Discursividades sobre moda agênero em Vogue Brasil no ano de 2020
DOI :
https://doi.org/10.5965/25944630612022e0144Mots-clés :
Análise de discurso, Vogue Brasil, Moda AgêneroRésumé
O artigo busca investigar, por meio do método da análise de discurso de linha francesa, o modo como é feita a abordagem discursiva sobre moda agênero na revista Vogue Brasil, considerando-se, para isso, as edições veiculadas no período de janeiro a junho de 2020, nas quais se encontram cinco abordagens sobre o tema, distribuídas em três matérias e dois editoriais. Vale destacar que Vogue Brasil é hoje o único título impresso especializado em moda no Brasil a circular mensalmente. Destaca-se na produção de matérias, colunas e editoriais sobre o cenário da moda nacional e internacional e se associa a estruturas discursivas hegemônicas e dominantes de moda, acompanhando os discursos encabeçados por grandes marcas, entre eles, o da moda agênero, que vem despertando a atenção de criadores desde 2015. A despeito de a cobertura sobre agênero se mostrar presente nas páginas de Vogue Brasil pode-se observar, entretanto, que a publicação não se descola de um padrão de cobertura de moda que a acompanha desde sua origem no Brasil e que pode estar relacionado à manutenção de um status quo que legitima relações de poder ainda dominantes na relação entre gênero e vestimenta no cenário da moda nacional.
Téléchargements
Références
BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à análise do discurso. Campinas: Unicamp, 2012
BRANDÃO, Ignácio de Loyolla. Vogue: Bom Gosto e sofisticação. In Cadernos da Comunicação – Mulheres em Revista: O Jornalismo Feminino no Brasil. Rio de Janeiro: Secretaria Especial de Comunicação, 2002.
BARNARD, Malcom. Moda e Comunicação. Rio de Janeiro: Rocco, 2003
CRANE, Diana. A moda e seu papel social. São Paulo: Senac, 2006.
FOUCAULT, Michael. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1986.
GOMES, Mayra. As materialidades e seus discursos. Revista Comunicação, Mídia e Consumo. V. 16, N. 46, P. 271-290. São Paulo: ESPM, 2019.
HOLLANDER, Anne. O sexo e as roupas. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.
JOFFILY, Ruth. O Jornalismo e Produção de Moda. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.
MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências em análise do discurso. Campinas: Pontes, 1997.
MAINGUENEAU, Dominique. Gênese dos Discursos; São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MARQUES, Ângela Cristina Salgueiro. Comunicação, estética e política: a partilha do sensível promovida pelo dissenso, pela resistência e pela comunidade. Revista Galáxia. nº 22, p.25-39. São Paulo: PUC-SP, 2011.
MEDINA, Cremilda. Notícia: um produto à venda. São Paulo: Summus. 1988.
MELLO E SOUZA, Gilda. O Espírito das Roupas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. São Paulo: 34, 2012.
SCHMITT, Juliana. Santos; Gabriel. Moda sem gênero: conceituação e contextualização das tendências não binárias. In: Anais do 12 Colóquio de Moda. João Pessoa: 2016.
Fontes:
Revista Vogue. Nem eles, nem elas. n 498, p. 46. São Paulo: Condé Nast.
Revista Vogue. Uma coisa só. n 499, p.61-62. São Paulo: Condé Nast.
Revista Vogue. Paixão visceral. n 499, p.94. São Paulo: Condé Nast.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Carina Rufino 2022

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
- Les auteurs conservent les droits d’auteur et concèdent à la revue le droit de première publication, l’œuvre étant simultanément mise à disposition sous la Licence Creative Commons Attribution 4.0 International, qui autorise:
1. Le partage — la copie et la redistribution de la matière sous toute forme ou support, pour toute utilisation, y compris commerciale.
2. L’adaptation — le remixage, la transformation et la création à partir du contenu, pour toute utilisation, y compris commerciale. Le concédant ne peut révoquer ces libertés tant que vous respectez les conditions de la licence.
Conformément aux conditions suivantes:
1. Attribution — Vous devez créditer de manière appropriée l’œuvre, fournir un lien vers la licence et indiquer si des modifications ont été effectuées. Cette attribution doit être faite dans toute circonstance raisonnable, sans toutefois suggérer que le concédant vous soutient ou soutient votre utilisation de l’œuvre.
2. Aucune restriction supplémentaire — Vous ne pouvez appliquer des conditions légales ou des mesures techniques qui restreindraient juridiquement autrui d’accomplir tout acte permis par la licence. - Le plagiat, sous toutes ses formes, constitue une pratique de publication contraire à l’éthique et est inacceptable. Cette revue utilise le logiciel de contrôle de similarité iThenticate.

