Fazer mundos, fabricar possíveis: práticas do artista do fingere
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175234613302021169Parole chiave:
mundos possíveis, fingere, imagem-ficção, fotografia contemporâneaAbstract
Este texto tem como objetivo discorrer sobre as motivações que me ligam à pesquisa teórica e prática em artes visuais que tenham implicações coletivas. Após uma breve introdução ao meu percurso de artista-pesquisadora, uma contextualização das disciplinas teóricas com as quais me envolvo é apresentada a fim de iniciar uma reflexão acerca da imagem fotográfica, no contexto da arte contemporânea, e sua produção de instantes, alinhada a um tempo aiônico coerente com sua lógica de manipulação. A teoria dos mundos possíveis visuais norteia essa reflexão, na qual as noções de “fingere” e de “imagem-ficção” se destacam. Um estudo de caso é apresentado, a partir do trabalho do artista Éric Baudelaire, que articula ambiguidades da imagem para pensar as potências do falso na re-construção de outras versões da dita realidade. Conclui-se que a imagem (pós-)fotográfica contemporânea transita entre três graus: o evento original, o histórico e o de imagem. Este último se vale da potência modificadora de mundos, que a imagem-ficção porta consigo, para estimular o movimento na direção e na criação de novos caminhos coletivos.
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