Viabilidade de sementes de aveia preta no solo em função do tempo de enterrio

Autores

  • Kassiana Kehl Fundação Pró-Sementes, Matriz Passo Fundo, Rua Diogo de Oliveira, n o 640, CEP 99025-130 Passo Fundo, RS, Brazil https://orcid.org/0000-0002-2493-2131
  • Ivan Ricardo Carvalho Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul, Departamento de Estudos Agrários, Avenida do Comércio, nº 3.000, Bairro Universitário, CEP 98700-000, Ijuí, RS, Brazil https://orcid.org/0000-0001-7947-4900
  • Deivid Sacon Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Agronomia, Campus Universitário, Edifício Sylvio Starling Brandão, s/nº, CEP 36570-900, Viçosa, MG, Brazil https://orcid.org/0000-0002-9690-8528
  • Mauro Antonio Rizzardi Universidade de Passo Fundo, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Campus I, BR 285, km Km 171, CEP 99001970, Passo Fundo, RS, Brazil https://orcid.org/0000-0002-4042-6431
  • Nadia Canali Langaro Universidade de Passo Fundo, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Campus I, BR 285, km Km 171, CEP 99001970, Passo Fundo, RS, Brazil https://orcid.org/0000-0002-2031-5152
  • Jaqueline Novakowiski Huzar Universidade de Passo Fundo, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Campus I, BR 285, km Km 171, CEP 99001970, Passo Fundo, RS, Brazil https://orcid.org/0000-0003-1037-2396
  • Murilo Vieira Loro Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Fitotecnia, Santa Maria, RS, Brazil https://orcid.org/0000-0003-0241-4226
  • Francine Lautenchleger Universidade do Centro-Oeste (Unicentro), Setor de Ciências Agrárias e Ambientais, Rua Simeão Camargo Varela de Sá, 03, Vila Cargi, Guarapuava, PR, Brazil https://orcid.org/0000-0003-0219-6062

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811712332024448

Palavras-chave:

Survival, seed bank, soil, germination, tetrazolium.

Resumo

Este trabalho teve como objetivo verificar se há efeito temporal na previsão de sementes de aveia preta em condições naturais após a colheita, sob enterro. Os tratamentos foram arranjados em esquema bifatorial, com cinco genótipos de aveia preta e oito períodos de exumação (90; 180; 270; 360; 450; 540; 630 e 720 dias após o enterro), distribuídos em quatro repetições de cem sementes enterradas a 10 cm de profundidade. Após cada exumação, separação e contagem das sementes, aquelas que não germinaram, não apodreceram ou foram predadas foram consideradas como sementes inteiras, que passaram por processo de assepsia e especificadas para verificação das previsões pelo teste de germinação e vigor pelo teste de tetrazólio. Os genótipos apresentaram percentual de sementes decrescente ao longo do tempo, Agro Planalto apresentou o menor percentual aos 360 dias após o enterro, Agro Esteio aos 450 dias, Agro Coxilha, Agro Quaraí e Agro Zebu aos 540 dias. A porcentagem de sementes vivas diferentes entre os genótipos apenas no terceiro período de exumação (270 dias após o enterro), os menores percentuais de sementes vivas foram identificados nos genótipos Agro Esteio e Agro Planalto aos 360 dias após o enterro, em Agro Coxilha e Agro Quaraí aos 450 dias e Agro Zebu aos 540 dias. As sementes de aveia preta permanecem viáveis ​​​​no solo por um período de 450 dias após o enterro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGOSTINETTO D et al. 2001. Arroz vermelho: Ecofisiologia e estratégias de controle. Ciência Rural 31: 341-349.

AISENBERG GR et al. 2016. Effect pf pre-emergent herbicides on the germination and initial growth of Trifolium repens L. International Journal of Current Research 8: 39600-39606.

ARCO MJS et al. 1995. Seed dynamics in populations of Avena sterilis ssp. Ludoviciana. Weed Research 35: 477-487.

BASKIN CC & BASKIN JM. 2014. Seeds: ecology, biogeography, and evolution of dormancy and germination 2.ed. San Diego: Elsevier.

BRASIL. 2013. Instrução Normativa nº 45, de 17 de setembro de 2013. Brasília: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 18 set. 2013. Seção 1. p.16.

BRASIL. 2009. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: Mapa/ACS. 399p.

DUBAL ITP et al. 2016. Effect of temperature on bean seed germination: vigor and isozyme expression. American Journal of Agricultural Research 1: 1-9.

EMBRAPA. 2018. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 5.ed. Brasília: Embrapa - Centro Nacional de Pesquisa de Solos. 356p.

FERRARI M et al. 2016. Qualidade fisiológica de lotes de sementes de Brachuaria brizantha submetidas à superação de dormência. Revista Sodebras 10: 1-5.

FREY L.1991. Distribution of Avena strigosa (Poaceae) in Europe. Fragmenta Floristica et Geobotanica 1: 281-288.

GALVAN J. 2013. Banco de sementes e fluxo gênico de azevém sensível e resistente ao herbicida glifosato. 200f. Tese (Doutorado em Agronomia). Passo Fundo: UPF. 184p.

GFELLERA A et al. 2018. Explanations for Amaranthus retroflexus growth suppression by cover crops. Crop Protection 104: 11-20.

GRUNDY AC & MEAD A. 2000. Modeling weed emergence as a function of meteorological records. Weed Science 48: 594-603.

HOSSAIN MM & BEGUM M. 2015. Soil weed seed bank: Importance and management for sustainable crop production- A Review. Journal of the Bangladesh Agricultural University 13: 221–228.

LACERDA ALS et al. 2005. Levantamento do banco de sementes em dois sistemas de manejo de solo irrigados por pivô central. Planta Daninha 23: 1-7.

LUSH WM et al. 1981. Presowing hydration-dehydration treatments in relation to seed germination and early seedling growth of wheat and ryegrass. Functional Plant Biology 8: 409-425.

LORO MV et al. 2021. Relationships of primary and secondary wheat yield components. Brazilian Journal of Agriculture-Revista de Agricultura 96: 261-276.

MAHAJAN G et al. 2021. Seed longevity and seedling emergence behavior of wild oat (Avena fatua) and sterile oat (Avena sterilis ssp. ludoviciana) in response to burial depth in eastern Australia. Weed Science 69: 362-371.

MENNAN H & NGOUAJIO M. 2006. Seasonal cycles in germination and seedling emergence of summer and winter populations of catchweed bedstraw (Galium aparine) and wild mustard (Brassica kaber). Weed Science 54: 114-120.

MOURA NB et al. 2021. Akaike criteria and physiological indexes on black oak seeds. Communications in Plant Sciences 11: 22-29.

NORO G et al. 2003. Gramíneas anuais de inverno para produção de forragem: avaliação preliminar de genótipos. Agrociência 7: 35-40.

PESKE ST et al. 1997. Sobrevivência de sementes de arroz-vermelho depositadas no solo. Revista Brasileira de Agrociência 3: 17-22.

PETERS NCB. 1982. Production and dormancy of wild oat (Avena fatua) seed from plants grown under soil waterstress. Annals of Applied Biology 100: 189-196.

PIN EA et al. 2011. Forage production dynamics of winter annual grasses sown on different dates. Revista Brasileira de Zootecnia 40: 509-517.

QUADROS FLF & MARASCHIN GE. 1987. Desempenho animal em misturas de espécies forrageiras de estação fria. Pesquisa Agropecuária Brasileira 22: 535-541.

R CORE TEAM. 2019. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. 2019. Disponível em: < https://www.R-project.org/>.

RANGEL MAS et al. 2002. Manejo da aveia preta em sistema de produção Agropecuário integrado. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 13).

RIZZARDI MA & VARGAS L. 2005. Papel trocado. Revista Cultivar 75: 28-30.

ROS CO & AITA C. 1996. Efeito de espécies de inverno na cobertura de solo e fornecimento de nitrogênio ao milho em plantio direto, Revista Brasileira de Ciência do Solo 20: 135-140.

SCHWARTZ-LAZARO LM & COPES JT. 2019. A review of the soil seedbank from a weed scientists perspective. Agronomy 9: 1-13.

SUTTIE JM & REYNOLDS SG. 2004. Background to fodder oats worldwide In: SUTTIE JM & REYNOLDS SG. Plant Prodution and Protection Series. Roma: FAO.

THOMPSON K & GRIME JP. 1979. Seasonal variation in the seed banks of herbaceous species in ten contrasting habitats. Journal of Ecology 67: 893-921.

THURSTON JM. 1961. The effect of depth of burying and freqtsency of cultivation on survival and germination of wild oats (Avena fatue L. and A. ludoviciana Dur,). Weed Research 1: 19-31.

VAN ACKER RC. 2009. Weed biology serves practical weed management. Weed Research 49: 1-5.

VOLIS S. 2009. Seed-related traits and their adaptive role in population differentiation in Avena sterilis along an aridity gradient. Israel Journal of Plant Sciences 57: 79-90.

ZORNER PS et al. 1984. Sources of viable seed loss in buried dormant and non-dormant populations of wild oat (Avena fatua L.) seed in Colorado. Weed Research 24: 143-150.

Downloads

Publicado

2024-10-04

Como Citar

KEHL, Kassiana; CARVALHO, Ivan Ricardo; SACON, Deivid; RIZZARDI, Mauro Antonio; LANGARO, Nadia Canali; HUZAR, Jaqueline Novakowiski; LORO, Murilo Vieira; LAUTENCHLEGER, Francine. Viabilidade de sementes de aveia preta no solo em função do tempo de enterrio. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 23, n. 3, p. 448–453, 2024. DOI: 10.5965/223811712332024448. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/24219. Acesso em: 14 out. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa - Ciência do Solo e do Ambiente

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)