A inclusão de artistas mulheres no ensino de arte surrealista
Palavras-chave:
Androcentrismo, Ensino de arte, Gênero,Resumo
Após uma análise comparativa de dois dos livros de arte do Programa Nacional do Livro Didático 2015 (PNLD), constatamos que os conteúdos de ambos refletem o androcentrismo. Trata-se de Arte em Interação (BOZANO, FRENDA, GUSMÃO, 2013) e Por toda Parte (FERRARI, LIBÂNEO, JARDO & FERRARI, 2013). Com o aporte crítico de Michael Archer (2012) e Michelle Perrot (2007), este artigo apresenta uma prática pedagógica para a disciplina de arte no ensino médio, de modo a evitar o problema da invisibilidade de artistas mulheres, que é uma consequência do androcentrismo na história da arte e em livros de arte. Optamos por delimitar a proposta por meio da temática do surrealismo, cujos conteúdos, nesses livros, se restringem à arte produzida por homens, embora pelo menos doze mulheres tenham produzido obras surrealistas relevantes no século XX. A prática enfatiza a apropriação como um procedimento de composição e ressignificação, vindo ao encontro da proposta triangular (BARBOSA, CUNHA, 2010) que segue embasando as diretrizes curriculares de arte no estado do Paraná. Para além do recorte surrealista, professores(as) de arte insatisfeitos com o androcentrismo nos livros didáticos poderão adaptar o nosso modelo para promover a intervenção pertinente a outros aspectos do currículo de arte.
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