Desconstruindo armários discursivos: críticas e visibilidade lésbica em As Moças, de Isabel Câmara
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573101502024e0103Palavras-chave:
teatro lésbico, critica teatral, revisão crítica, apagamento históricoResumo
Este artigo examina críticas teatrais de Yan Michalski (Jornal do Brasil, RJ/1969 e 1970) e de Sábato Magaldi (O Estado de São Paulo, SP/1969) sobre a peça As Moças, de Isabel Câmara (1967). Analisamos como tais discursos contribuíram para a invisibilidade da questão lésbica na obra, destacando a importância de revisões críticas para incluir saberes diversos. Embasando-nos nos estudos de teatro feminista e de feminismo decolonial, enfatizamos a relevância da fortuna crítica para a construção da história teatral brasileira e a necessidade de uma abordagem descentralizada para uma compreensão autêntica e inclusiva do teatro, reconhecendo vozes historicamente marginalizadas.
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