Diretrizes para projeto de tecnologia assistiva com valores da moda: abordagem behaviorista
DOI:
https://doi.org/10.5965/1808312914232019088Palavras-chave:
Cultura da moda, Design de produto, Comportamento, Ambiente socialResumo
Neste artigo, são propostas quatro diretrizes integradas para projetos de produtos ou dispositivos de tecnologia assistiva (TA). As diretrizes foram redigidas a partir de informações e argumentos resultantes de pesquisa teórica, em textos de diversos autores. As fontes de pesquisa foram selecionadas em uma etapa exploratória, pesquisadas em bases digitais online. O tema de estudo é a relação entre os dispositivos assistivos e o estigma social das pessoas consideradas deficientes. A proposição central é a associação estético-simbólica positiva dos projetos de dispositivos assistivos à cultura da moda. Isso é justificado pela possibilidade de alteração do comportamento social em função de mudanças socioambientais, como indica a teoria Behaviorismo Radical no contexto de Psicologia Comportamental.
Downloads
Referências
ADAM, Hajo; GALINSKY, Adam D.. Enclothed cognition. Journal of experimental social psychology, [s.l.], v. 48, n. 4, p.918-925, jul. 2012.
ADAMS, Maurianne; BELL, Lee Anne; GRIFFIN, Pat. Teaching for diversity and social justice. Estados Unidos: Routledge, 2007.
BARNARD, Malcolm. Moda e comunicação. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.
BARROS, Aidil; LEHFELD, Neide. Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2000.
BAUM, William. Understanding behaviorism: behavior, culture, and evolution. 2. ed. Oxford: Wiley-Blackwell, 2005.
BICHARD, Jo-Anne; COLEMAN, Roger; LANGDON, Pat. Does my stigma look big in this?: considering acceptability and desirability in the inclusive design of technology products. Lecture Notes in Computer Science, Berlin, v. 4554, p. 622-631, jan. 2007.
BISPO, Renato; BRANCO, Vasco. Designing out stigma: the role of objects in the construction of disabled people's identity. In: INTERNATIONAL DESIGN AND EMOTION CONFERENCE, 6., 2008, Kowloon Hong Kong. Proceedings […]. Kowloon Hong Kong: IDF, 2008. p. 1-5.
BODINE, Cathy. Assistive technology and science. Estados Unidos: Sage, 2013.
BROWN, Nik; WEBSTER, Andrew. New medical technologies and society: reordering life. Health Expect, [s.l.], v. 8, n. 1, p. 92-93, Mar. 2004.
CIDREIRA, Renata Pitombo. Os sentidos da moda. Annablume, 2006.
CROCKER, Jennifer; MAJOR, Brenda; STEELE, Claude. Social stigma. In: GILBERT, Daniel T.; FISKE Susan T.; LINDZEY, Gardner (ed.). Handbook of social psychology. New York: McGraw-Hill. 1998. Cap. 28. p. 504-553.
DICHER, Marilu; TREVISAM, Elisaide. A jornada histórica da pessoa com deficiência: inclusão como exercício do direito à dignidade da pessoa humana. In: CONGRESSO NACIONAL DO CONSELHO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO, 23., 2014, João Pessoa. Anais [...]. João Pessoa: Conpedi, 2014. p. 254 - 276. Disponível em: http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=572f88dee7e2502b. Acesso em: 17 jul. 2019.
DITTMAR, Helga. The social psychology of material possessions: to have is to be. Harvester Wheatsheaf: Prentice-Hall, 1992.
FORTUNATI, Leopoldina; KATZ, James E.; RICCINI, Raimonda (ed.). Mediating the human body: technology, communication, and fashion. Hillsdale: Routledge, 2003.
GAFFNEY, Clare. An exploration of the stigma associated with the use of assistive devices. Socheolas: Limerick Student Journal of Sociology, Limerick v. 3, n. 1, p. 67-78, Dec. 2010.
JACOBSON, Susanne. Personalised assistive products: managing stigma and expressing the self. 2014. Thesis (Doctor of Arts) - School of Arts, Design and Architecture, Aalto University, Helsinki, 2014. Disponível em: http://urn.fi/URN:ISBN:978-952-60-5500-8. Acesso em: 17 jul. 2019.
KATZ, Helena. Por uma teoria crítica do corpo. In: OLIVEIRA, Ana Claudia de; CASTILHO, Kathia (org.). Corpo e moda: por uma compreensão do contemporâneo. Barueri: Estação das Letras e Cores, 2008. p. 69-74.
LEARY, Mark R. Psychology of Impression Management. In: SMELSER, Neil J.; BALTES, Paul B. (ed.), International encyclopedia of the social and behavioral sciences. London: Elsevier, 2000. p. 7245–7248.
LIGER, Ilce. Moda em 360 graus: design, matéria prima e produção para o mercado global. São Paulo: Senac, 2012.
LURIE, Alison. The language of clothes. New York: Henry Holt and Company, 2000.
MATHARU, Gurmit. O que é design de moda?. Porto Alegre: Bookman, 2011.
NEWELL, Allen. Inclusive design or assistive technology. In: CLARKSON, John; KEATES, Simeon; COLEMAN, Roger; LEBBON, Cherie (ed.). Inclusive design: design for the whole population. London: Springer, 2003.
PENDERGAST, Sara; PENDERGAST, Tom. Fashion, costume, and culture: clothing, headwear, body decorations, and footwear through the ages. United States of America: Thomson Gale, 2004. v. 5.
PERASSI, Richard. Comunicação e Marca de Moda. In: ENPMODA, 4., 2014, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: Udesc, 2014. p. 50-61.
PINE II, B. Joseph. Personalizando produtos e serviços: customização maciça a nova fronteira da competição dos negócios. São Paulo: Makron Books, 1994.
RAVNEBERG, Bodil; SÖDERSTRÖM, Sylvia. Disability, society and assistive technology. London: Taylor & Francis, 2017.
RONCOLETTA, Mariana Rachel. Design de calçados para pessoas com deficiência física: os prazeres do belo e do conforto. 2014. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-04062014-094255/pt-br.php. Acesso em: 17 jul. 2019.
SCHEWINSKY, Sandra Regina. A barbárie do preconceito contra o deficiente: todos somos vítimas. Acta Fisiátrica, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 7-11, abr. 2004.
SHINOHARA, Kristen; WOBBROCK, Jacob O. In the shadow of misperception: assistive technology use and social interactions. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON HUMAN FACTORS IN COMPUTING SYSTEMS, 29., 2011, Vancouver. Proceedings […]. New York: ACM, 2011. p. 705-714. Disponível em: http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-%202011/GT03/Comunicacao-Oral/CO_89359A_estetica_como_conforto_psicologico_na_moda.pdf. Acesso em: 17 jul. 2019.
SKINNER, Burrhus Frederic. Sobre o behaviorismo. São Paulo: Editora Cultrix, 1974.
SOUZA, Talita; HELD, Maria Silvia Barros de. A estética como conforto psicológico na moda. In: COLÓQUIO DE MODA, 7., 2011, Maringá. Anais [...]. Maringá: Cesumar, 2011. Disponível em: https://dl.acm.org/citation.cfm?id=1978942&preflayout=flat#prox. Acesso em: 17 jul. 2019.
SVENDSEN, Lars. Fashion: a philosophy. London: Reaktion Books, 2006.
TEIXEIRA, João de Fernandes. Mente e comportamento. Revista de Filosofia Aurora, Curitiba, v. 22, n. 30, p. 27-40, jan. 2010. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/2209. Acesso em: 17 jul. 2019.
VAES, Kristof Romain Viktor. Product stigmaticity: understanding, measuring and managing product-related stigma. 2014. Dissertation (Master in de Productontwikkeling) - Delft University of Technology, Antwerp University, Antwerp, 2014. Disponível em: http://resolver.tudelft.nl/uuid:f8471a93-0a6e-42c2-96e4-162984ddf84c. Acesso em: 17 jul. 2019.
ZILIO, Diego. A natureza comportamental da mente: behaviorismo radical e filosofia da mente. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
WOLFENSBERGER, Wolf. A brief overview of social role valorization. Mental retardation, [s.l.] v. 38, n. 2, p. 105-123, Apr. 2000.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Julia Marina Cunha, Letícia Takayama, Giselle Merino, Richard Perassi

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original, reconhecendo a autoria e publicação inicial nesta revista.
A DAPesquisa, segue as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona acesso público a todo seu conteúdo, a partir do princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento.
Plágio, em todas as suas formas, constitui um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. A revista DAPesquisa utiliza o software iThenticate de controle de similaridade.