Um teatro feito da matéria dos sonhos: Os gigantes da montanha e o Grupo Galpão
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573101242015186Resumo
A questão que acompanhou Piran- dello em suas reflexões sobre o teatro, re- fletida em sua composição dramatúrgica, foi a dolorosa certeza da impossibilidade da representação cênica. No caso do autor italiano, o irrepresentável encontra-se na impossibilidade do ator em representar um outro ser. Estamos diante de um modo de pensar o teatro que revoga a representação de dentro, apontando como impossível o ato de representar um papel; seu projeto maior foi nos fazer ver o impensável, en- gendrando em sua dramaturgia persona- gens que se auto-representam. Tal pensa- mento se materializa de forma indiscutível em “Os Gigantes da Montanha” (1936), que na montagem do Grupo Galpão encontra os meios ideais para a composição dos so- nhos.
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