Parcelamento e fontes de nitrogênio na qualidade fisiológica de sementes de trigo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/223811711642017345

Palavras-chave:

adubação nitrogenada, germinação, Triticum aestivum L., Triticum

Resumo

Diferentes fontes e manejos parcelados de nitrogênio podem aumentar a disponibilidade, a absorção e a assimilação deste nutriente pelas plantas, favorecendo o acúmulo de N nos grãos. No entanto, pouco se sabe sobre a influência destes fatores na qualidade fisiológica de sementes de trigo (Triticum aestivum L). Dentro deste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de diferentes fontes e parcelamentos de nitrogênio aplicado em cobertura na qualidade fisiológica das sementes de trigo. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos completos casualizados em esquema de parcelas subdivididas com três cultivares de trigo (TBIO Mestre, TBIO Iguaçu e Quartzo), três fontes de nitrogênio (ureia, nitrato de amônio e ureia líquida) aplicadas em cinco parcelamentos (I: afilhamento; II: afilhamento e emborrachamento; III: afilhamento e florescimento; IV: emborrachamento e florescimento e V: afilhamento, emborrachamento e florescimento). O parcelamento do nitrogênio entre os estádios de emborrachamento e florescimento resulta em sementes com maior qualidade fisiológica, pois incrementa o percentual de germinação em 4% e influencia positivamente os caracteres na primeira contagem de germinação, comprimento de parte aérea, e massa seca de plântula. As fontes de nitrogênio, nitrato de amônia e a ureia fonte líquida, se equiparam com a ureia em relação ao efeito na qualidade fisiológica das sementes, sendo alternativas interessantes para reduzir o custo de produção. As cultivares TBIO Mestre e Quartzo evidenciaram sementes com maior qualidade fisiológica, em função do maior comprimento de radícula e percentual de germinação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABRANTES FL et al. 2010. Nitrogênio em cobertura e qualidade fisiológica e sanitária de sementes de painço (Panicum miliaceum L.). Revista Brasileira de Sementes 32: 106–115.

ALVARES CA et al. 2013. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift 22: 711-728.

BLOOM AJ et al. 2012. Deposition of ammonium and nitrate in the roots of maize seedlings supplied with different nitrogen salts. Journal of Experimental Botany 63: 1997-2006.

BRASIL. 2009. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: Mapa/ACS. 399p.

BRZEZINSKI CR et al. 2014. Nitrogênio e inoculação com Azospirillum na qualidade fisiológica e sanitária de sementes de trigo. Revista de Ciências Agrárias 57: 257- 265.

CARVALHO NM & NAKAGAWA J. 1988. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 3.ed. Campinas: Fundação Cargill. 424p.

CHEN A et al. 2014. Characteristics of ammonia volatilization on rice grown under different nitrogen application rates and its quantitative predictions in Erhai Lake Watershed, China. Nutrient Cycling in Agroecosystems 101: 139-152.

CRAMER MD & LEWIS OAM. 1993. The influence of nitrate and ammonium nutrition on the growth of wheat (Triticum aestivum) and maize (Zea mays) plants. Annals of Botany 72: 359-365.

CRUZ CD. 2013. Genes: a software package for analysis in experimental statistics and quantitative genetics. Acta Scientiarum. Agronomy 35: 271-276.

CRUZ RP & MILACH SCK. 2004. Cold tolerance at the germination stage of rice: methods of evaluation and characterization of genotypes. Scientia Agricola 61: 1-8.

DODD GL & DONOVAN LA. 1999. Water potential and ionic effects on germination and seedling growth of two cold desert shrubs. American Journal of Botany 86: 1146– 1153.

EMBRAPA. 2006. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Sistema Brasileiro de classificação de solos. 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos. 306p.

FANAN S et al. 2006. Avaliação do vigor de sementes de trigo pelos testes de envelhecimento acelerado e de frio. Revista Brasileira de Sementes 28: 152-158.

GLASS ADM et al. 2002. The regulation of nitrate and ammonium transport systems in plants. Journal of Experimental Botany 53: 855-864.

GONDIM TCO et al. 2006. Avaliação da qualidade fisiológica de sementes de milho-crioulo sob estresse causado por baixo nível de nitrogênio. Revista Ceres 53: 413-417.

GUL H et al. 2012. Determination of seed quality tests of wheat varieties under the response of different sowing dates and nitrogen fertilization. Pakistan Journal of Nutrition 11: 34-37.

HAYASHI K et al. 2008. Ammonia volatilization from a paddy field following applications of urea: rice plants are both an absorber and an emitter for atmospheric ammonia. Science of The Total Environment 390: 485-494.

JACKSON LE & BLOOM AJ. 1990. Root distribution in relation to soil nitrogen availability in field-grown tomatoes. Plant and Soil 128:115–126.

KOLCHINSKI EM & SCHUCH LOB. 2004. Relações entre a adubação nitrogenada e a qualidade de grãos e de sementes em aveia branca. Ciência Rural 34: 379-383.

LIN CC & KAO CH. 1995. NaCl stress in rice seedlings: Starch mobilization and the influence of gibberellic acid on seedling growth. Botanical Bulletin of Academia Sinica 36: 169-173.

PRANDO AM et al. 2012. Formas de ureia e doses de nitrogênio em cobertura na qualidade fisiológica de sementes de trigo. Revista Brasileira de Sementes 34: 272- 279.

RAMAGOPAL S. 1990. Inhibition of seed germination by salt and its subsequent effect on embryonic protein synthesis in barley. Journal of Plant Physiology 136: 621- 625.

SILVEIRA G et al. 2010. Efeito da densidade de semeadura e potencial de afilhamento sobre a adaptabilidade e estabilidade em trigo. Bragantia 69: 63-70.

STITT M et al. 2002. Steps towards an integrated view of nitrogen metabolism. Journal of Experimental Botany 53: 959-970.

SUPRAYOGI Y et al. 2011. Nitrogen remobilization and post-anthesis nitrogen uptake in relation to elevated grain protein concentration in durum wheat. Canadian Journal of Plant Science 91: 273-282.

TRIBOÏ E et al. 2003. Environmentally-induced changes in protein composition in developing grains of wheat are related to changes in total protein content. Journal of Experimental Botany 54: 1731-1742.

WARRAICH EA et al. 2002. Effect of nitrogen on grain quality and vigour in wheat (Triticum aestivum L.). International Journal of Agriculture & Biology 4: 517-520.

XU H et al. 2015. Effect of nitrogen management during the panicle stage in rice on the nitrogen utilization of rice and succeeding wheat crops. European journal of agronomy 70: 41-47.

YADVINDER-SINGH et al. 2015. Nitrogen management for zero till wheat with surface retention of rice residues in north-west India. Field Crops Research 184:183–191.

YANO GT et al. 2005. Avaliação de fontes de nitrogênio e épocas de aplicação em cobertura para o cultivo do trigo. Semina: Ciências Agrárias 26: 141-148.

YIN XM et al. 2014. Effect of nitrogen starvation on the responses of two rice cultivars to nitrate uptake and utilization. Pedosphere 24: 690-698.

ZADOKS JC et al. 1974. A decimal code for the growth stages of cereals. Weed Research 14: 415-421.

Downloads

Publicado

2018-01-24

Como Citar

OLIVOTO, Tiago; NARDINO, Maicon; CARVALHO, Ivan Ricardo; FERRARI, Mauricio; PELEGRIN, Alan Junior de; SZARESKI, Vinícius Jardel; SOUZA, Velci Queiróz de. Parcelamento e fontes de nitrogênio na qualidade fisiológica de sementes de trigo. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 16, n. 4, p. 345–356, 2018. DOI: 10.5965/223811711642017345. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/7231. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo Completo - Ciência de Plantas e Produtos Derivados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)