Cultivares de milho recomendadas para silagem no Agreste Meridional de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712322024314Palavras-chave:
transgênicos, região semiárida, Zea mays, Spodoptera frugiperda, Helicoverpa zeaResumo
A região semiárida de Pernambuco produz 99,5% do milho forrageiro, considerando que 93,8% do rebanho de ruminantes é produzido nesta região do Nordeste brasileiro. O Agreste Meridional está inserido nesta região, que apresenta sazonalidade na produção devido ao déficit hídrico. A silagem é uma das estratégias de conservação de volumoso adotado, sendo o milho a forrageira que apresenta os melhores indicadores quando fornecida aos animais. Aspectos agronômicos, muitas vezes, são negligenciados, considerando que o desempenho dos cultivares poderão variar com o ambiente de cultivo. O objetivo dessa pesquisa foi a introdução e avaliação de cultivares de milho para produção de silagem de planta inteira no Agreste Meridional de Pernambuco, Brasil. O experimento foi instalado no delineamento em blocos casualizados, com sete tratamentos, dos quais, cinco cultivares não transgênicas (Alagoano, Nordestino, São Luís, PV2 Viçosense, PV1 Branca) e dois híbridos transgênicos (‘LG 6030 VT PRO2’ e ‘AS 1573 YG’). Observou-se que todos os genótipos apresentaram suscetibilidade às pragas Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea, exceto o híbrido ‘AS 1573 YG’, devido à tecnologia Bt. Os caracteres biométricos dos cultivares foram influenciados pelo ambiente. Porém, com produtividade de 10.537 e 10.666 kg ha-1 (matéria seca), os genótipos Alagoano e ‘AS 1573 YG’, respectivamente, foram selecionados para cultivo na região do Agreste Meridional para produção de silagem, podendo ser utilizados em sistemas intensivos de produção ou agricultura familiar.
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