Alguns apontamentos político-ideológicos sobre o Teatro Oficina e sua estética teatral

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DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573102552025e0201

Palavras-chave:

Teatro Oficina, José Celso Martinez Corrˆêa, Crítica ideológica, história do teatro brasileiro , historia do teatro paulista

Resumo

Este artigo pretende oferecer um inventário político-ideológico acerca das práticas cênicas incorporadas pelo Teatro Oficina (SP) e seu principal animador, José Celso Martinez Corrêa, desde 1968 até meados dos anos 2000. Na primeira parte, empreendeu-se a um levantamento das principais análises e críticas dirigidas ao grupo paulistano, em termos ideológicos, no decorrer de sua trajetória. Na segunda, a partir de uma problematização do uso da nudez nos espetáculos do grupo, discorreu-se sobre as influências que explicariam tal opção e suas respectivas repercussões ideológicas. Na parte final, à guisa de conclusão, procurou-se arrematar o debate, com vistas a estabelecer uma síntese agregadora das visões anteriormente expostas.

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Biografia do Autor

Rodrigo Morais Leite, Universidade Federal da Bahia

Pós-doutorado, doutorado e mestrado pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita (UNESP). Especialização em Literatura e Crítica Literária pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor da Escola de Teatro na Universidade Federal da Bahia (ETUFBA) e no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC) da UFBA.

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Publicado

31-08-2025

Como Citar

LEITE, Rodrigo Morais. Alguns apontamentos político-ideológicos sobre o Teatro Oficina e sua estética teatral. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 55, p. 1–25, 2025. DOI: 10.5965/1414573102552025e0201. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/27376. Acesso em: 1 set. 2025.