A abstração em movimento: abertura nos móbiles de Alexander Calder e pinturas transatlânticas de Piet Mondrian
DOI :
https://doi.org/10.5965/2175234611252019131Mots-clés :
pintura abstrata, escultura abstrata, obra abertaRésumé
Este artigo evidencia uma relação comparativa entre a obra de dois artistas na vanguarda da produção abstrata: Piet Mondrian na pintura e Alexander Calder na escultura. Nos diversos estudos sobre o desenvolvimento do trabalho de Calder, o papel de Mondrian encontra-se restrito à recepção do artista em seu ateliê em 1930: ao se deparar com os retângulos coloridos Calder sugeriu movimento a tudo aquilo, culminando numa série de experimentações abstratas que rapidamente se transformariam em seus conhecidos Móbiles. A divergência teórica entre eles – de um lado a rigidez de Mondrian em seguir as proposições neoplásticas, e de outro a soltura presente em Calder – não são suficientes para anular suas similaridades estilísticas. Assim, enfatizam-se os modos como suas produções se aproximam para além do despertar de Calder à abstração, apoiando-se no conceito de obra aberta de Umberto Eco para evidenciar o modo como seu incomum gênio, ao mesmo tempo apolíneo e dionisíaco, potencializa sua obra.
Téléchargements
Références
BRANDÃO, C. L. A Arte contra a natureza: filosofia, pintura e arquitetura em Mondrian. In: MONDRIAN, P. Neoplasticismo na pintura e na arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p. 7-23.
CALDER, A. À Propos of Measuring a Mobile. 1943. Disponível em: <http://calder.org/system/downloads/1943_A_Propos.P2903.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
______. Mobiles. In: EVANS, M. (ed.). The Painter’s Object. London: Gerold Howe, 1937, p. 62-67. Disponível em: <http://www.calder.org/life/system/downloads/1937_Mo-biles.P0301.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
CARANDENTE, G. Calder: mobiles and stabiles. New York: New American Library, 1968.
CHIPP, H. B.Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
COOPER, H. Mondrian: The transatlantic paintings. New Haven: Yale University Press, 2001.
ECO, U. Obra aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 1976.
GULLAR, F.Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta. Rio de Janeiro: Editora Revan, 1999.
GULLAR, F. Calder e a alquimia do peso. In: SARAIVA, R. (org.). Calder no Brasil: crôni-ca de uma amizade. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p. 225-228.
KRAUSS, R. The originality of the avant-garde and other modernist myths. London: MIT, 1999.
MILNER, J. Mondrian. New York: Abbeville, 1992.
MINDLIN, H. Alexander Calder. In: SARAIVA, R. (org.). Calder no Brasil: crônica de uma amizade. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p. 54-58.
MONDRIAN, P. Neoplasticismo na pintura e na arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2008.
PEDROSA, M. Tensão e coesão na obra de Calder. In: SARAIVA, R. (org.). Calder no Brasil: crônica de uma amizade. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p. 124-135.
PLAZA, J. Arte e interatividade: autor-obra-recepção. ARS (São Paulo), São Paulo, v.1, n.2, dez. 2003. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1678-53202003000200002>. Acesso em: 25 nov. 2017.
SCHAPIRO, M. Mondrian: A dimensão humana na pintura abstrata. .São Paulo: Cosac Naify, 2001.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Palíndromo 2019
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
DECLARAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS
a. Os artigos publicados pela revista são de uso gratuito, destinados a aplicações acadêmicas e não comerciais. Todos os direitos autorais são atribuídos à revista. Os artigos cujos autores são identificados representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Revista Palíndromo. O (s) autor (es) compromete-se sempre que publicar material referente ao artigo publicado no Palíndromo mencionar esta publicação da seguinte forma:
Este artigo foi publicado originalmente pela revista Palíndromo em seu volume (coloque o volume), número (coloque o número) no ano de (coloque o ano) e pode ser acessado em: http://www.revistas.udesc.br/index.php/palindromo
b. Plágio, em todas as suas formas, constitui um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. A revista Palíndromo utiliza o software iThenticate de controle de similaridade