Vegetar o pensamento e a sensibilidade por plantropocenos possíveis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573103562025e0301

Palavras-chave:

vegetar, pensamento, sensibilidade, plantropoceno

Resumo

Este artigo partiu das experiências sensíveis e dos conceitos corporificados na disciplina Ecologias da atenção: derivas entre costura e cultivo, ministrada pelas professoras Virgínia Kastrup (UFRJ) e Mariana Guimarães (CAp-UFRJ) no Instituto de Psicologia da UFRJ, durante o primeiro semestre de 2025. Instigada pelo trabalho de Evando Nascimento, O pensamento vegetal (2021), mais especificamente pela semântica do verbo “vegetar”, propôs-se uma reabilitação positiva do termo, de modo a contrariar seu sentido colonial, como nos inspira Antônio Bispo dos Santos (2023). Investigou-se como podemos aprender e conspirar com as plantas em busca de plantropocenos (Myers, 2021) possíveis.

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Biografia do Autor

Daniela Cassinelli, Universidade Federal Fluminense

Mestranda em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Graduação em Artes Visuais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Graduação em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). 

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Publicado

18-12-2025

Como Citar

CASSINELLI, Daniela. Vegetar o pensamento e a sensibilidade por plantropocenos possíveis. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 3, n. 56, p. 1–13, 2025. DOI: 10.5965/1414573103562025e0301. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/27914. Acesso em: 19 dez. 2025.