Fogo, destruição e criação: a arte de Anselm Kiefer e a filosofia de Andrea Emo
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175234616392024e0010Palavras-chave:
Anselm Kiefer, Andrea Emo, Iconoclastia, arte e naturezaResumo
A partir de uma questão ambiental sobre o problema das queimadas no Brasil, trata-se, neste artigo, da correlação entre destruição e regeneração na natureza e na arte. Levando em conta tragédias causadas pelo fogo que, ao longo da história, arruinaram o patrimônio histórico e artístico, serão analisadas as afinidades existentes entre um artista e um filósofo. De um lado coloca-se Anselm Kiefer, com destaque para as pinturas produzidas para uma exposição no Palazzo Ducale de Veneza, local acometido por um grande incêndio em 1577; de outro, o pensamento de Andrea Emo, autor recentemente redescoberto. Como será demonstrado, a noção de que as imagens nascem de gestos iconoclastas apresenta-se aqui como parte central de um programa em que destruição e criação se fundem e se manifestam por toda parte.
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