O tamanho de sementes de feijão afeta a utilização das reservas armazenadas durante a germinação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811712232023529

Palavras-chave:

Phaseolus vulgaris L., qualidade fisiológica, mobilização de reservas

Resumo

O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade fisiológica de sementes de feijão com diferentes tamanhos, identificando a relação do tamanho da semente com a mobilização e utilização de reservas. Foram utilizadas sementes da cultivar comercial IPR-88 Uirapuru e Iapar 81 padronizadas e posteriormente, determinadas três frações a partir de pesagem individual, sendo: sementes pequenas, médias e grandes. A qualidade fisiológica das três frações foi determinada pelo teste de germinação e pelos testes de vigor: envelhecimento acelerado e teste de desempenho de plântulas (comprimento). A mobilização e utilização de reservas foi mensurada aos cinco dias de hidratação das sementes, onde foram avaliadas massa seca, taxa de mobilização de reservas, taxa de redução de reservas e eficiência de uso das reservas. Os resultados demonstraram que não houve diferença entre as frações na porcentagem de germinação e envelhecimento acelerado. Considerando os parâmetros que avaliaram a mobilização e utilização de reservas, verificou-se que sementes de maior tamanho formam plântulas de maior massa seca, no entanto, tem menor taxa de mobilização de reservas e menor eficiência de uso de suas reservas. Desta forma, evidencia-se que o tamanho da semente influencia a mobilização e utilização de reservas, de maneira que sementes da fração média e pequena apresentam maior eficiência de uso de reservas até os cinco dias de germinação.

Downloads

  • Captures
  • Mendeley - Readers: 1
  • Mendeley - Readers: 1

Referências

ANDRADE GCD et al. 2019. Seed reserves reduction rate and reserves mobilization to the seedling explain the vigour of maize seeds. Journal of Seed Science 41: 488-497.

BEWLEY JD et al. 2013. Seeds: Physiology of development, germination and dormancy. 3.ed. New York: Springer. 392 p.

BRASIL. 2009. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes (RAS). Brasília: MAPA/ACS. 395p.

CANGUSSÚ LVS et al. 2013. Efeito do tamanho de sementes no desempenho fisiológico de feijoeiro. Pesquisa Agropecuária Gaúcha 19: 73-81.

CHENG X et al. 2013. Dynamic quantitative trait loci analysis of seed reserve utilization during three germination stages in rice. PLoS On 8: 1-11.

CHENG X et al. 2018. Seed reserve utilization and hydrolytic enzyme activities in germinating seeds of sweet corn. Pakistan Journal of Botany 50: 111-116.

COELHO CMM et al. 2007. Diversidade genética em acessos de feijão (Phaseolus vulgaris L.). Ciência Rural 37: 1241-1247.

DERETTI AFH et al. 2022. Resposta de cultivares de soja à redução na densidade de plantas no planalto norte catarinense. Revista de Ciências Agroveterinárias 21: 123-136.

DERRE LO et al. 2017. Influência do tamanho de sementes na germinação e vigor inicial da soja (Glycine max). Colloquium Agrariae 13: 100-107.

KUMAR R et al. 2016. Influence of Growing Medium and Seed Size on Germination and Seedling Growth of Pinus gerardiana Wall. Compost Science & Utilization 24: 98-104.

MA W et al. 2019. Mitochondrial small heat shock protein mediates seed germination via thermal sensing. Proceedings of the National Academy of Sciences 116: 4716-4721

MARCOS FILHO J. 2015. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Londrina: ABRATES. 660p.

MICHELS AF et al. 2014. Qualidade fisiológica de sementes de feijão crioulo produzidas no oeste e planalto catarinense. Revista Ciência Agronômica 45: 620-632.

MUT Z & AKAY H. 2010. Effect of seed size and drought stress on germination and seedling growth of naked oat (Avena sativa L.). Bulgarian Journal of Agricultural Science 16: 459-467.

NAKAGAWA J. et al. 1999. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: KRZYZANOWSKI FC et al. (Eds.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES. cap. 2. p.1-24.

PADILHA MS et al. 2021. Qualidade fisiológica de sementes de Peltophorum dubium (Sprengel.) Taubert classificadas pelo tamanho. Biofix Scientific Journal 6: 20-27.

PADILHA MS et al. 2020. Seed reserve mobilization evaluation for selection of high-vigor common bean cultivars. Revista Caatinga 33: 927-935.

PEREIRA WA et al. 2015. Dynamics of reserves of soybean seeds during the development of seedlings of different commercial cultivars. Journal of Seed Science 37: 63-69.

PESKE ST et al. 2019. Sementes: fundamentos científicos e tecnológicos. Pelotas: Ed. Becker e Peske, 579p.

R CORE TEAM. 2021. R: a language and environment for statistical computing. Vienna: R Foundation for Statistical Computing. Disponível em: https://www.r-project.org/. Acesso em: 01 ago. 2021.

SCAPPA-NETO A et al. 2001. Efeito do teor inicial de água de sementes de feijão e da câmara no teste de envelhecimento acelerado. Scientia Agricola 58: 747-751.

SOLTANI A et al. 2006. Seed reserve utilization and seedling growth of wheat as affected by drought and salinity. Environmental and Experimental Botany 55: 195-200.

STEINER F et al. 2019. Does seed size affect the germination rate and seedling growth of peanut under salinity and water stress? Pesquisa Agropecuária Tropical 49: 1-9.

WANG W et al. 2016. Pre-sowing seed treatments in direct-seeded early rice: consequences for emergence, seedling growth and associated metabolic events under chilling stress. Scientific reports 6: 1-10.

Downloads

Publicado

2023-08-04

Como Citar

SIEGA, Yasmin Pincegher; PADILHA, Matheus Santin; COELHO, Cileide Maria Medeiros; EHRHARDT-BROCARDO, Natalia Carolina Moraes. O tamanho de sementes de feijão afeta a utilização das reservas armazenadas durante a germinação. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 22, n. 3, p. 529–537, 2023. DOI: 10.5965/223811712232023529. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/23362. Acesso em: 18 ago. 2025.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>