A iluminação cênica como dispositivo da experiência cinestésica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573101372020182

Palavras-chave:

Luz, cinestesia, dispositivo, percepção

Resumo

Este artigo pretende evidenciar a luz e as tecnologias de iluminação cênica como um dispositivo capaz de modificar e contribuir para a experiência cinestésica nas artes da cena, aqui entendida como percepção do movimento. A partir de uma cartografia pelo tema nas artes, especificamente na dança e no circo e do avanço das tecnologia de iluminação, desde o final do século XIX até os dias de hoje, pretende-se estabelecer uma relação com o ato-perceptivo proposto por Gilles Deleuze e Félix Guattari e o aparato tecnológico da cena, evidenciando os mecanismos de iluminação como parte central para a experiência cinestésica dos artistas e do público.


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Biografia do Autor

Marina Souza Lobo Guzzo, Universidade Federal de São Paulo (USP)

 Pós-doutorado pelo Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP e Mestrado e Doutorado em Psicologia Social pela PUC-SP. Professora Adjunta da Unifesp no Campus Baixada Santista, pesquisadora do Laboratório Corpo e Arte e coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Dança – N(i)D. 

Dolores Galindo, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Pós-Doutorado (2015-2016), Doutorado (2006) e mestrado (2002) em Psicologia Social pela Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), com Doutorado Sanduíche na Universidade Autônoma de Barcelona (2004). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1999. Atua como Professora Permanente dos Programas de Pós-Graduação em Psicologia e Cultura Contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso. Foi vice-coordenadora e posteriormente Coordenadora do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Estudos de Cultura Contemporânea. Na graduação, atua como Docente do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (2013-2014). Lidera o Grupo de Pesquisa Ciências, Tecnologias e Criação (LABTECC). 

Daniele Milioli, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Doutorado em Psicologia e Sociedade pela Universidade Estadual Paulista- UNESP (2013-2017). Mestra em Estudos de Cultura Contemporânea (linha Poéticas Contemporâneas) pela Universidade Federal de Mato Grosso- UFMT (2012). Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC (2006). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC (2002). 

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Publicado

2020-04-17

Como Citar

GUZZO, Marina Souza Lobo; GALINDO, Dolores; MILIOLI, Daniele. A iluminação cênica como dispositivo da experiência cinestésica. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 1, n. 37, p. 182–195, 2020. DOI: 10.5965/1414573101372020182. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573101372020182. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático - A LUZ EM CENA: Interfaces e aprendizados