Corpo incomum e (des)educação – criações e escritas de si com a dança autoral
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573104532024e116Palavras-chave:
corpo sem órgão, dança autoral, (des)educação, corpo incomumResumo
A cultura ocidental desfigurou o corpo da vontade e impôs ao corpo órgãos e uma vida alienada e fascista, expõem Artaud (1999) e Deleuze e Guattari (1997). Tais noções do corpo estão aproximadas da dança autoral. Setenta (2008), Rocha (2016) e Lepecki (2017) problematizam uma prática para um corpo Incomum. Estes referentes orientam um olhar para a dança experimentada pelo grupo Guido Viaro, no objetivo de encontrar pistas para uma clínica e crítica, onde a dança é pensar-se, escrever-se, movimentar-se. Acompanhado por três linhas de uma cartografia, o processo da pesquisa trata: i) de um Corpo sem Órgãos ampliado?; ii) das práticas de dança para corpos Incomuns; e iii) de cinco verbos para uma observação afetiva e reflexiva com a dança.
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