Comunicação alternativa tátil: recursos e estratégias para crianças com deficiência múltipla sensorial

Autores

Palavras-chave:

Crianças, Deficiência Múltipla Sensorial, Comunicação Alternativa Tátil,

Resumo


Introdução: Neste trabalho encontram-se os dados provenientes da primeira etapa da tese de doutorado intitulada “PACT – Programa de Comunicação Alternativa Tátil para Crianças com Deficiência Múltipla Sensorial”. Estes dados foram coletados entre maio e novembro de 2017 para responder a questão: a comunicação alternativa tátil – por meio de gestos, objetos e símbolos táteis – pode favorecer atos comunicativos e comportamentos de ações de crianças com deficiência múltipla sensorial? Referencial Teórico: Para fundamentar a referida temática recorreu-se a diversos autores, dentre os quais citamos alguns como: Orelove, Sobsey (1996), Hagood (1992), Carvalho (2000), Sigafoos (2000), Horn e Kang (2012) entre outros. Objetivo: Elaborar um programa de comunicação alternativa tátil – baseado na associação de gestos, objetos e símbolos táteis – e avaliar seus efeitos mediante a manifestação de atos comunicativos por crianças com deficiência múltipla sensorial. Método: Participaram três crianças com deficiência visual e múltipla. O delineamento foi o quase experimental A-B, sendo A linha de base e B intervenção. Variáveis: Variável Dependente – comportamentos de ações e atos comunicativos das crianças; Variável Independente – programa de comunicação alternativa tátil. Resultados e conclusão: O uso do referido programa tátil favoreceu habilidades comunicativas em crianças com deficiência múltipla sensorial não verbais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BOAS, D. C. V. et. al. Análise dos processos de atenção e interação em criança com deficiência múltipla sensorial. Audiology – Communicaton Research, São Paulo, v. 22, 2017.

CADER-NASCIMENTO, F. A. A. A.; COSTA, M. P. R. Descobrindo a surdocegueira: educação e comunicação. São Calos/SP: EdUFSCar, 2010.

CARVALHO, E. N. S. Programa de capacitação de recursos humanos do ensino fundamental: deficiência múltipla – Vol. 1. Fascículos I – II – III. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2000.

CHEN, D. Learning to Communicate: Strategies for Developing Communication with Infants Whose Multiple Disabilities Include Visual Impairment and Hearing Loss. ReSources – California Deaf-Blind Services, Comunication Issue, Summer, n. 5, v. 10, 1999.

________.; DOWNING, J.; RODRIGUEZ-GIL, G. Tactile Strategies for children who are deaf-blind: Considerations and concerns from Project SALUTE. Deaf-Blind Perspectives, n. 8, v. 2, p.1-6, 2001.

GODÓI, A. M. Educação infantil: saberes e práticas da inclusão – dificuldades acentuadas de aprendizagem: deficiência múltipla. 4ª ed. Brasília: MEC/SEESP, 2006.

HABERMAS, J. The theory communicative action. Vol. 2. Beacon Press: Boston, 1987.

HAGOOD, L. Communication: a guide for teaching students with visual and multiple impairments. Austin, Texas: TSBVI, 1992.

HORN, E. M.; KANG, J. Supporting young children with multiple disabilities: what do we know and what do we still need to learn? Topics in early childhood special education, v.4, n. 31, p. 241–248, Feb. 2012.

LUND, S. K.; TROHA, J. M. Teaching young people who are blind and have autism to make requests using a variation on the picture exchange communication system with tactile symbols: a preliminary investigation. Journal Autism Development Disorders, n. 4, v. 38, p. 719-30, 2008.

MURRAY-BRANCH, J.; BAILEY, B. R.; POFF, L. E. Texture as communication symbols. Special Education Programs (ED/OSERS), Washington, DC.; Indiana State Dept. of Education, Indianapolis. Div. of Special Education, 1998.

___________________.; UDVARI-SOLNER, A.; BAILEY, B. Texture communication systems for individual with severe intellectual and sensory impairments. Language, Speech, and Hearing in Schools, n. 22, p. 260-268, 1991.

NATIONAL CHILDREN'S BUREAU – NCB. Information about multi-sensory impairment. Sense for Early Support: London, 2011.

NUNES, C.; PEDRO, N. Análise das interações sociais entre pais e professores de alunos com multideficiência num ambiente virtual de aprendizagem. Educação, Formação & Tecnologias, n. 5 v.2, p. 25-42, 2012.

NUNES SOBRINHO, F. P. Delineamento de pesquisa experimental intra-sujeitos. In: NUNES SOBRINHO, F. P.; NAUJORKS, M. I. (org.). Pesquisas em educação especial: o desafio da qualificação. Bauru: Edusc, 2001.

ORELOVE, F.; SOBSEY, D. Educating children with multiple disabilities: a trans-disciplinary approach, 3rd edition. Baltimore: Brookes, 1996.

ROWLAND, C.; SCHWEIGERT, P. Tangible symbols: Symbolic communication for individuals with multisensory impairments. Augmentative and Alternative Communication, v. 5, n. 4, p. 226-234, 1989.

______________________________. Tangible symbol systems. 2 ed. Design to Learn: Washigton State University, 2000.

SHUMWAY, S.; WETHERBY, A. M. Communicative acts of children with autism spectrum disorders in the second year of life. Journal of speech, language, and hearing research: JSLHR,52(5), 1139-1156 2009.

SIGAFOOS, J. etl. al. Identifying Potential Communicative Acts in Children with Developmental and Physical Disabilities. Communication and Disorders Quartely, v. 21, n. 2, p. 77-86, 2000.

TRIEF, E. et. al. The development of a universal tangible symbol system. Journal of Visual Impairment and Blindness, 2009.

VAN DIJK, J. The first steps of the deaf-blind child toward language. International Journal for the Education of the Blind, n. 4, v.15, p. 112-114, 1966.

VLASKAMP, C.; van der PUTTEN, A. Focus on Interaction: The use of an individualization support program for person with profound and multiple disabilities. Research in Developmental Disabilities, n. 30, p. 873-883, 2009.

WERNER, H.; KAPLAN, B. Symbol Formation. New York: John Wiley, 1963.

Downloads

Publicado

01-10-2019

Como Citar

DOS SANTOS MOREIRA, Flavia Daniela. Comunicação alternativa tátil: recursos e estratégias para crianças com deficiência múltipla sensorial. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 15, n. 4, p. 201–229, 2019. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/14294. Acesso em: 22 dez. 2024.