O realismo sedutor como metáfora para uma re-educação do corpo-arte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573103452022e0801

Palavras-chave:

Corpo-teatro, Antropofagia, Biopolítica, Educação do corpo

Resumo

Trata-se da resenha de uma obra intensa e complexa, no qual a autora cria o conceito metáfora realismo sedutor, com o objetivo de revisitar a apropriação do vocábulo teatro que ramifica para o binarismo real-ficção vindo associado à tradição aristotélica. A proposta nos faz pensar a educação do corpo na e para a arte, Ribeiro instiga a pensar que atuar não é interpretar o real, mas experimentá-lo através de um corpo intuitivo, que interfere e é interferido pelo meio social, político, econômico e cultural, de modo afetivo, por isso sedutor, revolucionário, transgressor. Nisso desafia o que se entende e o que se ensina a respeito da arte teatral, quando propõe rupturar com as telas do real e da representação que nos condicionam. investe em um corpo múltiplo, intempestivo artaudiano, que se desdobra ao longo do texto em outros conceitos corpos, maquinímicos, biopolíticos, antropofágicos, esteticamente emancipados.

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Biografia do Autor

Claudia Madruga Cunha, Federal University of Paraná

Pós-Doutora em Educação pela Universidade do Porto (UP), Doutora em Educação (UFRGS), Mestra em Filosofia (PUCRS), Licenciada em Filosofia (UFPEL). Docente no Departamento de Artes (UFPR) e docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Educação (UFPR) na Linha Linguagem, Corpo e Estética na Educação.

Thais Adriane Vieira de Matos, Federal University of Paraná

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na Linha: Linguagem, Corpo e Estética na Educação, Mestra em Educação (UFPR) e Licenciada em Educação Física (UFPR), docente na Educação Básica da rede pública.

Referências

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Publicado

2022-12-12

Como Citar

CUNHA, Claudia Madruga; MATOS, Thais Adriane Vieira de. O realismo sedutor como metáfora para uma re-educação do corpo-arte. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 3, n. 45, p. 1–15, 2022. DOI: 10.5965/1414573103452022e0801. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/23006. Acesso em: 18 abr. 2024.