Fálica de Ana Luisa Santos: uma perfomance do atrito, um contramonumento
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573103522024e0107Palavras-chave:
performance, contramonumento, feminismos, despatriarcalizaçãoResumo
Esse artigo analisa e dialoga com a performance Fálica da artista visual e dramaturga brasileira Ana Luisa Santos, na qual propõe-se uma mirada contrassexual e contra-hegemônica, crítica do cis-heteropatriarcado como regime dominante de poder. Ao mesmo tempo conecta-se a proposta da artista, na qual a falência, a queda e a inversão configuram-se como atributos essenciais a serem contemplados, com o movimento atual de derrubada, remoção, ressignificação, intervenção, substituição e queda de monumentos coloniais/racistas/patriarcais, estátuas hegemônicas que representam horrores do passado, mas cuja presença no espaço público os atualiza.
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