A experiência de alfabetização digital nas totalidades iniciais da modalidade EJA

Autores

  • Valeria Gonzatti
  • Andrea Reginatto

Palavras-chave:

Educação de Jovens e Adultos (EJA), Alfabetização digital

Resumo

O presente artigo é fruto de inquietações acerca de minha prática como educadora da rede estadual na Modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os estudantes das Totalidades Iniciais estão na alfabetização. A experiência com a alfabetização digital nas turmas iniciais pode proporcionar novas e efetivas aprendizagens. Essa pesquisa seguiu um delineamento qualitativo através de estudo de caso (YIN, 2005). Os participantes foram três estudantes que frequentam as Totalidades Inicias da EJA numa escola estadual do município de Canoas/RS. O critério de seleção foi de pertencer à modalidade EJA, ser maior de 18 anos e ser voluntario. O instrumento de pesquisa foi a entrevista semiestruturada. A análise de conteúdo (BARDIN, 1977). identificou as seguintes categorias emergentes: “EJA – Chegada”, “Facilidades no computador”, “Dificuldades na sala digital”, “Expectativas com o computador” e “Aprender no computador”. Os resultados enfatizam a necessidade de permanente reflexão sobre a alfabetização digital (RIBEIRO, 2017) e o uso dos computadores como forma de prática educacional. Neste contexto, tanto a alfabetização digital como letramento (LIMA & ALMEIDA, 2015) são importantes para esses estudantes, visto que o uso de computadores e internet os faz mais informados e participativos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARDIN. L. Análise de conteúdo. Lisboa: Editora Edições 70, 1977.

BARROS, R. M.R.; SILVA, L. S. M.; CISESKI, C. S. B.. Inclusão digital e educação: emergências do mundo globalizado. Colóquio Luso-Brasileiro de Educação-COLBEDUCA, v. 3, 2018.

BINS, Katiuscha Lara Genro. Aspectos psicosócioculturais envolvidos na alfabetização de jovens e adultos deficientes mentais. Porto Alegre, RS, 2007. f.105. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação da PUCRS, Porto Alegre, 2007.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1996.

COSCARELLI, C. V. Letramento digital no INAF. Linguagem e Ensino, v. 20, n. 1, 2017.

DA SILVA, N.; AZEVEDO, C.; DE ANDRADE, M. S. A relação entre escolaridade e uso do computador: aspectos quantitativos de um estudo de caso junto a adultos pouco escolarizados na cidade de São Paulo. Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa, v. 6, n. 12, p. 7-24, 2012. Disponível em: . Acesso em 07 de janeiro de 2017.

DE SOUZA SILVA, J.; SILVA, E.; DE ALBUQUERQUE, C. H. Alfabetização Digital para Professores da Educação Básica: Um Relato de Experiência. In: Anais do Workshop de Informática na Escola. 2016. p. 855. Disponível em: www.br-ie.org/pub/index.php/wie/article/download/6629/4540. Acesso em 07 de janeiro de 2017.

JOAQUIM, B.S.; PESCE, L. As Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação nos Contextos da Educação de Jovens e Adultos: Uma Revisão de Literatura (2007-2014). Olh@res, v. 4, n. 1, p. 86-106, 2016.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da educação básica: 2011 – resumo técnico. – Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2012.

LIMA, S. C.; ALMEIDA, L. V. O. S. Letramento digital de idoso no contexto da EJA em Mossoró-RN. #Tear: Revista de Educação, Ciência e Tecnologia, v. 4, n. 1, 2015.

LOPES, A.P. N.; BURGARDT, V. M. Idoso: um perfil de alunos na EJA e no mercado de trabalho. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, v. 18, n.2, 2013.

MATIAS, A. F.; DE FIGUEIREDO, R. V.. Letramento Digital e Interação de Jovens com Deficiência Intelectual a partir do Blog Pessoal. Revista e-Curriculum, v. 16, n. 1, p. 213-240, 2018.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento. Pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: HUCITEC, 2007.

MORAES, S.C. Alunos “diferentes” e saberes docentes. In: LOCH, J. M. P. et al. EJA planejamento, metodologias e avaliações. Porto Alegre: Editora Mediação, p. 91-98, 2009.

MORAES, S.C. Socializando as reflexões sobre a criação do SEJA. In: Nogueira, Sandra Vidal et al. Saberes e práticas de ensino e pesquisa. Canoas: Unilasalle, p. 87-96, 2006.

NUNCIATO, R.C. Inclusão Digital: Uma Experiência com Alunos da EJA. Campinas. Universidade Estadual de Campinas. 2009.

RIBEIRO, Gabriela et al. Software livre como ferramenta no processo do ensino aprendizado: uma experiência com turmas do eja. In: Anais do Workshop de Informática na Escola. 2017. p. 974.

SILVA, A.; SILVA, E. M. Práticas de letramento digital de nativos e imigrantes digitais na organização do trabalho pedagógico de sala de aula na EJA. In: Anais do Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEG (CEPE)(ISSN 2447-8687). 2017.

SILVA, W. B.; CASTRO, P. A. Perseu e Medusa: Os Enfrentamentos das Práticas Escolares de Letramento Digital do Professor. e-Mosaicos, v. 6, n. 11, p. 64-72, 2017.

SOARES, M. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Educação & Sociedade, v. 23, n. 81, 2002.

STOBÄUS, C. D.; BINS, K. G.; MOSQUERA, J. J. M. Adultez e deficiência mental na educação inclusiva. Revista Educação Especial, v. 25, n. 43, 2012.

VASCONCELOS, A. P. S.; DA SILVA, S. G. P.; DA SILVA, C. A. V.. Perspectivas e desafios no uso das tecnologias digitais no ensino da EJA. Encontro Internacional de Formação de Professores e Fórum Permanente de Inovação Educacional, v. 11, n. 1, 2018.

YIN, R. K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. 3. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

Downloads

Publicado

01-04-2019

Como Citar

GONZATTI, Valeria; REGINATTO, Andrea. A experiência de alfabetização digital nas totalidades iniciais da modalidade EJA. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 15, n. 2, p. 08–25, 2019. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/13263. Acesso em: 7 nov. 2024.