Moda, modos e liderança de gosto no cinema brasileiro

Autores

  • Luciana Dulci Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC

DOI:

https://doi.org/10.5965/1982615x05102012127

Palavras-chave:

representação de gênero, moda, tipificação no cinema brasileiro

Resumo

O estudo aqui apresentado aborda uma reflexão acerca do papel de liderança na formação de gosto e estilo em relação à moda e comportamento, tendo como agente comunicador a figura pública de uma atriz do cinema brasileiro. Esta atriz é Eliana Macedo, estrela produzida pelas chanchadas cariocas, em um contexto que tinha o cinema como principal veículo imagético difusor da cultura de massa no Brasil. Eliana representava, por meio de suas personagens, o arquétipo da “boa moça” e, a superposição entre o tipo veiculado por ela nos filmes e muito de sua orientação de estilo, moda e comportamento fora das telas, vinculava uma imagem de referência para o público feminino, sobretudo as mulheres brasileiras pertencentes às camadas médias e populares urbanas. Tendo por base essas questões é possível pensar que o poder de moldar gostos e suscitar a imitação acontece em um processo onde a figura ambígua da personagem/atriz revela publicamente práticas e propriedades já existentes no seu grupo de referência – em estado latente ou aparente – pela capacidade de refleti-las e expressá- las, consagrando socialmente práticas e propriedades que correspondiam ao tipo feminino idealizado para as boas moças da sociedade brasileira dos anos 1950.

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Publicado

2012-07-01

Como Citar

DULCI, Luciana. Moda, modos e liderança de gosto no cinema brasileiro. Modapalavra e-periódico, Florianópolis, v. 5, n. 10, p. 127–152, 2012. DOI: 10.5965/1982615x05102012127. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/7770. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

Seção

Ensaios