Episódio Queermuseu: reflexos do despreparo social em torno da Arte

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.5965/2175234609192017013

Mots-clés :

alfabetismo visual, arte contemporânea, estética, política, censura

Résumé

Este artigo propõe uma abordagem crítico-reflexiva acerca do analfabetismo visual na sociedade contemporânea, considerando que o despreparo permitiu que a manipulação protagonizada por grupos com interesses políticos levasse ao fechamento da exposição Queermuseu. A análise documental e revisão bibliográfica sugerem que mesmo entre frequentadores e apreciadores de espaços expositivos, há um desconhecimento acerca do papel da Arte. Em um eixo transdisciplinar, autores como Dondis, Cocchiarale, Eco e Hobsbawm fundamentam as investigações acerca dos conceitos e definições sobre Arte contemporânea e a abordagem sobre o processo de construção de linguagens visuais, que vem se desenvolvendo, muitas vezes, distante da formação do público. Foucault, Marcuse, Berman, entre outros na linha da crítica cultural, amparam as considerações a respeito do papel político da Arte e dos instrumentos de alienação que se valem do desconhecimento das massas.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Alessandra Paula Rech, University of Caxias Do Sul

Doutora em Letras - Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com tese sobre a obra de Hilda Hilst (Agudíssimas Horas - Imagens do Tempo na Poesia de Hilda Hilst). Professora dos cursos de Comunicação Social e Pós-Graduação em Letras e Cultura da Universidade de Caxias do Sul (UCS), desenvolve pesquisa, com financiamento do CNPq, sobre a ocupação da Casa do Sol. 

Danielle Schutz, University of Caxias Do Sul

Mestranda em Letras e Cultura da Universidade de Caxias do Sul. Especialista em História e Cultura Indígena e Afro-Brasileira (Ulbra, Porto Alegre). Licenciada em Artes Visuais pela Ulbra/Canoas). Docente na Faculdade da Serra Gaúcha - FSG, Campus Caxias do Sul, nos cursos de Design e Conservação e restauro.

Références

ARCHER, M. Arte contemporânea. Uma história concisa. São Paulo: Mundo da Arte, 2012.

BARBOSA, A. M. ‘A Arte ajuda a criar um ensino ativo’, diz Arte educadora pioneira. Gaúcha ZH. Porto Alegre, 29 de outubro de 2016. Disponível em <https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2016/10/a-Arte-ajuda-a-criar-um-ensino-ativo-diz-Arte-educadora-pioneira-8046706.html>. Último acesso em 31.10.2017.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Organização de Alexandre de Moraes. 16.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

BOURRIAUD, N. Estética relacional. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

BRUM, E. Gays e crianças como moeda eleitoral. El País: São Paulo, 18.09.2017. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/18/opinion/1505755907_773105.html>. Acesso em 31.10.2017.

BRUNO, M.C.O. Definição de curadoria: os caminhos do enquadramento, tratamento e extroversão da herança patrimonial. Ibermuseus.org, Brasília, 2015. Disponível em http://www.ibermuseus.org/wp-content/uploads/2015/07/Unidad1Texto_Definicao-de-Curadoria.pdf. Último acesso em 4 de novembro de 2017.

COCCHIARALE, F. Quem tem medo da Arte contemporânea?. São Paulo: Massaganda, 2009.

DEBORD, G. A sociedade do espetáculo e Comentários sobre a sociedade do espetáculo. Trad. bras. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes: 2003.

ECO. U. História da beleza. São Paulo: Record, 2015.

____________. História da feiúra. São Paulo: Record, 2015.

____________ Obra aberta. São Paulo: Perspectiva, 2007

FERREIRA, W. A agenda secreta da reforma do ensino: o analfabetismo visual. Revista Fórum: São Paulo, 25 de setembro de 2016. Disponível em https://www.revistaforum. com.br/cinegnose/2016/09/25/1763/. Acesso em 30 de novembro de 2017.

FIDÉLIS, G. In MENDONÇA, H. Queermuseu: o dia em que a intolerância pegou os expositores para Cristo. El País: São Paulo. 13.09.2017. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/11/politica/1505164425_555164.html. Acesso em 31 de outubro de 2017.

FIORAVANTE, C. Marc Quinn dá sangue à escultura. Folha de S. Paulo. São Paulo, 23 de fevereiro de 1998. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq23029829.htm. Acesso em 5 de novembro de 2017.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. São Paulo: Edições Graal, 2003.

GASPARI, E; HOLLANDA, H. B; VENTURA, Z. Cultura em trânsito. Da repressão à abertura. Rio de Janeiro: Aeroplano, (2000).

HOBSBAWM, E. A era dos extremos. Companhia das Letras, São Paulo, 1995.

KANT, I. Crítica e estética na modernidade. São Paulo: Editora Senac, 1999.

LONGMAN, L. D. Conformity and the arts. I: 1. Artforum: Nova York, 21 jun. 1962.

MARCUSE, H. Cultura e sociedade. v1. Tradução de Wolfgang Leo Maar, Isabel Maria Loureiro, Robespierre de Oliveira. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.

___________. A Arte na sociedade unidimensional. In LIMA, L. C. (org). Teoria da cultura de massa. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2005.

PAVIANI. J. Estética mínima. Notas sobre Arte e literatura. Porto Alegre: Edipucrs. 2003.

PEDROSA, M. Norma e percepção estética. São Paulo: Edusp, 1997.

STEPHANOU, A. A. Censura no regime militar e militarização das Artes. Porto Alegre: Edipucrs, 2001.

Téléchargements

Publiée

2017-12-13

Comment citer

RECH, Alessandra Paula; SCHUTZ, Danielle. Episódio Queermuseu: reflexos do despreparo social em torno da Arte. Palíndromo, Florianópolis, v. 9, n. 19, p. 13–30, 2017. DOI: 10.5965/2175234609192017013. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/11051. Acesso em: 17 août. 2024.

Numéro

Rubrique

Artigos Seção temática