Influência de diferentes intervalos de processamento de milho doce sobre características quantitativas e qualitativas
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712012021060Palavras-chave:
Zea mays, rendimento industrial, pós-colheita., var. saccharataResumo
O milho doce se diferencia do milho comum devido a menores concentrações de amido em relação à sacarose em seu endosperma, característica essa que confere a cultivares deste segmento um sabor adocicado único para essa espécie vegetal. Devido à alta perecibilidade deste produto, recomenda-se que o intervalo entre a colheita e seu processamento seja o menor possível, a fim de preservar tanto características quantitativas como as de ordem qualitativa. Portanto, objetivou-se com esse trabalho estudar os efeitos ocorridos em ordem quantitativa e qualitativa em milho doce quando este é colhido e submetido ao processamento tardio, ou seja, em períodos não recomendados. O experimento foi conduzido em delineamento experimental de blocos ao acaso, com cinco repetições. Adotou-se como períodos de processamento das espigas 0, 4, 8, 12, 16, 20 e 24 horas após a colheita. Características como peso fresco da espiga com palha, sem palha, somente do sabugo e somente dos grãos oriundos do processamento foram anotados bem como seu rendimento industrial. Também foram avaliados a umidade da amostra, teor de sólidos solúveis, acidez titulável, teor de sacarose e de açúcares redutores. Durante os períodos de armazenamento pós-colheita e pré-processamento das espigas de milho doce não foi verificado ganhos ou perdas em caráter quantitativo. Verificou-se uma redução de 15,6% na concentração de sólidos solúveis, em função do período de processamento.
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