O reconhecimento oficial de artistas mulheres no campo artístico em Curitiba/PR (2000-2011)

Autores

  • Adriana Vaz Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984723822492021344

Resumo

Este artigo apresenta as mulheres que conquistaram o mercado oficial da arte em Curitiba/PR. A partir do conceito de trajetória de Pierre Bourdieu, delinearam-se os valores comercial, simbólico e oficial, considerando o percurso das artistas locais no período entre 2000 e 2011. A finalidade deste artigo é compreender qual foi a representatividade delas em comparação à produção de artistas homens, apresentando pontos das trajetórias que as conduziram ou não ao reconhecimento oficial. Na instância simbólica, o número de artistas homens é superior ao de artistas mulheres, apenas 11 delas têm suas obras pertencentes ao acervo do Museu Oscar Niemeyer (MON), com produção que atende ao perfil apresentado por Luciana Loponte, mostrando que o campo artístico ainda é hierarquizado e sexista nos termos de Rui Fonseca. Consequentemente, uma parcela das obras analisadas não simboliza uma pauta feminista, já que os temas, as formas e as cores comunicam uma docilidade. Tem-se a imagem de uma arte dócil, nas entrelinhas, e em sua dubiedade como mulheres artistas, o repertório imagético preserva o estereótipo de que o conhecimento da arte para as mulheres é um deleite e não uma profissão; embora as mulheres que conquistaram o mercado oficial compreenderam as regras do campo da arte ao transitarem em diferentes espaços sociais, ocupando várias posições no campo artístico, educacional e cultural.

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Biografia do Autor

Adriana Vaz, Universidade Federal do Paraná

Leciono no Departamento de Expressão Gráfica.

Realizei mestrado e doutorado em Sociologia, na UFPR.

Sou docente dos programas de pós-graduação em Educação, na UFPR.

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Publicado

2021-07-21

Como Citar

VAZ, Adriana. O reconhecimento oficial de artistas mulheres no campo artístico em Curitiba/PR (2000-2011). Revista Linhas, Florianópolis, v. 22, n. 49, p. 344–372, 2021. DOI: 10.5965/1984723822492021344. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/view/16023. Acesso em: 29 mar. 2024.