fe71-0a95-401d-8e01-530a9fef7285?searchid=c06d9935-4dfc-686d-c568-f3bb04d576b2 > Acesso em janeiro de 2019

Fonte: < https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/si-sabra-mas-el-discipulo/2652e5e9-1e17-4df4-ae8f-8f294a39bd83?searchid=5e23fa76-00c5-8784-149b-b99827c14f72 > Acesso em janeiro 2019

Fonte: < https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/mucho-hay-que-chupar/67b6ca83-4bad-4375-b47e-92766adde7ae?searchid=056a7854-a99f-0a02-d375-155291823f0b > Acessado em janeiro de 2019

Fonte: < https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/brabisimo/5c350fc3-9f78-4a4e-b6c3-a8d903d41232?searchid=862d5541-0c51-b548-e2f0-ed23bebf5f34 > Acesso em janeiro de 2019

Fonte: <https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/de-que-mal-morira/884d3156-08c2-42a7-aee3-caae7d7ca106?searchid=53a71643-f054-39ff-2099-2fa76aa62e50> acesso em janeiro 2019.

___________________. Figura 08. (CONJUNTO)

Fonte: < https://art-y-cultura.blogspot.com/2015/10/goya-toda-una-vida-en-autorretratos.html > Acesso em janeiro

de 2019 2.1795-97, Fonte: <https://art-y-cultura.blogspot.com/2015/10/goya-toda-una-vida-en-autorretratos.html> Acesso em janeiro

de 2019. 3.1790, 1793 -1795. Fonte: <https://www.slobidka.com/goya/263-francisco-de-goya-autorretrato-en-el-taller.html> Acesso janeiro de

4. Fonte: <https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/autorretrato/a3bf3226-62ba-44f2-9b94-

aa7155c3c488?searchid=220ddea5-f497-0a7e-6e01-113fc71c07bc > 5. Autorretrato, https://www.pinterest.com.au/pin/470626229793062753/

GURGEL, Thais. Mel e abelha na boca Ai Weiwei no Brasil. Dantas Marcello (Org.), in “Raiz: Ai Weiwei”, São Paulo: UBU, 2018

NIETZSCHE, Friedrich. A gaia ciência. São Paulo: Companhia das letras, 2001

WEIWEI, Ai. Figura 01. Fonte:<http://www.infoartsp.com.br/noticias/exposicao-ai-weiwei-raiz-ja-levou-70-mil-visitantes-a-oca-ibirapuera/> acesso em fevereiro de 2019.

_____________, Figura 3. Fonte: < https://www.lissongallery.com/artists/ai-weiwei/gallery/11434 > Acesso em janeiro de 2019.

_____________. Figuras 07 (CONJUNTO).

Fonte: < https://publicdelivery.org/ai-weiwei-study-of-perspective/ > Acesso em janeiro de 2019

__________________. Figura 09. (CONJUNTO)

Fonte: <https://publicdelivery.org/ai-weiwei-dropping-a-han-dynasty-urn/> acesso em janeiro 2019

Fonte: <https://www.artbasel.com/catalog/artwork/22071/Ai-Weiwei-Illumination> acesso em janeiro de 2019

“Portrait, 2015”; “S.A.C.R.E.D.”, 2011-2013

<https://www.publico.pt/2016/02/01/culturaipsilon/noticia/ai-weiwei-recria-imagem-de-menino-sirio-comoalerta-para-a-crise-dos-refugiados-1722000> Acesso em janeiro de 2019

Fonte: <https://www.ngv.vic.gov.au/exhibition/andy-warhol-ai-wei-wei/> acesso em janeiro de 2019

<https://www.hypeness.com.br/2018/11/arte-e-ativismo-do-chines-ai-weiwei-ocupam-oca-do-ibirapuera/> Acesso em janeiro 2019

Fonte:<https://www.sescsp.org.br/online/artigo/6861_A+ARTE+DA+GUERRA+DE+AI+WEIWEI

Downloads

Publicado

19-05-2025

Como Citar

SABIÁ, Ana Paula. Virtualidades atemporais entre Goya e Ai Weiwei: heterocronismo em diálogos sobre arte e política. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 21, n. 1, p. e0072, 2025. DOI: 10.5965/198431782112025e0072. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/16196. Acesso em: 21 jun. 2025.