Os herdeiros: uma das principais “teses” da sociologia francesa da educação
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984723815292014232Resumen
Os herdeiros (1964) figura, passados mais de 50 anos, como essencial à consolidação dos estudos sociológicos da educação. Explicitar algumas das razões para retomar esta obra num outro momento histórico, num outro espaço geográfico, num outro contexto cultural é o objetivo deste artigo. Nossa inspiração vem do fato de se tratar de uma obra que permanece contemporânea graças às questões que discute e que, no caso brasileiro, pode contribuir para a reflexão crítica das políticas educacionais mais recentes. Ao pôr em xeque a retórica da democratização da educação, ao vincular educação e cultura, desigualdades sociais e desigualdades escolares por meio de algumas teses, Os herdeiros apresenta uma força crítica incontornável à compreensão das instituições de ensino, podendo ser lida como um apelo ao engajamento dos intelectuais nas grandes causas sociais e educacionais, além de se constituir uma contribuição importante para os definidores das políticas para a educação nacional.
Palavras-chaves: Democratização da educação; Educação e cultura; Desigualdades sociais; Desigualdades escolares; Políticas educacionais.
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