Encarnar é reparar: arriando metodologias contracoloniais desde o currículo superior em dança
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573103562025e0118Palavras-chave:
artes cênicas, educação decolonial, relações étnico-raciais, poéticas da criaçãoResumo
Este artigo apresenta metodologias decoloniais para criação em dança e performance, centradas nas urgências de corpos racializados desde o ensino superior. Frente à marginalização de epistemologias negras nos currículos, propõe três eixos prático-teóricos — Corpo Peça, Utopias de Si e Corpo Báskula — construídos na experiência da autora como artista-docente negra e em diálogo com pensadores como Nêgo Bispo, Inaicyra Falcão, Leda Maria Martins, Audre Lorde e Patrícia Hill Collins.
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