“Quando o tempo dura uma tonelada”: mémoires d'une catastrophe

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.5965/2175234614342022162

Mots-clés :

Photographie, Mémoire , Temporalité, Paysage, Désastre

Résumé

Le présent article analyse le désastre survenu à Córrego do Feijão (Brumadinho - MG) à partir de l'œuvre visuelle Quando o Tempo Dura um Tonelada, des artistes Bárbara Lissa et Maria Vaz, qui composent le duo Paisagens Móveis. Soulignant l'importance de reconstituer les événements et les traumatismes du passé afin de pouvoir construire d'autres avenirs, l'œuvre rend visible, à travers un processus photographique expérimental, les fantômes de ce lieu dévasté par l'avidité minière, recouvert de boue et d'une atmosphère prise par la poussière de minerai quotidiennement répandue par les trains. En rendant visibles les restes de l'événement, il est possible de faire, même si c'est de manière symbolique, un adieu.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Bárbara Lissa de Campos, Université fédérale du minas gerais

Artista-pesquisadora, mestranda em artes pela EBA/ UFMG, graduada em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Minas Gerais (2019) e graduada em Letras (licenciatura do português) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2013). Em 2016 co-fundou o Duo Paisagens Móveis; seus projetos perpassam a imagem fotográfica e em movimento, tratando de temas como memória, esquecimento, ficção e autoficção poética

Maria Figueiredo Vaz, Université fédérale du minas gerais

Mestranda no programa de pós-graduação em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (conceito 6), na linha de pesquisa "Artes Visuais", sob a orientação da Profª Drª Patrícia Azevedo. Graduada em Artes Plásticas pela UEMG (Guignard). Desenvolve sua pesquisa e trabalhos dentro das artes buscando uma criação híbrida, a partir principalmente da fotografia e do arquivo por meio experimentações entre imagem e palavra, processos artesanais, analógico e digital e apropriação de imagens para tratar a temática da memória, suas lacunas, e os limites entre ficção, documental e imaginário. Possui experiência em pesquisa e docência (cursos de fotografia) e como artista visual e fotógrafa.

Rachel Cecília de Oliveira, Université fédérale du minas gerais

Rachel Cecília de Oliveira é professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e dos Programas de Pós-graduação em Artes da UFMG e da UEMG. Participou da diretoria da Associação Brasileira de Estética - ABRE - por dois mandatos e foi professora visitante na Université Paris I - Pantheon-Sorbonne. Atualmente é editora chefe da Revista Pós do Programa de Pós-graduação em Artes da UFMG e líder do grupo Experiências Descoloniais. Trabalha a pluralidade da arte contemporânea nas interseções entre filosofia, teoria, história e crítica das artes. Além disso, atua como crítica e curadora.

Références

ARBEX, Daniela. Arrastados: os bastidores do rompimento da barragem de Brumadinho, o maior desastre humanitário do Brasil. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2022.

BENJAMIN, Walter. O Anjo da História. Organização e tradução João Barrento. - 2.ed - Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018.

DANTO, Arthur. O que é a arte. Belo Horizonte: Relicário Edições, 2020.

DANOWSKI, Déborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis: Cultura e Barbárie: Instituto Socioambiental, 2017.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar Escrever Esquecer. São Paulo: Ed. 34, 2006.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Tradução de Laurent Léon Schaffter. Edições Vértice, Editora Revista dos Tribunais LTDA, São Paulo, 1990.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KRENAK, In. Brasil de Fato, Entrevista por Rodrigo Chagas e Pedro Stropasolas, 2020. Disponível em <https://www.brasildefato.com.br/2020/11/06/ailton-krenak-a-mineracao-nao-tem-dignidade-se-pudesse-continuaria-escravizando>. Acesso em 20/04/2022

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena. O que nos faz pensar, [S.l.], v. 14, n. 18, p. 225-254, sep. 2004.

NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Projeto História. São Paulo, 10, dez. 1993.

SELIGMANN-SILVA, M. Decolonial, des-outrização:imaginando uma política pós-nacional e instituidora de novas subjetividades. In.: 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil: Comunidades Imaginadas: Leituras / Serviço Social do Comércio; Associação Cultural Videobrasil; organização: Luisa Duarte; coordenação editorial: Teté Martinho. São Paulo: Sesc: Associação Cultural Videobrasil, 2019. 224 p. Disponível em <http://bienalsescvideobrasil.org.br/webroot/uploads/21Bienal_Leituras_PT.pdf>

SELIGMANN-SILVA, M. NARRAR O TRAUMA – A QUESTÃO DOS TESTEMUNHOS DE CATÁSTROFES HISTÓRICAS. PSIC. CLIN., RIO DE JANEIRO, VOL.20, N.1, P.65 – 82, 2008.

ZANGELMI, A. J; OLIVEIRA F. R. C.; SALES, I. F. O. Lembrar em Aruega: esquecimento, silêncio e história. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, v. 42, n. I e 2, p. 139-163, Abril e Outubro de 2008.

Links

https://mg.cut.org.br/noticias/crime-da-vale-em-brumadinho-dois-anos-de-falta-de-transparencia-e-impunidade-79ed

https://mab.org.br/2022/01/25/nota-bacia-do-paraopeba-3-anos-do-crime-da-vale-em-brumadinho-e-a-luta-por-justica-continua/

https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2015/12/politica/469953-apagamento-da-memoria-se-perpetua-no-brasil-afirma-seligmann-silva.html

https://veja.abril.com.br/economia/36-barragens-estao-em-nivel-de-alerta-29-sao-da-vale/

Vídeos

Tempo Partido, 2021. duo Paisagens Móveis

Téléchargements

Publiée

2022-09-01

Comment citer

CAMPOS, Bárbara Lissa de; VAZ, Maria Figueiredo; OLIVEIRA, Rachel Cecília de. “Quando o tempo dura uma tonelada”: mémoires d’une catastrophe. Palíndromo, Florianópolis, v. 14, n. 34, p. 162–187, 2022. DOI: 10.5965/2175234614342022162. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/22231. Acesso em: 22 déc. 2024.

Numéro

Rubrique

Artigos Seção temática