Qualidade físico-química de ameixas ‘Letícia’ produzidas sobre porta-externos clonais e em plantas autoenraizadas, no meio-oeste de Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712032021188Palavras-chave:
ameixeira, sólidos solúveis, maturação, Prunus salicinaResumo
Objetivou-se com esse trabalho avaliar os efeitos de porta-enxertos clonais e de plantas autoenraizadas na qualidade físico-química de ameixas ‘Letícia’, no meio-oeste de Santa Catarina-SC. Foram avaliados frutos da cv. Letícia produzidos nos ciclos produtivos de 2018, 2019 e 2020, provenientes de pomar experimental da Estação Experimental da Epagri em Videira-SC. As plantas foram enxertadas sobre 19 diferentes acessos (cultivares, híbridos interespecíficos e seleções) utilizados como porta-enxertos clonais, além da cv. Letícia autoenraizada (sem porta-enxerto). Avaliou-se acidez total, teor de sólidos solúveis, ratio, pH, firmeza de polpa e cor da epiderme dos frutos. Os valores de pH oscilaram de 2,98 para o porta-enxerto ‘Barrier’ (2018) a 3,68 para plantas sobre ‘Santa Rosa’ (2020). ‘Santa Rosa’ como porta-enxerto destacou-se pelo maior ratio (19,46) na safra 2020, seguido pelo ‘Flordaguard em 2018 (14,92). Os maiores valores de firmeza foram obtidos para GxN9 em 2018 e Nemared em 2020, e os menores por ‘Santa Rosa’ em 2019 e 2020. A resposta dos porta-enxertos não se repetiu ao longo das safras avaliadas, demonstrando que o fator safra teve maior influência sobre a qualidade dos frutos, com exceção de ‘Santa Rosa’. Os porta-enxertos Rigitano, Clone 15 (Prunus mume), Nemared e I-67-52-4 (P. persica) apresentaram incompatibilidade com a cultivar-copa Letícia. Plantas autoenraizadas de ‘Letícia’ produzem frutos com características físico-químicas semelhantes aos produzidos em plantas enxertadas nos porta-enxertos testados, tornando-se uma opção tecnicamente interessante de cultivo sem o uso de porta-enxertos.
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